Eis que chega a última semana do ano e com ela chega ao fim este desafio a que me propus "Uma foto por dia". Gostei deste desafio e fiquei muito contente por ter conseguido levá-lo até ao fim. É verdade que ainda falta um dia para acabar o ano mas a foto que publicar amanhã será especial e terá um destaque especial. Nem sempre foi fácil arranjar tema para publicar 1 foto por dia. Muitas vezes só consegui publicar quase há meia-noite. Nunca pensei chegar ao fim mas consegui.
E em 2018 continuará a haver desafio?! Veremos...
Agora a explicação da semana 52:
1- A véspera de Natal calhou ao domingo. Para mim foi óptimo. Nesse dia fomos a Rio Maior e lá captei esta imagem numa exposição de presépios feitos pelas crianças das escolas do concelho.
2 - No dia de Natal partilhei esta imagem da Sagrada Família que encontrei na fachada da aldeia onde passei o Natal.
3 - Na 3a feira iniciei a minha viagem de Inverno. A primeira paragem foi em Milão.
4 - No dia seguinte, o passeio até aos lagos foi acompanhado de neve. Aqui junto Lago de Lugano
5 - Já temos andado por estâncias de ski mas nunca tinha ficado hospedada num sítio destes, rodeada de neve por todos os lados. Em Valdidentro perto de Bórmio
6 - E acordar com esta paisagem?! Fantástico.
7 - Há certos locais turísticos onde é mais interessante olhar para o comportamento dos turistas do que para o objecto de desejo. Este é um desses locais, pobre Giulietta. Sim e eu também tirei uma foto agarrada à jovem donzela. Quem não quer ter sorte ao amor, não é?!
Mesmo a queimar os últimos cartuchos deste desafio, aqui fica a penúltima semana de 2017:
1 Amiguinhos natalícios que me recebem ao chegar a casa
2 - A troca de prendas do trabalho devia ter sido no domingo mas, por motivos de força maior, foi adiada para a 2a feira. Recebi o mais recente livro do José Luís Peixoto e um workshop de auto.maquilhagem
3 . O bonito presépio da Igreja da minha terra
4 - A Igreja da minha terra com uma belíssima fachada recentemente restaurada
5 - Bolo de bolacha, uma das minhas sobremesas favoritas
6 - A 10 minutos de entrar de férias depois de 1 noite de serviço
Este ano, devido a contigências de calendário e à organização de horário, estou a ter o melhor dos presentes, tempo disponível. Desde que comecei a trabalhar, já lá vão uns 18 anos, nunca tive a véspera de Natal. Fico sempre a trabalhar até às 17h e vou a correr para a ceia. Muitas vezes chego mesmo em cima da hora do jantar. Este ano, o Natal vai ter um sabor diferente. Vou poder participar nos preparativos para a ceia, fazer sobremesas e preparar a mesa. Vai ser um Natal especial e espero que seja memorável. Ter tempo para estar com os nossos é o melhor dos luxos.
Costuma-se dizer que o Natal é a festa da família. E quando a família vai ficando mais reduzida porque, pela lei da vida, vamos perdendo aqueles que amamos? Como lidar com isso?
Eu perdi o meu pai poucos meses antes do Natal e não tenho nenhuma memória do Natal desse ano, absolutamente nenhuma. De uma coisa tenho a certeza, foi o Natal mais triste da minha vida.
Quando perdemos alguém que estava muito presente nestes momentos, nunca mais olhamos para o Natal da mesma maneira. Podemos voltar a festejar mas faltará sempre aquele lugar na mesa.
Neste blogmas em que reflicto sobre a ausência daqueles que amamos, principalmente nesta época, quero lembrar e prestar homenagem a todas as famílias que sofreram e sofrem, ainda, com os incêndios de Junho e Outubro. Tenho muita dificuldade em escutar as suas histórias sem começar a chorar. Todos os dias são difíceis mas estes, em que por todo o lado se sente um ambiente alegre e festivo, devem ser particularmente difíceis. Porque enquanto uns se preocupam com aquilo que vão ter na mesa da consoada, outros nem têm nem mesa nem tecto. Enquanto uns se afadigam a comprar presentes, outros choram a perda de pais, filhos, avós, netos, irmãos, amigos...
Ontem ouvi a nova música de Pedro Abrunhosa, "Meu querido filho tão tarde que é". Não é uma música de Natal mas é uma música sobre o amor e a perda. E o mais importante no Natal é o amor que nos une. Foi esta música que me inspirou a escrever sobre aqueles que já partiram. Nós não os vemos mas eles estão connosco na consoada, vivos nas nossas memórias, nas histórias que se contam e no nosso coração:
"Chama por mim, lá da porta do céu/ninguém cala a dor de uma mãe que perdeu"
Sabem aquelas camisolas fofinhas com motivos natalícios?
Tipo estas:
Nunca tive nenhuma. Acho que para o próximo ano vou pedir uma destas na minha carta ao Pai Natal. É isso mesmo, no próximo Natal quero uma camisola com o Rudolfo.
Um dos pratos típicos da mesa da consoada é o bacalhau cozido com couves. Também faz parte da minha mesa. Não é um prato que coma habitualmente durante o resto do ano. Aliás até tenho ideia de que se comesse noutra altura, não me pareceria muito apetitoso. No Natal, bacalhau com couves sabe-me ao melhor dos pitéus. Desde que conheço o A., e passo o Natal com ele, também não pode faltar o peru bem tostadinho no forno. Para o dia de Natal reservamos Polvo à Lagareiro. Ou seja, pela nossa mesa passam os principais pratos do Natal português.
E na vossa mesa de Consoada, que pratos não podem faltar?
De há uns anos para cá, adquiriu-se o hábito de enfeitar as varandas, as janelas ou os jardins pela altura do Natal. Assim um bocadinho à maneira de Hollywood
Confesso que gosto de ver as casas enfeitadas e iluminadas. Por acaso, nunca pus nenhum enfeite luminoso nas minhas varandas mas quem sabe um dia?!
Ora com o objectivo de assinalar o Natal no exterior das casas, surgiu uma praga aqui há anos. Felizmente que, actualmente, a praga está quase debelada. Falo dos pais natal, possivelmente vindos de uma qualquer loja chinesa, pendurados em varandas, janelas ou chaminés. Alguns pendurados pelo pescoço, pobres coitados. Já não é a primeira vez que falo deles, já andaram aqui pelo blogue. O pior é que os desgraçados ficam pendurados quase até ao Natal seguinte. E se há coisa que me irrita é enfeites natalícios depois do dia 6 de Janeiro.
Depois dos pais natal, apareceram os estandartes com o Menino Jesus. Sempre são mais bonitos e com mais significado. Sem Jesus, não havia Natal.
