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O Voo da Garça

Sonhos, desejos, opiniões, instantes da vida diária...

O Voo da Garça

Sonhos, desejos, opiniões, instantes da vida diária...

30
Ago15

O fantasma do Muro

Charneca em flor

Esta situação dos migrantes e refugiados do Médio Oriente é a desculpa perfeita para a Hungria construir um novo muro nesta nossa Europa.A memória dos europeus é tão curta mas tão curta. O Muro deBerlim não caiu assim há tanto tempo que já ninguém se lembre. Será que os húngaros já não se lembram do que foi viver num regime comunista, fechado ao ocidente? Já não se lembram de tudo o que sofreram ao longo da sua História? Não se lembram dos territórios perdidos depois da 1ª Guerra Mundial? O povo húngaro também foi migrante, também foi perseguido por motivos étnicos e culturais. Deviam ser os primeiros a compreender o que estes novos migrantes sofrem. A falta de memória colectiva ainda nos vai conduzir a um conflito bélico sem precedentes. A História tem tendência a repetir-se.Segundo a notícia, agora está concluida a barreira de arame farpado mas já está um muro em construção. Uma ignomínia, digo eu. Na mesma notícia, da agência Lusa, menciona-se que também já barreiras idênticas em Espanha, Grécia e Bulgária. Só falta construírem um muro também.

budapeste.JPG

Em 2010 passei 2 dias e meio na Hungria. Estive em Budapeste, Sventendre e numa outra terra onde almocei maravilhosamente. Foram dias muito divertidos e muito bem passados. Saí de lá com uma imensa vontade de voltar. Hoje em dia, já não sei se voltaria a um país assim.

barreira.jpg

P.S. - Desculpem lá voltar a bater na tecla dos refugiados mas teve que ser. Os muros e as barreiras, sejam físicas ou não, complicam-me com o sistema.

 

29
Ago15

Já cheira a fim de Verão

Charneca em flor

20150828_145009.jpg

Com grande pena minha, as férias estão a chegar ao fim. O Verão também já se começa a despedir. Ainda ontem encontrei folhas secas no chão. O Outono está aí não tarda. Ontem voltei às praias nacionais. Desde que voltei da minha viagem ainda não tinha ido à praia. Entre descansar da noite em que não dormi no aeroporto, desmanchar a mala, tratar da roupa (essa actividade chata e sem glamour a que não podemos fugir) e uma ida à aldeia para carregar as minhas baterias e a mala do carro, a praia ficou para último lugar. As praias da Itália são bonitas, a água tem uma temperatura óptima e a ondulação é fraquinha mesmo como esta medrosa gosta. No entanto, é impossível não adorar as nossas praias com areais de areia dourada a perder de vista. E ontem a água até estava com uma temperatura bem simpática para o nosso Oceano Atlântico. Estava-se até bastante bem na água. E, agora, lá vou eu outra vez. Hoje a água vai estar bem longe porque as marés vão ser enormes graças à Super Lua de logo à noite. Esta noite não faz mal andar com a cabeça na lua.

28
Ago15

A primeira mulher

Charneca em flor

Vassiliki Thanou-Christophilou foi nomeada, ontem, primeira-ministra interina da Grécia. É a primeira vez que uma mulher exerce tal cargo na Grécia. Esta mulher de 65 anos era, até agora, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça Grego. Esgotadas que foram as negociações com vista à formação de uma coligação que governasse o país até eleições, esta foi a solução encontrada pelo Presidente da República grego para o país não ficar sem governo. É verdade que Vassiliki Thanou-Christophilou exercerá o cargo por muito pouco tempo e limitir-se-á a gerir o país mas já é uma novidade ter sido escolhida uma mulher. Se houvessem mais mulheres na política, se calhar, a Europa não estava à beira do abismo. Bom trabalho, Sra Primeira-Ministra.

27
Ago15

Impossível ficar indiferente

Charneca em flor

 

 

Ninguém consegue ficar indiferente a estas imagens que, todos os dias, nos entram pela casa dentro através da televisão. Os conflitos nos seus países de origem, perpetrados maioritariamente pelo auto-proclamado Estado Islâmico, o terror em que vivem, a falta de condições para trabalharem têm levado milhares e milhares de pessoas a deslocarem-se. A maioria delas traz o sonho de trabalhar ou estudar nos mais ricos países da Europa, Alemanha e Reino Unido. Sujeitam-se a viagens perigosas em barcos sem condições através do Mediterrâneo, a maior porta de entrada na Europa. Esta gente tem que estar muito desesperada, estão entre a morte certa e a morte provável. A situação estará dentro de pouco tempo insustentável. Há países que já reforçaram as fronteiras com barreiras de arame farpado, na fronteira da Hungria (país cada vez mais xenófobo) a polícia já utilizou gás lagrimogénio para controlar as multidões que tentam entrar no país. Não há condições mínimas para estas pessoas sobreviverem, o mercado de trabalho europeu não tem capacidade para absorver estes milhares de pessoas. O que vai ser desta gente? Os refugiados sírios e de outros países daquela zona constituem um desafio muito maior para a União Europeia que a crise grega. Será que nós, europeus, vamos conseguir ultrapassar este problema? Muitos dizem que é a maior crise humanitária desde a 2ª Guerra Mundial. As imagens de refugiados a entrarem em comboios na Macedónia é arrepiante, faz lembrar imagens exactamente da 2ª Guerra Mundial. Pergunto, novamente, o que será desta gente? 

26
Ago15

Buona giornata

Charneca em flor

DSC05027.JPG

 

Tenho deixado o blogue tristemente abandonado. Voltei para partilhar as minhas impressões da viagem deste Verão. Regressei há dias de mais uma road trip pela Itália, um país maravilhoso só comparável ao nosso Portugal. Já é a terceira vez que lá volto, já estive aqui e aqui. Na Itália encontra-se sempre mais um recanto para descobrir. Desta vez a viagem foi pelo sul, no pé da bota que é a Itália. A ideia era conhecer o litoral daquela região. Praias, praias e mais praias, umas com areia, outras com pedras relativamente grandes, outras com umas pedrinhas pretas pequeninas. Uma das grandes diferenças que eu achei é que, nalguns locais, havia muito poucas pessoas na praia. Aqui basta estar um raiozinho de sol e já não se consegue estender a toalha. Outra grande diferença é que parte das praias podem ser privadas a ponto de o comum dos mortais nem sequer poder passar por lá sem vir alguém a correr a pedir o "biglietto". Embora hajam espaços públicos são muito pequenos e muito mais sujos na generalidade. O que me leva a outro ponto interessante, a gestão do lixo. Não percebo como é que os italianos tratam o lixo. Vêem-se pouquissimos caixotes do lixo a ponto de, nas zonas urbanas, se encontrarem montes de sacos do lixo doméstico empilhados. Em 5 dias, não vi nenhuma recolha. Estes montes de lixo dão uma péssima imagem e tornam logo as cidades muito mais feias. Aquela zona não parece acolher muitos turistas estrangeiros, acho que é um paraíso só ao alcance dos locais, até porque não há ali nenhuma das cidades mais conhecidas de Itália. Na primeira noite demos uma volta pela cidade de Barletta, próxima do hotel. Achei muito giro encontrar pessoas sentadas nos seus bancos à porta das casas a conversar enquanto apanhavam o ar fresco da noite. Fazia lembrar aquilo que eu via na minha infância no Alentejo. Também encontrei grupos de pessoas a conversar junto à praia. Iam de carro, com os bancos na bagageira, encontravam-se com outras pessoas e ali ficam a conversar durante parte do serão. Verdadeiro espírito comunitário. Por cá fica cada um metido na sua casa e nem conhece os vizinhos do mesmo prédio. O relato já vai longo. Vou só dizer que continuo a achar os italianos um povo simpático, acolhedor e, porque não dizer, um povo bonito. Adorei os muitos banhos que tomei naquelas águas cálidas e deliciosas. E, já agora, porque não falar dos pequenos almoços com cappucinos e cornetti deliciosos. Itália é sempre um país que vale a pena revisitar.

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Arrivederci!

 

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