Normalmente como muita fruta. Pelo menos nos últimos anos. Em miúda só gostava de algumas coisas. As nêsperas, por exemplo, nunca fizeram parte das minhas preferências. A minha mãe, pelo contrário, adora nêsperas. Assim que aparecem à venda, ela compra logo. Por coincidência, o A. também gosta muito. No quintal da casa da aldeia onde vamos de 15 em 15 dias, existe uma nespereira. O A. e a minha mãe deliciam-se com os frutos da dita árvore. Eu gosto do aroma das flores, gosto de estar à sombra da árvore e até já tenho feito licor destes pequenos frutos. Todos os anos, o A. insiste para eu o ajudar a comer as tais das nêsperas. Até aqui, se comesse 1por ano já era muito. Sempre houve qualquer coisa nestes frutos que me incomoda. Não sei se é o contraste entre a textura da pele e da polpa ou os enormes caroços. Há ali qualquer coisa que não combina comigo. Este ano o A. lá me convenceu a comer. E'eu acedi. Lá comi mas pequenas quantidades de cada vez. Assim uma espécie de doses homeopáticas. E, afinal, começo a chegar à conclusão que não é tão mau assim. Até porque parece que é um fruto muito rico e nutritivo.
Este dia está quase a acabar mas não podia deixar de passar por aqui para oferecer, simbolicamente, estes cravos vermelhos.
Há muitos dias em que me lembro do meu pai e o dia 25 de Abril é um desses dias. Este dia ficou-me marcado na memória e na alma. Para o meu pai este dia nunca passava em branco. Enquanto ele foi vivo, nós os 2 íamos sempre ao desfile que, na minha freguesia, assinalava (e que continua acontecer até hoje) o dia da revolução. Na nossa varanda havia sempre, pelo menos, um vaso com cravos vermelhos. O exemplo e os ensinamentos que ele me transmitiu contribuiram para que eu soubesse dar valor à liberdade. Estes cravos são para ti, pai.
Há um programa na SIC Radical que se chama Irritações. É um programa em que os participantes falam do que os irritou na última semana. Hoje também me deu vontade de falar do que me tem irritado.Assim como hoje é domingo, de um fim-de-semana prolongado, se disser algo que possa escandalizar alguém, ninguém dá por isso e eu posso desabafar à vontade.
Primeira situação: A empresa onde trabalho foi vítima de um espécie de "cyberbulling" no Facebook. Um grupo de pessoas com mobilidade reduzida considerou que a empresa não cumpria a legislação no que diz respeito à acessibilidade. Então o que é que fizeram? Dirigiram-se ao responsável e chamaram a atenção para o problema? Não, nem pensar. Publicaram no Facebook, com fotografias e com comentários extremamente desagradáveis gerando, como seria de esperar, comentários ainda mais desagradáveis. Talvez até tivessem razão mas publicar no Facebook e apelar ao vandalismo não me parece a melhor solução. O que parece é que estas pessoas, que tem todo o direito de defender os seus direitos, já não sabem resolver os problemas de outro modo, sem armarem escarcéu nas redes sociais.
Segunda situação: Aconteceu-me no supermercado. Estava na fila para pagar e nem tinha reparado que estava na caixa de prioridade. Chega uma jovem acompanhada com uma criança de uns 2 anos e uma bebé no "ovo" de transporte. E com o marido. Eu desvio-me e digo-lhe para avançar. Até aqui tudo normal. O que eu não acho normal é que a pessoa nem se tenha dignado a agradecer. Por mais que seja um direito dela em passar à frente e um dever meu facilitar, não custa nada ser cordial e agradecer. Para além disso, também acho discutível que se ceda a prioridade quando há 1 criança e 2 ou 3 adultos com a criança. Obviamente que se uma mãe ou um pai vai ao supermercado sozinho com os filhos pequenos é mais do que legítimo que use a prioridade. Agora a utilização destas caixas quando não estão sozinhos... não poderia ficar 1 deles com as crianças no carro enquanto o outro pagava?! É que já não é a primeira vez que me acontece ceder a prioridade por causa das crianças e depois aparecer a família toda para passar à frente. Parece-me um claro aproveitamento daquilo que é um direito. Mães, pais e avós deste país organizem-se melhor nas idas ao supermercado e não prejudiquem a vida dos outros quando tal não seja estritamente necessário, Por favor.
E agora, que já incomodei as pessoas de mobilidade reduzida e os pais de crianças de colo, vou-me deitar. Bom fim-de-semana.
Este tem sido um ano negro para a arte. Mais um ícone dos meus verdes anos que desaparece. Um artista fabuloso e sempre surpreendente. Deixo-vos uma das suas músicas mais conhecidas e de que eu gosto muito. As pessoas só morrem, verdadeiramente, quando são esquecidas. Arrisco-me a dizer que, daqui por muitos anos, ainda saberemos quem foi Prince, David Bowie ou Freddy Mercury por exemplo. Bom fim-de-semana
Talvez não tenha sido muito boa ideia fazer caminhadas em 2 dias seguidos com menos de 24 horas de intervalo. Tendo em conta que o meu exercício anterior se limitava a passeios em ritmo, lá está, de passeio parece-me que fui um bocadinho ambiciosa. Pelo sim, pelo não é melhor a caminhada de amanhã ficar para a hora de almoço que os meus músculos estão muuuuuito doridos.
Ontem decidi começar a mexer a sério. É verdade que passo o dia de pé e a andar de um lado para o outro mas não é propriamente um exercício saudável. Na cidade onde trabalho há um passeio ribeirinho muito agradável que até parece mal não utilizá-lo. Então, ontem, em vez de passar o intervalo de almoço sentada no sofá, resolvi ir fazer uma caminhada. Demorei cerca de 1 hora e fiz cerca de 6 km (3 para lá e 3 para cá). O dia estava nebulado e havia vento o que dificultou um pouco a tarefa. Soube-me bem. Vamos ver se sou disciplinada e consigo caminhar com regularidade.
Hoje resolvi ir caminhar logo pela manhã. Está mais fresco e posso tomar 1 duche antes de ir trabalhar. Andei um pouco menos, cerca de 4 km. Agora vou trabalhar cheia de vitalidade.... espero eu.
Contrariando o que se diz por aí, a Primavera tem tardado mas já dá um ar da sua graça. A prova está nestes malmequeres que brotam no meio das pedras do "calçadão" da Costa de Caparica. E este maravilhoso céu azul que eu encontrei no meu passeio da tarde de ontem. Ainda havia algum vento mas estava-se muito bem junto ao mar. Muitas pessoas tiveram a mesma ideia que nós e andavam por lá. Constatei aquilo de que já desconfiava, há uma raça canina que está definitivamente na moda, o buldogue francês. Porque é que tanta gente gosta destes cães:
Eu, pessoalmente, não lhes acho piada nenhuma. Acho uma raça muito estranha, fisicamente. As orelhas parecem que não lhes pertencem. Mas, enfim, hão-de ter outros encantos.
No dia em que te conheci, recebi o melhor dos presentes, o convite para ser tua madrinha. Já passaram mais de 8 anos e tem sido muito bom ver-te crescer. És tão diferente de mim mas a nossa empatia ultrapassa tudo. Tu és uma líder nata desde pequenina. Como eu disse aos teus pais: "tem que haver quem mande e quem obedeça". Quando estou contigo, faço tudo o que tu queres. Pulo, salto, faço ballet. Ontem até fiz abdominais e tentei fazer flexões. Contigo volto a ser criança. Espero que sejas sempre feliz. E que, quando começares a voar para fora do teu ninho, não te esqueças de mim e que nunca deixes de me enviar os teus deliciosos emails a dizer: "adoro-te". Eu também te adoro, princesa.
P.S - espero que a tua mãe goste do presente que eu te ajudei a preparar.
A memória visual, às vezes, prega partidas. Há certas características que nos marcam de tal maneira que mesmo que essas caracterísricas se alterem, as pessoas não se esquecem. Eu explico. Sou muito, muito miope o que levou a que usasse, desde os 7 anos, óculos "fundo de garrafa". Há quase 17 anos, quando comecei a trabalhar na farmácia, ainda usava esses tais óculos, lindos como podem imaginar. Os utentes habituais e mais antigos conheceram-me assim, "caixa-de-óculos". Acontece que há uns anos, comecei a usar, regularmente, lentes de contacto o que faz toda a diferença na minha cara. Já devo usar lentes há 10 anos. Na minha opinião, fico muito diferente com ou sem óculos. Qual não é a minha surpresa quando alguém não se lembra do meu nome e tenta explicar quem eu sou dizendo: " Sabe, quem me atendeu foi a sua colega alta e com óculos". (!!!!!) Das duas, uma. Ou as pessoas andam muito distraídas ou os meus utentes é que precisam de usar óculos. Não se entende.
Ontem António Guterres respondeu a uma série de perguntas na sede da ONU em Nova Iorque, no âmbito da sua candidatura a Secretário-Geral da ONU. Os candidatos são 8 e, desta vez, o processo será mais transparente do que é habitual (supostamente). Em príncipio, o antigo primeiro-ministro está bem colocado, e bem preparado, para estas funções devido ao reconhecido trabalho como Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados. Os comentadores que acompanharam a entrevista feita a António Guterres foram unânimes em afirmar que a sua prestação foi muito positiva. Penso que a maioria dos portugueses ficariam muito orgulhosos se Guterres fosse eleito. No entanto, parece que há quem defenda que já é tempo de o cargo ser atribuído a uma mulher e/ou a um candidato da Europa de Leste porque tal nunca aconteceu. Eu tenho sentimentos contraditórios em relação a esta questão da paridade. Sou obrigada a concordar quando se diz que já era tempo de ter uma mulher à frente da ONU mas o facto de ser mulher não pode nem deve ser o prncipal requisito. Não sei se as leis da paridade são benéficas para as mulheres porque, na minha opinião, deve-se ascender a este tipo de lugares por competência e não por género. Ninguém deve ser beneficiado ou prejudicado por ser homem ou mulher. Todos nós, homens ou mulheres, deveriamos lutar por um mundo mais equilibrado e justo onde conceitos como o da paridade se tornassem obsoletos e desnessários. Espero que os decisores escolham o candidato mais competente porque a intervenção das Nações Unidas é cada vez mais necessária. Que vença o melhor.