Nos 2 últimos dias estive de folga do trabalho. Remunerado porque me dediquei a umas tarefas domésticas que estavam em atraso e estou derreada. Não consegui fazer tudo o que queria mas consegui avariar o aspirador o que é sempre bom.
As arrumações serviram também para chegar a várias conclusões:
- Não sei como é que era capaz de calçar saltos quase vertiginosos.
- Quando é que eu me transformei numa mulher que prefere calçar ténis em vez de stilettos? Deve ter sido quando descobri que era muito mais feliz de ténis e mochila do que de saltos e malinha pendurada no braço.
Tive que deitar alguns sapatos fora com grande pena minha mas ou já não estavam em condições de voltarem a ser calçados ou já não os calçava há mais 2 ou 3 anos ou a probabilidade de os voltar a calçar era de 1 em 10000. Fiquei com pena mas teve que ser para evitar a tal tendência para a acumulação de que falava ali em cima.
E assim sempre arranjo espaço para mais uns pares de ténis.
A recém-inaugurada rubrica "Música à Segunda" vai associar-se à Cerimónia dos Óscares que se realiza no próximo dia 4 de Março. E de que maneira? Partilhando as músicas candidatas ao Óscar de Melhor Canção Original nas próximas 5 semanas. A música utilizada num filme é tão importante como o argumento ou o desempenho dos actores. Quantas vezes já nem nos lembramos quem entraca em determinado filme mas aquela música não nos saí da cabeça. E o cinema tem-nos trazido canções inesquecíveis e intemporais. As candidatas deste ano são maravilhosas. Começo com Mighty River do filme Mudbound, As Lamas do Mississípi (título em Portugal). O enredo deste filme, baseada no livro homónimo de Hillary Jordan, parte da história de dois homens que regressam a casa da Segunda Guerra Mundial para trabalhar numa fazenda no Mississippi e vêem-se obrigados a enfrentar o racismo e ajustar a sua vida após a guerra.
Esta canção é interpretada por Mary J. Blige que também faz parte do elenco sendo também candidata a Melhor Actriz Secundária e que compôs a canção em conjunto com Raphael Saaqui e Taura Stinson.
Escolhi esta farmacêutica pitoresca como foto da semana porque representa um dos momentos mais emotivos dos últimos 7 dias. Foi com esta lembrança que nos despedimos de uma das nossas colegas mais jovens. Ela decidiu deixar-nos para completar o seu doutoramento. Os seus sonhos não passam pela farmácia comunitária por isso decidiu seguir o seu caminho. A A. trabalhava em part-time exactamente por causa do doutoramento e nos últimos meses tornara-se complicado conciliar as 2 coisas. A sua saída inspirou-nos sentimentos dúbios. Por um lado sabemos que ela seguiu o caminho que escolheu e que a fará mais feliz mas por outro lado sentiremos a sua falta. Nós e os nossos utentes que gostavam muito dela. É uma jovem muito doce e tinha muito jeito para lidar com os utentes. Veio trabalhar connosco numa altura muito crítica quando a outra colega se foi embora em poucos dias. Foi a nossa salvação. A A. cresceu muito nestes anos, quer como pessoa quer como profissional. É uma pessoa muito humana e empática. Essas características fazem muita falta nesta sociedade cada vez mais egoísta. Desejo-lhe um futuro muito risonho e feliz. Ontem despedimo-nos, não com um "adeus" mas com um "até já". Ela fará sempre parte desta "família" que nós, no fundo, formamos lá na farmácia.
As minhas citações preferidas são: (trechos de livros, de músicas, frases de autores, etc).
Curiosamente, sem sequer ter reparado na semana 4 do Desafio 52 semanas, desafiei-me a mim mesma no meu outro blog, Livros de Cabeceira e outras histórias, e estou a publicar uma citação diferente todas as 2as feiras. Podem visitá-lo e procurar a tag uma citação por semana que serão bem recebidos.Mesmo assim vou partilhar convosco 2 citações que me dizem muito:
"O essencial é invisível aos olhos. É preciso olhar com o coração", Antoine Saint-Exupery in OPrincipezinho
"Vê mais longe a gaivota que voa mais alto" Richard Bach in Fernão Capelo Gaivota
O meu nome devia ser "Maria das Peripécias". Ontem quase que não conseguia ir trabalhar. Já estava a sair atrasada. Quando fecho a porta à chave, quem diz que eu consigo tirar a chave da fechadura? Rodei, puxei e a danadinha nada de sair. Não sabia que fazer à minha vida. Não podia deixar a chave na porta, obviamente. Fui à procura de um alicate para me ajudar a puxar. Felizmente não encontrei senão ainda partia a chave. Como tinha outra chave da mesma porta, fui buscá-la para tentar empurrar a chave teimosa pelo lado de dentro (entretanto já tinha voltado a abrir a porta) e nada. O tempo passava e eu estava cada vez mais desesperada. Já diz o povo "a necessidade aguça o engenho". De repente, tive a ideia de pôr óleo na tal chave sobressalente para tentar lubrificar a fechadura. Só que o único óleo que tinha era óleo de cozinha e foi esse mesmo que usei. Não sei se foi sorte ou se venci a chave pelo cansaço, o óleo resultou e consegui resolver o problema. Horas e horas a ver a série MagGyver na adolescência dá nisto.
Na passada semana vimos partir 2 divas da música. Uma delas era portuguesa e fez grande sucesso nos anos 60 chegando a ganhar o Festival da Canção, ou melhor venceu o Vrande Prémio TV da Canção Portuguesa como se chamava na altura com o tema "Ele e Ela". Chamava-se Madalena Iglésias e quando eu nasci já tinha deixado o estrelato mas a verdade que eu trauteava muitas vezes esta música. Tenho ideia que ainda passava na rádio esporadicamente ou então dava na televisão na altura do Festival da Canção do qual sempre fui grande fã. Madalena Iglésias e Simone de Oliveira, outra diva da época, eram grandes rivais. Eram o Messi e o CR7 do nacional cançonetismo. Esta música aparece aqui porque me faz recuar ao tempo fantástico da infância
No entanto, a semana passada viu partir uma outra diva mas esta mais recente, Dolores O'Riordan, vocalista da banda The Cranberries, uma banda irlandesa fundada nos fins dos anos 80 mas que atingiu o sucesso nos anos 90. Há muito que não ouvia nada deles mas a memória da sua música fez-me também recuar desta feita ao final da adolescência, um período conturbado da minha vida. Dolores O'Riordan era ainda muito nova, 46 anos, e tinha muito para dar à música com a sua fantástica e inconfundível voz.
Esta música, Zombie, é uma das mais conhecidas. Foi escrita pela falecida vocalista e pretende ser um lamento alusivo aos conflitos entre protestantes e católicos da Irlanda do Norte.
Pode não ser a melhor fotografia do mundo mas foi, sem dúvida, o dia mais importante da semana. Na 4a feira foi o aniversário da minha mãe. Festejámos com túlipas, presentes comprados no comércio local e com um jantar num restaurante cá da terra. Adoro túlipas e a minha mãe também 😍😘⚘🌷🎂.
A antiga fábrica de lingerie Triumph em Sacavém está em processo de encerramento. Ouvi ainda agora que as trabalhadoras preparam para hoje mais um protesto. Uma das acções é irem ao Conselho de Ministros para tentarem ser recebidas para pedir ao Governo que interfira no processo e, simbolicamente entregarem uma peça de lingerie. Desde que ouvi a notícia que não consigo parar de imaginar a cara do António Costa com umas cuequinhas vermelhas na mão.
No domingo houve um acidente com uma pessoa na linha de comboio perto do meu emprego. Um dos utentes da farmácia é que nos contou. Com pormenores mórbidos, muito mórbidos como se contasse uma cena de um filme de terror e não uma situação real, com uma pessoa real que existia mesmo.Ontem o assunto era tema de conversa. Com pormenores cada vez mais mórbidos e com imensas teorias sobre o que se teria passado para que o acidente tivesse acontecido.Qual é o prazer que as pessoas retiram destas conversas?!