Depois de várias semanas de interregno, vou tentar voltar a aparecer por aqui com regularidade.
Esta semana foi marcada por um evento/ formação da marca Caudalie. Para além de ter sido muito interessante enquanto contacto com os produtos novos, incluíu um passeio num pequeno barco à vela no Rio Tejo. Adorei.
As últimas semanas têm sido difíceis e a minha inspiração não tem sido muita.
Por coincidência, as 2 fotos que publiquei tiveram igual número de ❤.
Assim aqui ficam
O Centro Comercial da cidade onde trabalho foi inaugurado com pompa e circunstância quase há 30 anos mas agora é, apenas, mais um mono no meio da cidade. Colorido mas abandonado.
Estas florzinhas costumam invadir o terreno onde o A. vai experimentando a sua agricultura. São daninhas mas bonitinhas.
No passado domingo estive na zona da Costa de Caparica. Durante a tarde fizemos um passeio pelo Passadiço da Mata dos Mêdos. Ao fim do dia ainda houve tempo para ir espreitar o pôr do sol e foi nessa altura que captei a foto da semana.
Na passada sexta-feira gozei uma folga que tinha deixado do mês de Janeiro. Durante a manhã fomos até à beira-mar mas não estava assim muito agradável. No entanto, deu para tirar algumas fotos. A força da natureza é sempre impressionante.
Ontem foi divulgado o relatório da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa. Confesso que ainda não o li nem sei se o farei. Passei os olhos por aquilo que foi partilhado pelos meios de comunicação social.
Qualquer abuso sexual é chocante mas o abuso sexual de crianças e jovens no seio de uma instituição como a Igreja Católica incomoda-me particularmente. Em tempos tive inúmeras funções na minha paróquia e, embora me tenha afastado, continuo a acreditar em Deus bem como continue a simpatizar com a Igreja Católica. Que padres, ou outros membros da instituição, sejam capazes de cometer os actos hediondos descritos é humanamente imperdoável. Nem sei se estes monstros terão direito ao perdão de Deus. E o que dizer de outros padres ou superiores hierárquicos que tiveram conhecimento dos abusos e que incobriram? Como é que conseguem viver com a sua consciência?
Estas pessoas, como se os abusos físicos não fossem suficientes, ainda incutiram a culpa e a vergonha no coração das suas vítimas. Não só os manipularam fisicamente mas também psicologicamente a ponto de muitos terem escondido estas situações até aqui. Quantos terão chegado à vida adulta completamente destruídos? Quantos se terão suicidado? Quantos foram impedidos de viver uma vida plena, de amarem e serem amados?
Os casos validados constituem uma pequena amostra. A Comissão tem uma estimativa muito superior do número real de casos. Quero acreditar que a percentagem de membros da Igreja que são abusadores sejam diminuta (há muitos abusos perpetrados pela mesma pessoa) mas esta crença está a tornar-se cada vez mais difícil.
Por fim, quero salientar a coragem daqueles que foram capazes de contar a sua história. Que conflitos interiores e quantos fantasmas do passado tiveram que enfrentar para chegar aqui?!
A Igreja Católica tem a obrigação de fazer uma profunda reflexão sobre este assunto. Afinal, estas crianças, jovens e as suas famílias acreditavam que as instituições católicas eram lugares seguros mas o mal também vivia ali.
Esta semana tenho 2 fotos com igual número de no Instagram por isso temos "Foto da Semana" em dose dupla.
Pôr do Sol
Fonte da Telha
Na 2a feira estive de folga o que possibilitou um pequeno passeio até à praia para ver o pôr do Sol. Por mais vezes que se veja o Sol mergulhar no mar, é sempre mágico.
Prímulas
O Inverno tem sido rigoroso e esta pequena planta não está nas melhores condições mas as prímulas teimam em florir para alegrar o nosso pátio.
Hoje acompanhei uma amiga idosa até à sepultura. Conheci esta senhora há mais de 15 anos quando conheci o A. e ela depressa me acolheu na aldeia. A senhora era muito amiga da avó do A. assim como de toda a família.
Quando morre um velho é como se desaparecesse uma verdadeira biblioteca recheada de livros de histórias. Esta senhora, em particular, adorava conversar e contar histórias da sua juventude, da infância dos filhos ou do A. e do irmão. Todos esses relatos evaporaram-se para sempre.
Aqui fica a minha singela homenagem à M.. Espero que me perdoe todas as vezes em que pensei que ela estava a ficar muito chata. Vou ter saudades de a ouvir bater-me à porta e do seu sorriso quando eu reclamava a sua urgência em falar comigo. Sei que gostava muito de mim e eu também sentia um grande carinho por ela. Vai fazer falta aqui na aldeia.
Esta publicação chega um pouco tarde porque hoje foi dia de recuperar o sono depois da noite de serviço.
A imagem desta semana é esta
Na semana que passou fui passar algumas noites à aldeia. Com o frio que se tem sentido é imperativo acender a salamandra. O engraçado é que minutos depois da foto, o cesto incendiou-se só pela proximidade com o calor gerado. Engraçado agora porque, no momento, até foi assustador.