A Girl about Town desafiou, há dias, para esta Tag Top 5 Chocolates. Eu demorei algum tempo a responder porque é muito difícil para mim escolher só 5. É que eu sou completamente viciada em chocolate e quanto mais velha, pior. Há quem tome ansiolíticos e anti-depressivos, eu como chocolate (ainda bem que nem toda a gente pensa assim senão era um prejuízo para as farmácias).
Bom, depois de muito pensar, vou tentar:
5º - Mars
Já não me lembrava desta maravilhosa mistura de chocolate e caramelo mas, um dia destes, aparece-me uma utente (grávida) da farmácia a comer 1 e recordei-me do prazer de comer Mars. É claro que comprei assim que pude e continua a ser um prazer comê-lo.
4º - Regina
Recordações de infância mas parece-me que já não sabe exactamente ao sabor que eu tinha na memória
3º Nestlé Classic
Sou uma pessoa de gostos simples. Chocolate com amêndoas, avelãs e afins não me convencem. Já o chocolate negro também é muito bom.
2º Cadbury
Obviamente, na sua versão chocolate de leite. Cadbury é um chocolate de excelente qualidade.
1º Fantasias de Natal
Sou completamente louca por chocolates de Natal. Não posso ir ao supermercado na altura do Natal senão é uma desgraça. Também me levam para a minha infância, para todo o ritual do Natal que vivia com o meu pai.
Enfim, muito mais variedade caberiam aqui, como por exemplo, todos os chocolates das chocolatarias belgas ou suiças. Um aroma inesquecível que dá vontade de comprar toda a loja. Tão bom!
Realmente para morrer basta estar vivo. Ainda há dias, David Bowie era notícia pelo seu aniversário, no dia 8 de Janeiro e pelo seu novo disco, Blackstar, e hoje o dia amanhece com a notícia da sua morte. Parece que sofri de cancro há 1 e meio. As imagens que passaram na televisãp no fim-de-semana mostravam um homem envelhecido e abatido. Agora percebe-se porquê. Associo sempre David Bowie aos idos anos da década de 80 e à sua imagem andrógina e irreverente dessa altura.
Enquanto houver quem ouça a sua música, ele permanecerá vivo. R.I.P.
Hoje (atenção que o meu domingo tem 24 horas) estou de serviço aqui na farmácia. Ou de plantão como dizem os meus utentes brasileiros:
- Está de plantão? - perguntam eles.
- Estou, estou aqui plantada durante horas. - tenho eu vontade de dizer mas fico calada.
Estar de serviço significa ficar por aqui todo o dia e toda a noite, à espera de quem precise de medicamentos. Também me posso encostar e dormitar mas é muito difícil para mim porque tenho sempre medo de não ouvir a campainha. Às vezes levanto-me, feita parva, para espreitar a porta porque penso que ouvi uma campainha (imaginária) e depois não está lá ninguém. Quando a campainha toca de verdade, por mais anos que tenha disto, fico sempre sobressaltada. E, durante estas longas noites, tenho uma fome descomunal. Será carência ou falta de descanso?
Agora, por exemplo, estava a passar pelas brasas em frente ao ecrã do computador e fui despertada por uma campainha real.
Mas adiante. Estive algum tempo sem fazer serviços com regularidade e já me tinha esquecido como é duro o serviço nocturno no Inverno. Já perdi a conta de quantas vezes andei para lá e para cá (acho que vou pôr um pedómetro na próxima carta ao Pai Natal) e de quantos antibióticos para criança preparei. Parece que todas as crianças aqui da zona, ficaram doentes. Safa!
Aonde é que eu estava com a cabeça quando escolhi trabalhar na área da Saúde?! Não podia ter arranjado um daqueles empregos em que se trabalha em casa, diante de um computador a desenvolver projectos ou a gerir à distãncia, por exemplo?! Não há por aí nenhum emprego desses para uma farmacêutica cansada mas simpática?
Já li a primeira parte do artigo e dá que pensar como é que possível que, pessoas anónimas, se tenham tornado conhecidas, e feito do blogue um emprego a tempo inteiro, apenas por aquilo que escrevem. A globalização da internet e a tecnologia dos dispositivos móveis vieram possibilitar estes fenómenos. Dos ecrans dos computadores para os ecrans da televisão saltaram muitos bloggers transformados em comentadores dos mais variados assuntos. Os vários meios de comunicação sobrepõem-se e interligam-se. Em boa hora, as marcas foram percebendo que a publicidade tradicional tinha os dias contados (hoje em dia já ninguém vê os intervalos da televisão e cada vez menos se consomem jornais e revistas porque se pode ler online) e investiram nas parcerias com os bloggers com muito melhores resultados. Já fui contra estas situações mas, pensando bem, desde que os leitores percebam a diferença entre posts pagos e posts desinteressados, não vejo qualquer problema. Naturalmente, é preciso olhar de modo crítico para os posts, não se pode acreditar em tudo o que se lê na internet. Eu também não me importava de viver do blogue se tivesse tempo ou talento para isso, infelizmente não tenho uma coisa nem outra. É a vida.
Em suma, nada tenho contra quem se torna conhecido através de um blogue. Cada qual põe os seus talentos a render da maneira que acha mais conveniente e satisfatória. Já não nutro a mesma simpatia por quem já é conhecido por outras razões e lança um blogue. É disvirtuar a essência da blogosfera. Porquê chamar blogue e não site, por exemplo? Fazia muito mais sentido, até porque quem dá a cara por esses "blogues" não escreve uma linha sequer dos seus conteúdos.
A pré-campanha para as eleições presidenciais não tem despertado muito interesse. Primeiro porque os portugueses se interessam cada vez menos pela política e depois porque, ainda antes de se saberem quais eram os candidatos, Marcelo Rebelo de Sousa já era apontado como vencedor. Os candidatos são 10 o que incluí os candidatos do PCP e do Bloco de Esquerda e algumas figuras quase caricatas em que o mais conhecido é o Tino de Rans. Só 2 candidatos se aproximam do Professor/Comentador, Maria de Belém Roseira e António Sampaio da Nóvoa, embora a uma distância considerável. Tendo em conta a notoriedade ganha pelo Professor Marcelo em anos de comentário televisivo, ele nem se tem esforçado muito (nem precisa). Nos debates realizados anteriormente apareceu com um tom muito conciliador concordando com quase todos os candidatos. No entanto, ontem estalou o verniz. O debate foi com o também Professor Sampaio da Nóvoa e a discussão foi muito acesa. A sorte era a mesa ser larga senão... A moderadora, Clara de Sousa, apesar de experiente viu-se aflita para os pôr na ordem.
A discussão foi grande mas nem por isso esclarecedora. Limitou-se a argumentos como: eu sou mais politico do que o sr. Prof./eu sou menos político do que o sr. Prof./ o sr. Prof. tem 3 ex-presidentes da República na lapela/o sr. Prof. não ouve ninguém por isso é que não tem assessores e outras pérolas como estas. Uma elevação... Quem está indeciso, mais indeciso fica. Eu continuo com muitas dúvidas.
Sempre quero ver que tipo de Presidente da República vamos ter. Também, sejamos francos, pior do que o anterior é difícil.
Hoje foi Dia de Reis. Este dia celebra, para os cristãos, a visita dos Magos do Oriente (na Bíblia não são chamados de Reis) ao Menino Jesus que encontraram ao seguirem uma estrela. Os Magos, tornados reis pela tradição, levaram presentes ao Deus Menino; ouro, incenso e mirra; como tal em alguns países é neste dia que se trocam as prendas como acontece na vizinha Espanha.
Aqui em Portugal também alguns tradições como seja
- comer bolo-rei (se ainda conseguirmos fazê-lo depois do Natal e do Ano Novo), o tradicional bolo de frutas português em forma de coroa. Agora há uma série de versões de bolo-rei mas eu continuo a gostar do mais tradicional embora também não diga que não a um bolo-rainha
- Comer romãs, um delicioso fruto constituído por bagas vermelhas, poderoso anti-oxidante, e que é um fruto coroado como se pode ver
- Desmanchar a árvore de natal e restantes decorações natalícias
Eu fiz tudo menos desmanchar o Natal cá de casa, deu-me uma preguiça. O bolo-rei comi no meu emprego. O bolinho sobrou do Natal uma vez que nos ofereceram mais bolos do que podíamos comer por isso estava congelado. E era bem bom. Também comi romã embora seja um fruto dificil de arranjar sem sujar irremediavelmente tudo à minha volta.
Também tinha vontade de comer um pedaço de galette des rois
O bolo francês desta época. No ano passado, a minha viagem de fim-de-ano foi a França e comprei um bolo destes por lá. É muito bom, é um bolo folhado recheado com frangipane, um preparado feito à base de amêndoas. Também se encontra em Portugal nos supermercados de origem francesa.
E vocês, têm alguma tradição do dia de Reis? E já desmancharam a árvore de Natal?
As notícias da área da saúde chamam-me sempre a atenção já que trabalho nessa área profissional. Uma das situações dramáticas que marcou o fim do ano de 2015 foi a morte do jovem David Duarte na madrugada do dia 14 de Dezembro em sequência da ruptura de um aneurisma cerebral. O jovem não foi operado assim que a situação foi diagnósticada por falta de escala de serviço de neurocirurgia para os fins de semana. O caso foi conhecido porque a namorada divulgou o caso nas redes sociais e na comunicação social. Ao longo do tempo, a opinião pública foi percebendo que não era caso único tendo já acontecido situações similares anteriormente. Muito já se têm falado sobre o assunto, houve demissões e agora a situação parece já ter sido resolvida uma vez que já foram elaboradas escalas de equipas de neurocirurgia, divididas entre 4 hospitais, para os fins de semana.
Falo do assunto agora porque hoje o Presidente da Sociedade de Neurocirurgia, Dr. Carlos Vara Luiz, veio afirmar que o doente foi atendido de maneira correcta e dentro das normas internacionais, que o médico que estava de serviço não podia ter transferido o doente e que estes doentes têm uma elevada taxa de mortalidade. Até sou capaz de compreender que, naquelas circunstâncias, o médico fez o melhor que podia e que o risco de transferência para outro hospital poderia ser maior do que aguardar pela cirurgia. O que eu não compreendo é o seguinte:
- O doente, quando chegou ao Hospital de São José, já vinha do Hospital de Santarém logo já tinha sido transportado durante mais de 80 km. Se fosse transportado para outro hospital da cidade de Lisboa, era uma distância bem mais pequena, certo?
- Porque é que o INEM (se tiver sido o responsável pelo transporte) transferiu o doente para o Hospital de São José se já havia um diagnóstico de aneurisma e ali não há equipa de neurocirurgia? Não seria possível encaminhar o doente para outro hospital?
- Obviamente que os profissionais de saúde devem ser pagos de modo adequado às funções que desempenham mas aonde pára a etica e a deontologia? E o Juramento de Hipócrates ainda existe ou é meramente decorativo?
É difícil trabalhar ao fim de semana ou em épocas festivas quando o resto da família está em casa mas faz parte da profissão. Agora é preciso perceber porque é que as pessoas vão trabalhar para esta área, qual é a sua verdadeira motivação?!
O Dr. Carlos Vara Luiz é um excelente médico mas estes seus comentários servem de pouco consolo a esta família e a todas as outras famílias que perderam alguém da mesma forma. O David Duarte podia ter morrido na mesma se tivesse sido operado mais depressa mas agora nunca iremos saber.
Ontem foi um dia de recomeços já que foi o primeiro dia útil do ano. Ao conduzir para o trabalho, senti-me melancólica. Os últimos dias do ano foram intensos mas passaram tão rápido como sempre acontece. Primeiro corri para "despachar" o Natal porque, mais uma vez, deixei as compras para o fim. Comprei prendas mesmo até ao dia 24. Depois corri para fazer a mala para a viagem. Normalmente começo a organizar a bagagem uns dias antes. Acho que foi a primeira vez que fiz a mala 12 horas antes da partida. A seguir a viagem, os 5 dias foram óptimos mas fica sempre a faltar ver imensas coisas. Depois a passagem de ano também passou num ápice. Foi uma semana tão cheia que fiquei com muita pena de ter acabado. No entanto, durante o dia, a melancolia foi passando, senti-me cheia de energia para trabalhar e fiz tudo para começar o ano da melhor maneira possível. No fundo, gosto de recomeços e de novas oportunidades. Há sempre esperança que o novo ano me torne uma melhor pessoa. A ver vamos...
Tal como prometido, aqui ficam mais algumas imagens da minha viagem
Castelo de Edimburgo rodeado de turistas
Jovem escocês tocando a típica gaita de foles, Edimburgo
Algures na costa oeste da Escócia
Merchant Square, Glasgow; um antigo mercado transformado para albergar restaurantes, bares e lojas. Encantador.
Pormenor de uma montra numa das ruas mais movimentadas de Glasgow. Adorei.
Catedral de Glasgow, belíssima recompensa pela subida que enfrentei para lá chegar
Animação natalícia de rua, George Square, Glasgow
Big scottish breakfast
New Lanark, Património Mundial da Humanidade, uma fiação do século XVIII muito bem recuperada com uma loja encantadora onde comprei novelos de pura lã.
A Escócia é um local mágico e, infelizmente, não pude ver tudo. Adorava ter ido mais a norte, às "Highlands". Escócia é, sem dúvida, um sítio que vale a pena visitar. Quem sabe um dia volto lá.
P.S - Fica aqui um elogio ao namorido que, apesar do desafio da condução pela esquerda e dos percalços habituais, me conduziu em segurança através das terras de Sua Majestade. E que tira óptimas fotografias. God save my King A..
Para mim, esta foi uma das melhores músicas de 2015. Espero ouvi-la muitas vezes durante este ano que começa. Uma letra inspiradora. Que vos inspire para um óptimo primeiro fim-de-semana de 2016.