Sempre gostei de comprar presentes principalmente para as crianças. Adoro escolher brinquedos. Quando começam a ser adolescentes, torna-se mais difícil. Não tenho filhos mas tenho algumas crianças próximas a quem nunca deixo de dar um presente. São de idades variadas. A minha afilhada tem 10 anos e já começa a ser complicado encontrar o presente perfeito. Para o irmão dela, ainda é pior já que tem 16 anos. Alguém sabe o que é se oferece a um miúdo de 16 anos no século XXI?! Ninguém arrisca, não é? As prendas para as sobrinhas do A. foram das compras mais rápidas que fiz; um piano para a pequenina de 1 ano e um jogo didáctico, de perguntas e respostas. Muito raro conseguir decidir-me em menos de 30 min. Há ainda o meu "sobrinho" emprestado, o T.. Também fou relativamente fácil, uma guitarra muito, muito gira. Ele vai delirar. Para a minha mãe, é fácil porque ela fica sempre contente seja com roupa ou acessórios. Para o A, também não é fácil. Tenho dificuldade mas compro sempre com amor e dedicação.
A minha mãe fica sempre contente com tudo o que lhe ofereço seja roupa, acessórios ou cosméticos.
Todos os anos, penso que vou tratar das prendas o mais cedo possível mas acabo sempre a deixar tudo para o fim. É inevitável. Estou mais uma vez atrasadíssima. Até para a troca de prendas do trabalho me falta comprar metade do presente pelo qual fiquei responsável. Não me emendo.
E desse lado como funcionam os presentes de Natal? Começam a comprar em Novembro ou deixam para a semana antes do Natal?
Seja mais elaborada ou mais modesta, a iluminação de Natal brilha nas nossas cidades, vilas e aldeias. Haverá pouca gente que não fique fascinada com estas pequenas e coloridas luzes. Durante os anos da Troika, algumas autarquias reduziram bastante o orçamento gasto nos enfeites de rua natalícios. Uma pena. As ruas iluminadas no Natal alegram e entusiasmam. Não sei se leva as pessoas a entrar nas lojas e comprar presentes mas... Apesar do frio e das noites longas de Inverno, apetece caminhar pelas ruas. Enfim, a iluminação de Natal aquece-nos a alma e faz parte da magia do Natal.
O Bolo-Rei tem presença garantida em praticamente todas as mesas portuguesas. Apesar da minha já confessada gulodice, não ligava muito a este bolo em míuda. Tinha, isso sim, um grande entusiasmo em tentar encontrar o brinde. Agora já não se pode pôr nem brinde nem fava no Bolo-Rei o que lhe tira metade da graça. Há quem diga que se começa a apreciar esta iguaria portuguesa com a idade. Frutas cristalizadas e crianças não combinam. A verdade é que agora até já gosto de Bolo-Rei. Então se estiver ainda quente e molinho, ui! Não sei se comecei a gostar devido por ter amadurecido (olha que eufemismo) ou se foi por influência. No trabalho tenho uma colega que adora Bolo-Rei e o A. também é grande fã. Assim que começam a aparecer os ditos bolinhos, começam a vir cá para casa.
Tal como os enfeites de Natal e os outros doces típicos da época começam a aparecer cada vez mais cedo. Não sei se acho piada a isso. Apesar de agora comer com gosto, quando chega o Natal já estou um bocadinho farta.
Para quem foi criança nos anos 80, este anúncio não é novidade. Sempre fui gulosa e gosto muito destes chocolates de Natal. Adoro aquele "crunsh" que se sente ao mordê-los. Ao crescer fui deixando de colocá-las na árvore de Natal até porque, por estranho que pareça, as memórias que tenho das fantasias de Natal estão relacionadas com o meu pai.
Nos anos 80 do século passado, esse tempo longínquo, não havia tanta fartura de chocolates durante o ano como há agora. Para além disso, também não havia muito dinheiro para esbanjar. Assim que começavam a aparecer estes no supermercado, o meu pai ia comprando a pouco e pouco. Todos os sábados comprava 2 ou 3 e ia guardando num armário até fazer a Árvore de Natal. Nessa altura lá se colocava os chocolates entre as fitas e as bolas. Os chocolates só se podiam comer depois de se desmanchar a Árvore no Dia de Reis. Obviamente que também não tinha ordem para comer os chocolates todos de uma vez. Aquelas figuras, embrulhadas em papel brilhante e colorido, eram uma tentação.
Durante anos eu fui cumprindo as regras do meu pai com muita dificuldade. Até um dia em que a gulodice falou mais alto. Não consigo precisar quando foi que me rebelei. Presumo que devia ter 9 ou 10 anos porque até aí a minha mãe não trabalhava fora de casa por isso não dava para fazer disparates. A partir dessa idade, ficava algumas horas sozinha em casa. O que é que eu me fui lembrar de fazer? O meu pai começara já a comprar as desejadas fantasias de Natal. Como dizia atrás, a gulodice falou mais alto. Achei que podia abrir um bocadinho da prata, tirar um bocadinho de chocolate e voltar a embrulhar direitinho. E foi correndo tão bem que fui ficando mais afoita e comendo bocadinhos maiores. Quando o meu pai foi fazer a árvore de Natal e pegou nas ditas fantasias é que foram elas. Já estão a imaginar as figuras estavam muito desfalcadas. A fúria do meu pai foi épica. Levei umas boas palmadas (estavamos no anos 80, relembro) e nesse ano não houve mais chocolates para a menina atrevida e gulosa. Coitado do meu pai que ficou mesmo zangado. Ainda me interrogo como é que achei que era possível passar incólume. Doce ingenuidade.
Agora, como todos os chocolates que apetecem e quando me apetece. O pior é o aumento da cintura.
Este ano voltei a pôr chocolates na árvore de Natal e só vou "atacá-los" depois do Dia de Reis. É para me penitenciar por ter magoado o meu Pai, 30 anos depois. Palavra de Charneca.
Apesar deste Pai Natal me ter estado a chamar durante todo o serão de ontem
Tendo em conta que no Natal se festeja o nascimento do Menino Jesus, o Presépio deveria estar presente em todas as casas. O Presépio reverte para as circunstâncias do nascimento do Menino Jesus que se conta ter ocorrido num estábulo. Existem presépios de muitos feitios, materiais e tradições. As figuras principais são Jesus, Maria, José, a vaca e o burro (já que se acredita que Jesus nasceu num estábulo) e os Reis Magos. Também é costume ter pastores e ovelhas uma vez que Jesus também foi visitado pelos pastores. A figura de Jesus costuma ser deitado em palhinhas também para reverter para o seu nascimento humilde.
Este é o meu Presépio. Só comecei a fazê-lo quando vim morar para a minha casa. As figuras foram-me oferecidas e vieram das Caldas da Rainha. Gosto muito dele. As figuras têm traços muito bonitos. É pena não ter os Reis Magos mas como foi oferecido...
A primeira recriação do Nascimento de Jesus através de um Presépio ocorreu em 1223 por iniciativa de São Francisco de Assis. Nesse ano, em vez de celebrar o Natal na Igreja, mandou levar uma manjedoura para a floresta assim como um burro e um boi. Em relação às figuras de Jesus, Maria e José, as fontes divergem. Há quem diga que havia essas figuras em barro, há quem diga que foi um Presépio vivo com um bebé representando Jesus e há quem diga que não existiam essas figuras e São Francisco, só pela presença do burro e do boi e pela fé, explicou aos fiéis como Jesus nasceu de forma humilde. O que é certo é que São Francisco de Assis ficou, tradicionalmente, ligado ao início do Presépio.
Este ano até arranjei um lugar para São Francisco de Assis no meu Presépio. É uma figura pequenina mas está lá. Conseguem descobri-lo?
Esta semana terminou o mês de Novembro e demos as boas vindas a Dezembro, o último mês do ano. Será que continuarei este desafio no próximo ano?! É uma incógnita. Mas vamos ver o resumo desta semana:
1 - Domingo foi dia de serviço. Tão fofinhos, estes amiguinhos da Aroma Home. Têm uma bolsa que se aquece no microondas e depois se põe no interior do boneco para dar um abraço quentinho. Também existem outros artigos com intenção mais medicinal para dores na coluna cervical ou lombar.
2 - Dia de descanso que, de manhã, foi aproveitado para umas comprinhas. Encontrei este presépio encantador.
3 - Uma bolinha de chocolate para acompanhar o café.
4 - Quem tem uma salamandra não tem frio. O meu cantinho preferido na aldeia durante o Inverno.
5 - As temperaturas a descer pedem estes acessórios. Não dispenso as luvas quando está muito frio.
6 - Mar cinzento
7 - Que quentinho! Estreia da lareira neste fim-de-semana gélido.
Natal não é Natal sem os filmes de Natal. Não só é habitual lançar filmes nesta altura como os canais de televisão costumam transmitir filmes de Natal mais antigos para ocupar aquelas horas em que não se passa nada senão continuarmos à volta da mesa que nunca se chega a levantar completamente. Assim aqui fica o meu top3 dos filmes de Natal
1 - "O amor não tira férias"
2 mulheres, uma americana e uma inglesa, sofrem desgostos de amor muito perto do Natal e decidem tirar férias. Combinam trocar de casa e assim a inglesa vai para uma mansão em Hollywood e a americana vai para um pequeno e típico cottage inglês. E depois ... é só ver o filme.
2 - "O amor acontece"
Várias histórias de amor e desamor que se cruzam no Natal. Com a participação da "nossa" Lúcia Moniz e os actores ingleses preferidos, Hugh Grant e Colin Firth
3 - "Sozinho em casa"
Um miúdo reguila fica esquecido em casa quando toda a família vai de viagem para passar o Natal fora. 2 assaltantes desastrados tentam assaltar mas nem sabem quem têm pela frente. Uma mistura explosiva e muito divertida.
Se há coisa que me incomoda nesta época é a caridadezinha. Eu explico. Nas semanas que antecedem o Natal, multiplicam-se as campanhas de solidariedade como, por exemplo, o Banco Alimentar contra a Fome e outras campanhas menos conhecidas. É verdade que há instituições que vão fazendo campanhas ao longo como acontece com aquela que referi. No entanto, há que reconhecer que as campanhas são mais intensas nesta altura festiva. E imagino que a generosidade também seja maior. O que eu pergunto é: Porque é que a maioria das pessoas só se preocupam com a pobreza e a fome no Natal? Porventura, os necessitados só comem no mês de Dezembro? Pois, comem todo o ano, não é?! Então vamos lá a ser generosos durante todo o ano. E, já agora, vamos tentar ser perspicazes a identificar as verdadeiras instituições de solidariedade social. Infelizmente há por aí muita aldrabice.
Quando já tinha este post, sobre a minha irritação com a caridade natalícia, descobri a iniciativa Pai Natal Solidário graças ao Blogmas do blogue Uma carta fora do baralho. Ora aí está uma iniciativa que faz sentido no Natal, fazer uma criança feliz. Ainda mudo de ideias sobre a caridade natalícia.
Este ano decidi desafiar-me a mim mesma e fazer um Blogmas. Blogmas consiste em fazer um post alusivo ao Natal desde o dia 1 de Dezembro até à véspera de Natal. É assim uma espécie de Calendário do Advento da blogosfera.
Para começar, vamos falar de um dos símbolos do Natal presente em quase todas as casas, empresas, centros comerciais e até em algumas igrejas. Sim, falo da Árvore de Natal como seria de esperar pela imagem que ilustra este post.
A minha Árvore de Natal será mais ou menos assim. Este ano ainda não consegui fazê-la. Esta imagem já tem 3 anos mas a decoração será idêntica. Raramente faço a árvore antes de começar o mês de Dezembro e, tanto quanto possível, desmancho-a a 6 de Janeiro. Actualmente uso um pinheiro artificial que já tem uns anos. Aliás trouxe-a da casa da minha mãe quando me mudei para a minha casa. Em criança, o meu pai trazia sempre um pinheiro verdadeiro mas não me lembro de haver data fixa para fazer a árvore mas tenho ideia que se fazia mais perto do Natal.
De há uns anos para cá, eu e o A. começamos a fazer Árvore de Natal na casa da aldeia e aí fazemos com um pinheiro natural.
Há várias versões sobre o início da Árvore de Natal. Inicialmente era um hábito pagão que Santo Bonifácio tentou cristanizar, no século XVIII, associando o formato triangular da Árvore à Santíssima Trindade. No entanto, também se acredita que as árvores de Natal sejam originárias da Alemanha pela iniciativa de Martinho Lutero, um dos impulsionadores da Reforma Protestante, depois de ter ficado encantado com os pinheiros cobertos de neve, e iluminados pelo céu estrelado, enquanto caminhava pela floresta à noite
No nosso país, foi D. Fernando II, marido da Rainha Maria II, que a introduziu já foi criado na tradição germânica onde este hábito natalício estava já enraizado.