Hoje comemora-se o dia que foi determinante para este país. Há 41 anos derrubava-se 48 anos de ditadura e instituia-se o regime democrático em que vivemos hoje. O golpe foi executado pelo chamado "Movimento dos Capitães" e depois, progressivamente, o poder foi entregue aos políticos. Estes nem sempre estiveram certos, é verdade, mas vale a pena vivermos em democracia. Com mais crise ou menos crise, com mais ou menos dificuldades, acredito que a vida dos portugueses é melhor agora do que há 41 atrás. Pode parecer que que vivemos pior mas o problema é que as nossas necessidades e prioridades se modificaram. Hoje a taxa de analfabetização é muito baixa, o Serviço Nacional de Saúde é universal (não existia tal coisa anteriormente), a Segurança Social era quase inexistente, não havia subsídio de desemprego, não havia protecção na doença. Quando as pessoas ficavam doentes ou desempregadas ficavam a um passo da miséria, um passo muito mais pequeno que hoje. Por isso, a meu ver, Portugal é um país muito melhor hoje do que era nesse tempo negro do "Estado Novo".
Normalmente, quando se fala do 25 de Abril, fala-se da conquista do direito à liberdade de expressão e essa conquista foi primordial. Infelizmente, este ano, esta data está a ser marcada pelo regresso dissimulado do lápis azul da censura com esta falada proposta de legislação que "obriga" os orgãos de comunicação social a apresentar o projecto de cobertura das campanhas eleitorais para ser aprovado por uma entidade externa que será constituida para esse efeito. Este projecto parte dos grupos parlamentares dos partidos que estiveram no poder neste últimos 41 anos. Vergonhoso! Será que têm saudades do dia 24 de Abril de 1974? Não podemos permitir que tal aconteça. Temos direito a uma informação tão isenta quanto possível. Esperemos que os orgãos de comunicação social não se vergem ao poder político.
Hoje tive que ir novamente a Lisboa. Para não ter que me preocupar com o estacionamento pensei ir de comboio. Só que para ir até à estação de comboios mais próxima é necessário ir de automóvel. Tendo em conta a hora a que tinha que estar na formação lá calculei a hora a que tinha que sair de casa. Então, às 8 da matina, aí vou eu alegremente para o meu Honda. Sento-me no meu lugar, ponho a chave, o rádio começa a tocar e rodo a chave e... nada. Rodo a chave e... nada outra vez. Insisto e o carro nada de pegar. A bateria tinha morrido. Ora isto foi um "dejá vu". No último dia do ano de 2014 tinha acontecido a mesma coisa mas o namorido e o sogrinho conseguiram pôr o carro a trabalhar. Como nunca mais aconteceu fui deixando passar o tempo sem mudar a bateria atempadamente. Tanto procrastinei que hoje fiquei apeada. Muito bem feita, é para aprenderes Charneca Maria! Depois foi um stress para decidir como apanhar o comboio, levar o carro da minha mãe ou apanhar um autocarro. Acabei por ir de autocarro. Cheguei à estação e perdi logo o primeiro comboio porque tive que carregar o cartão. Mais uns minutos e lá me sento no comboio para ir à minha formação. Com estas peripécias, em vez de chegar antes da hora como eu queria, cheguei com 30 minutos de atraso. É sempre mau chegar quando as pessoas já estão todas sentadas. É impossível passar despercebida. Mas as correrias de hoje não ficaram por aqui. A formação foi muito intensa o que levou a que acabasse tardíssimo. Lá vou outra vez a correr para fazer a viagem de volta a casa. Corri para o metro e, mais uma vez deixei partir o primeiro metro. O tempo a passar, a passar e cada vez mais perto da hora do comboio. Saí do metro, na estação Oriente, 3 ou 4 minutos antes da hora do comboio. Charneca Maria, outra vez a correr, a correr para descobrir qual a linha correcta. Consegui chegar a tempo. Quando já estou lá em cima reparo que tenho o cartão na mão sem o validar. Olho para todo o lado e nada de encontrar nenhuma máquina. Estava mesmo quase na hora do comboio. O que eu faço?! Arrisco? Não arrisco e vou a correr escada a baixo, valido a "porra" do cartão, subo outra vez a escada a correr quando o comboio começa a entrar na linha. Ufa! Cheguei a casa sem mais peripécias, felizmente. Há que tempos que não tinha um dia tão atribulado. E ainda fiquei 70 euros mais pobres... mas com uma bateria nova. De vez em quando também sinto que precisava de uma bateria nova.
Hoje tive que ir ao centro de Lisboa para uma reunião. O local da reunião era na zona do Chiado. Normalmente utilizo os transportes públicos para ir a Lisboa porque é mais prático e vou mais descansada do que conduzindo o meu carro. No entanto, como hoje ia a meio do dia e a um edifício que tem estacionamento garantido, optei pelo automóvel. E arrependi-me tanto...
Eu sei que Portugal precisa de turistas, que o turismo é uma das nossas mais importantes áreas económicas mas é preciso virem todos ao mesmo tempo? Fui obrigada a dar razão a esta crónica do Bruno Nogueira e do João Quadros, Tubo de Ensaio, na TSF. Lisboa foi, literalmente, invadida pelos turistas. Para todo o lado que se olhasse era ver grupos com guias, com mapas abertos e de máquinas fotográficas em punho. No meu percurso tinha que passar por uma rua de trânsito controlado e muito estreita e nessa rua lá estavam eles a interromper o trânsito para captar um qualquer recanto da nossa capital. Depois de estacionar o carro, tinha menos de 1 hora para tentar almoçar. Eu a andar apressadamente e os turistas a passear, naturalmente, ocupando os passeios. Enfim, parecia uma corrida de obstáculos. Agora já entendo as atitudes que se observa nos habitantes dos lugares turísticos que, muitas vezes, não olham com bons olhos para estas ondas de turistas. Vi isso quando estive, há uns anos, em Ponta Delgada e, segundo sei, os algarvios também não gostam muito das alterações ao seu dia-a-dia provocadas pelos turistas.
Concluindo, isto de Lisboa estar na moda é uma coisa muito bonita excepto para quem por lá trabalha ou vive. A não ser para quem vive do turismo...
Nota: A imagem não é minha porque não tive tempo. É daqui
Esta manhã andei a passear pelo Amoreiras Shopping Center. Já há algum tempo que não passava por lá. Este foi o primeiro grande centro comercial português e faz 30 anos em Setembro que foi inaugurado. A sua arquitectura ainda hoje dá nas vistas. As Amoreiras, como sempre foi conhecido, alterando para sempre o perfil da cidade. Uma mancha de cor e brilho no cinzentismo do país. Gostei de andar por aqueles corredores. Foi o primeiro centro comercial a que eu fui quando já andava na faculdade muito antes de existir o Colombo, o Vasco da Gama ou o Dolce Vita Tejo.
Este centro comercial direccionou-se mais para as classes média alta e alta o que se nota pelas lojas que lá existem. O ambiente é sossegado e agradável. Acabei por não fazer muitas compras. Fiquei-me por 2 livros, cintos e 1 blusa. Pela primeira vez na vida, comprei 1 peça de roupa na Bershka o que não é fácil com o meu IMC a rasar os 25. Foi esta:
Só não vou usar com calções assim tão curtos, naturalmente.
Liebster Award é um questionário entre bloggers com menos de 200 subscritores para, de certo modo, ajudar a crescer a comunidade e ajudar esses blogs "mais pequenos" a se tornarem conhecidos.
Já fui desafiada há alguns dias pelo Marquês mas ainda não tinha encontrado inspiração. O meu blogue tem poucos subscritores porque eu não sou uma blogger muito disciplinada. Seja como for, qualquer ideia que torne os blogues pequeninos mais conhecidos é sempre benvinda.
Aqui fica o "regulamento":
Escrever 11 factos sobre nós próprios.
Responder às perguntas que nos colocaram.
Nomear 11 blogs com menos de 200 seguidores.
Fazer 11 perguntas a esses blogs nomeados.
Colocar a foto do Liebster Award no post e respectiva tag.
Enviar o link do post a quem te nomeou.
Então vamos lá, 11 factos sobre mim
1. Sou hiperdistraída
2. Sou tão desastrada como distraída
3. Sou viciada em chocolate
4. Adoro falar
5. Sou muito tolerante perante os defeitos dos outros mas pouco tolerante para os meus
6. Sou muito paciente o que é muito importante para o meu trabalho (sou farmacêutica)
7. Não faço ideia de quantos livros já li mas devem ter sido algumas centenas
8. Sou muito miope
9. Sou boa pessoa
10. Sou "modesta" ;)
11. Já falei de mais como sempre.
1. Qual foi a primeira frase que disseste de manhã?
Bom dia, talvez?!
2. Hoje já insultaste alguém (no pensamento também conta!)?
Hoje não mas há tantos dias em que insulto alguém em pensamento
3. Quando eras mais novo querias ser qual super-herói?
Cheguei a desejar ser a Super-Mulher ou uma escritora famosa (para mim, também uma espécie de super-herói)
4. Bebes gin com plantas lá dentro?
Já bebi gin tónico mas antes de beber gin ser moda. Mas já tenho bebido Mojito que também tem uma erva lá dentro
5. Vês aquelas coisas da Casa dos Segredos ou dizes que não e depois sabes quem é aquela gente toda?
Já tenho visto mas só como um estudo sociológico dessa parte da nossa sociedade ;)
6. Já foste à casa de banho hoje?
Várias vezes, felizmente. Não costuma ir?!
7. Se pudesses ser um animal, escolhias ser um suricata. Porquê?
Por acaso é um dos meus animais favoritos, até já cheguei a usar "suricata" como nickname. Adoro a postura das suricatas, muito direitas e atentas.
8. Alguma vez ofereceste lingerie à tua cara metade a pensar que seria sexy e afinal ele/a não gostou? Já me aconteceu mas depois foi mais um pretexto para a despir...
Não costumo oferecer lingerie à minha cara-metade.
9. Gostavas de ter um blog? (esta foi a minha namorada que sugeriu, peço desculpa por ser uma pergunta sem nexo)
Bom, já tenho 2 e já tive outros 2 noutra plataforma
10. Praia ou campo? (por instantes senti-me um jornalista do Correio da Manhã e desde já peço desculpa a todos)
Praia, campo, montanha, cidade ou aldeia, gosto de tudo dependendo das ocasiões
11. Vais deixar de vir ao meu blog por causa disto?
De maneira nenhuma, se calhar até vou com mais vontade
Os jornais e telejornais estão cada vez mais cheios de casos graves de violência e abandono sobre crianças. Esta semana ouvi 2 notícias muito perturbadoras. A primeira foi sobre aquele pai que matou o filho bébé à facada. Esta notícia é tão horrível que nem consigo fazer qualquer tipo de comentário sobre ela. A outra história é sobre o pai que foi entregar as 2 filhas à GNR. Os motivos que levaram a este acto são duvidosos. A história das crianças é triste. Há 3 anos encontraram a mãe morta em casa em circunstâncias estranhas. O pai lutou com os avós maternos pela custódia das filhas tendo ficado com guarda partilhada. Agora tem atitude destas... inesperada. Inicialmente, dizia que ele tinha entregue as filhas por motivos económicos. Agora surge a suspeita, sustentada por uma alegada discussão ouvida pelos vizinhos, de que ele abandonou as filhas por pressão da namorada que o "obrigou" a escolher entre ela ou as filhas. Nem sei quem é mais anormal, se uma mulher que faz uma exigência destas, se o homem que cede. Se alguém se apaixona por uma pessoa com filhos, tem que os aceitar, logicamente. Se o obriga a escolher entre as filhas e ela, não só não o ama como mostra não ter coração ao privar 2 adolescentes, que já perderam a mãe, da companhia do pai. O homem também deixa muito a desejar. Nem sei se o posso chamar de homem porque esta atitude é tudo menos uma atitude de homem. Haverá alguma mulher que valha o sacrifício de abandonar as filhas? Também começo a duvidar que ele ame as filhas. Não tem a miníma explicação. A função de um pai é amar e proteger as filhas. Este pai fez tudo menos isso. As meninas foram entregues aos avós maternos. Espero que eles tenham forças para as protegerem.
Neste fim-de-semana em que corremos o risco de comer mais do que deviamos, quero destacar esta excelente reportagem da SIC, Somos o que comemos . Não disseram nada que não soubesse já mas dá que pensar. Eu sou muito gulosa. Adoro chocolate e tenho abusado muito nos últimos meses. Mas eu sou adulta e responsável pelas minhas escolhas, sejam elas boas ou más. A reportagem incide mais no efeito da alimentação nas crianças mas as conclusões podem ser extrapoladas para os adultos. Os doces, principalmente, são aditivos, viciam e isso é bem verdade. Eu sinto isso, quanto matis chocolate como mais tenho vontade de comer. Uma das coisas que mais me surpreendeu foi o desconhecimento que os pais tinham sobre os malefícios que estavam a provocar na alimentação dos seus filhos. Uma das famílias aparece a ler os rótulos de vários alimentos processados que tinha em casa. A dada altura comentam que o filho bebia 3 ou 4 iced tea por dia. Só depois de o filho ir à nutricionista é que perceberam que era errado. Como é que é possível?!
Na Europa, os países que apresentam maiores problemas de excesso de peso são Espanha, Grécia, Itália e Portugal. Os mesmos que tinham a celebrada dieta mediterrânica. Dá ou não dá que pensar?