7Ontem estive a ver o programa Super Nanny que estreou no domingo. Já tinha achado, pelos anúncios, que devia ser um programa inacreditável. Mas quem é que teve a "brilhante" ideia de trazer este formato para Portugal? E o que leva as famílias a inscreverem-se neste tipo de programas? Eu não sou mãe mas imagino que educar uma criança nem sempre é uma tarefa fácil mas a solução não é expô-las num programa de televisão.
Supostamente a senhora psicóloga que faz o papel de Super Nanny é uma especialista em educação com livros publicados e tudo. E alguém terá avaliado a eficácia daquele método? "Se cumprires as regras, ganhas um smile" ou "se lavares os dentes, colocas ali um sapinho", "se encheres o mealheiro de smiles amarelos, ganhas um presente" e outras pérolas. Por um lado, diz-se que só se tem recompensas quando há bom comportamento mas depois a Super Nanny dá-lhe um presente antes de ver se cumpre as regras. Faz imenso sentido.
Quando não cumpre as regras, a criança tem que ficar sentada num banquinho durante 7 minutos. Um banquinho colocado no patamar da escada, um sítio perfeitamente seguro. Tão fácil, a miúda, no meio de uma birra, cair pela escada abaixo.
Obviamente que a criança começou a cumprir as regras porque achou graça ao jogo mas rapidamente se fartou e voltou à forma antiga. Adorei quando ela disse à Super Nanny "tu não mandas em mim". Esperta, percebeu que as regras não eram imposta pela mãe mas sim por aquela estranha que a mãe deixou entrar em casa e ainda por cima com uma câmara de filmar atrás. A miúda fez aquilo que era suposto fazer para dar espectáculo e audiências.
Não quero, nem posso julgar a mãe embora ache a atitude muito questionável. Dou-lhe o benefício da dúvida que se tenha inscrito em desespero de causa mas, de certeza, que havia outras portas onde bater.
No fim do programa termina tudo em bem. Por quanto tempo?
Faço só mais algumas perguntas:
Qual é a opinião do pai? Concordou com isto ou a mãe inscreveu a miúda sem o conhecimento dele?
A mãe pensou que a miúda teve que ir à escola no dia seguinte à exibição do programa? Qual terá sido a reacção dos colegas?
E a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, onde está?
A primeira vez que ouvi esta música foi durante uma das minhas road trip pela Europa, penso que foi na Virgin Radio, uma estação de rádio francesa. Gosto muito da letra. Quantas vezes só damos valor aquilo que já perdemos?!
Um dos motivos que me levaram a aderir a estes desafios de fotos é que sou obrigada a tomar mais atenção aquilo que me rodeia. Por exemplo, este Polvo que encontrei ontem na Costa de Caparica. Já devo ter passado por ele muitas vezes sem lhe prestar atenção. Ontem "encontrei-o". Não sei se foi por ter comido arroz de polvo ao almoço (!) ou por estar mais atenta. É uma obra de Bordalo II, um dos mais apreciados artistas urbanos actualmente a par de Vihls. Foi realizada durante o Mercado de Natal Amigo da Terra em Dezembro de 2016 e foi feita com materiais em fim de vida como, por exemplo, rsstos de pneus de bicicleta, redes de pesca ou peças de automóveis. A utilização de materiais destinados ao lixo é uma das características de Bordalo II.
Engraçado como, em poucos anos, a arte urbana passou de perseguida a apreciada e até estimulada. Parabéns às autarquias que têm sabido aproveitar o trabalho destes artistas para embelezar as nossas cidades, vilas ou aldeias.
No seguimento do desafio das 52 semanas, hoje o desafio é completar a frase "Eu nunca...". Cá vai
Eu nunca fiz desportos radicais tipo slide, rappel, bungee jumping. E posso afirmar que nunca pretendo fazer. Deus me livre. Só se tiver um ataque de loucura temporária.
Todos os anos, por esta altura, surge-me uma inquietação. Quando é que se deixa de se desejar "Bom Ano"?! Será quando as autarquias tiverem retirado os enfeites de Natal das ruas?!
O único problema é que tem o tamanho 14 e o meu número é entre o 17 e o 19, dependendo dos dias e dos modelos. Quando ele comprou, disseram-lhe que era possível aumentar se fosse necessário.
Como estive de férias a seguir ao Natal, não pude ir à loja por isso só fui na semana passada. Até contei aqui como o início do atendimento não tinha começado bem.
Por coincidência, fui atendida pela mesma pessoa que tinha vendido o anel. Chegou-se à conclusão que seria muito difícil aumentar o anel por isso a hipótese era encontrar numa outra loja da marca.
Entre idas e vindas, e telefonemas, à dita loja, verificou-se que também não havia um anel maior do mesmo modelo noutra loja. Na 2ª feira recebi um telefonema da funcionária dizendo que se podia fazer um pedido especial ao fabricante e o anel viria de Israel demorando uma série de semanas. Ora até nem me importava nada de o ir lá buscar, sempre fazia mais uma viagem.
Ontem lá volto eu ao centro comercial para entregar o meu anel e fazer o tal pedido especial. A funcionária N., que até se revelou muito simpática e atenciosa, agarra-se ao telefone porque, pelo que me pareceu, não percebia muito bem como fazer o tal pedido especial.
Enquanto isso fui dando uma vista de olhos aos expositores e vi peças bem bonitas.
O pior estava por vir. O fabricante não fazia aquele modelo para números maiores. Surgiu-me uma dúvida: a funcionária era pouco competente ou é a marca que era muito complicada?! Para além disso, acho uma grande discriminação para com quem não tem mãos finas e delicadas.
A solução foi, com grande pena minha, trocar por outra peça. Outro problema. Tentei encontrar um modelo do mesmo género para ser similar ao que o A. tinha escolhido. Todos os que havia com fileiras de zircónias como aquele eram pequenos. A discriminação para com os dedos grandes e gordos continuava. Querem lá ver que eu não tenho o direito de usar um anel bonito?!
Acabei por trazer estes dois que reunem 2 qualidades muito importantes. Achei bonitos, principalmente o da pérola, e servem-me.
Até podia ficar fã desta marca mas esta história dos anéis deixa-me de pé atrás.
Magnolia, se me queres como cliente, repensa o design dos anéis.
Este ano, o desafio das fotos terá moldes diferentes. No Instagram continuará a haver, sempre que possível, uma foto por dia mas aqui só será publicada uma imagem. Pode ser a melhor ou a que tiver a história mais interessante associada. Passem pelo Desabafos da Mula que lá está muito bem descrito o desafio que é proposto.
Escolhi um dos meus almoços como foto da semana e até tem uma pequena história associada. Ora leiam lá:
Na 5a feira não levei marmita e então fui almoçar a uma pastelaria/padaria que serve refeições. Este sítio tem uma equipa muito peculiar. Então o que me aconteceu foi o seguinte:
Comecei por comer sopa de peixe e depois queria comer uma salada por isso pedi a ementa para ver as hipóteses de saladas disponíveis. Escolhi salada vegetariana, com molho de mostarda e mel, que tinha tomate, fusili, frutos secos entre outros ingredientes. Vem a funcionária:
- Parece-me que não há fusili. Vou saber.
- Pois, não há fusili.
- Então substituia por alface - digo eu.
Lá vai a moça à cozinha e volta:
- Afinal a salada vegetariana não pode mesmo ser. Não quer antes a de frango?!
- Olhe então pode ser a salada de salmão.
- Salmão também não temos.
- Bom, então traga lá a de frango.
E aparece-me com isto que está na imagem. Parece-me que também não havia assim muito frango já que tive alguma dificuldade em encontrá-lo no meio disto. Eu queria uma salada para desintoxicar dos excessos das festas e saí-me este prato cheio de fiambre e cubinhos de queijo.
Conclusão da história: tive que comer aquilo que a cozinheira quis e fiquei intrigada. Afinal para que serve a ementa?!
O desafio consiste em, todas as sextas-feiras até às 13h, responder a uma pergunta ou completar uma frase para nos darmos a conhecer. Podem ver as perguntas no Porque eu posso ou no Happyness is everywhere já que foram elas que lançaram o desafio. Eu começo já a fazer batota porque esta semana, excepcionalmente, estou a publicar ao sábado. Na próxima semana prometo cumprir o horário.
Então a primeira pergunta é:
Coisas que me fazem feliz
- Um dia de sol e céu azul
- Livros, muito livros
- Chegar a casa e tirar os sapatos
- O cheiro da roupa lavada
- Passear à beira-mar e aspirar o aroma da maresia
- Organizar uma nova viagem e a expectativa do que vou descobrir
- O sorriso de uma criança
- A simpatia dos meus utentes e o reconhecimento do mérito do meu trabalho (sou farmacêutica)
- Estar no sofá aconchegada com uma mantinha quando está frio
Não vos queria maçar muito com histórias da minha viagem mas há uma que não posso deixar de partilhar. A nossa road trip abrangeu 3 tipos de paisagem: cidade, montanha coberta de neve e lagos. Embora tivessemos um plano mais ou menos alinhavado há sempre situações que saem fora do plano. Ir a Verona foi uma surpresa do A. que já conhecia e fez questão de me levar lá já que estavámos perto.
Coliseu de Verona, 30 de Dezembro de 2017
Era sábado à tarde de um fim-de-semana prolongado (o dia 1 também é feriado em Itália) mas não estavamos preparados para a multidão que encontrámos. Nunca mais me queixo dos turistas que andam por Lisboa. E essa multidão dirigia-se para um lugar, apenas. O destino era a Casa da Julieta (reza a história que os trágicos amores entre Romeu e Julieta se passaram em Verona) em cujo pátio existe uma estátua da jovem. O A. insistiu que eu tinha que ir tocar na estátua e tirar uma foto porque era tradição. Parece que dá sorte ao amor e ninguém quer correr o risco de não ter sorte ao amor. O cenário é este
Casa da Julieta, Verona, 30 de Dezembro de 2017
Para além da apalpadela também há quem deixe mensagens como se pode ver na parede ao lado da estátua.
O meu lado romântico até acha graça mas o meu lado pragmático acha isto uma palhaçada. Primeiro que tudo, ninguém sabe se a Julieta existiu mesmo. Depois, a ter existido, pode nem ter morado naquela casa. E, por fim, aquelas mensagens são efémeras, só duram até aos próximos pingos de chuva já que estão ao ar livre.
Seja como for, o lado romântico prevaleceu porque eu também tirei a foto da praxe (não, eu não sou a menina da foto) mas fiquei com pena da pobre Julieta. Não basta a tragédia de um amor proibido e de ter morrido por amor, agora é apalpada a toda a hora por todo e qualquer turista que passe por Verona. Há pessoas com muito pouca sorte.