Os Blogs do Sapo propõem Follow Friday para hoje. Já não participo há muito tempo porque nem sempre tenho oportunidade. Há sempre muitos blogues que eu gostaria de recomendar mas, hoje, a sorte calhou à Happy do Happyness is everywhere.
Há muitos motivos para a visitarem. Para já o título porque não há ninguém que não queira encontrar a felicidade não é? Também foi a Happy que lançou o desafio 52 semanas, o qual eu me tenho esforçado e muito para cumprir. Já não tenho desculpa para deixar de escrever à 6ª feira. No blogue Happyness is everywhere podemos encontrar posts sempre interessantes sobre viagens, um interesse que temos em comum, sobre curiosidades, sobre acontecimentos divertidos do dia-a-dia, enfim sobre a vida.
Tendo em conta que eu sou uma consumista assumida, já fiz muitas compras erradas. Vou tentar uma pesquisa na minha memória e fazer um resumo. Obviamente que, se me lembro, é porque a compra deve ter sido mesmo má
Posto isto, as minhas piores compras foram...
- sapatos - aqui está uma área onde tenho cometido erros, frequentemente. Por exemplo, tenho sapatos que comprei para casamentos, por exemplo, com saltos altíssimos que só calcei 1 ou 2 vezes. Até tenho vertigens, e dores na lombar, só de pensar em calça-los outra vez. Ou então, quando meto na cabeça que tenho mesmo que comprar uns sapatos básicos, pretos. Já me aconteceu mais do que uma vez. Como acho que tenho mesmo que comprar, compro os primeiros que encontro. E depois arrependo-me, ou porque apertam os pés ou porque são feios como trovões.
- Um apartamento num prédio sem elevador. Está bem que é no 1º andar mas mesmo assim há dias em que o elevador dava imenso jeito.
- Há uns anos, no início das férias, vi um livro que pensei ser um livro leve, ideal para ler na praia. Erro crasso. Não só era um péssimo livro como de leve não tinha nada . Era até uma história muito dramática. Chama-se "Sandálias de Prata" e a autora era Cristina Caras Lindas.
- Vestidos curtos que depois não me sinto à vontade para usar.
No passado fim de semana, António Costa anunciou uma medida que o PS pretende inscrever no próximo Orçamento de Estado. Será oferecido, entre outros incentivos, um desconto de 50% no IRS para portugueses que tenham emigrado, contra a sua vontade, durante os anos da Troika e que pretendam voltar ao país. Todos nos lembramos de que o anterior Primeiro-Ministro, Passos Coelho, aconselhou os jovens portugueses a sairem da sua zona de conforto e também nos lembramos das imagens no aeroporto quando os jovens se despediam da família em lágrimas.
Ora, à primeira vista, parece uma bonita medida de incentivo ao regresso. Realmente, é uma pena que o país invista na formação dos jovens para depois serem outros países a usufruírem desse conhecimento. No entanto, acho discutível que seja uma medida justa. Consta que chegaram a emigrar 100 mil pessoas por ano. Será que todas elas emigraram por não terem alternativa? Ou emigraram porque o país era pequeno para as suas, legítimas, ambições? Ou porque quiseram "fugir" dos problemas que o país enfrentava? Até compreendo que se queira favorecer o regresso dos que partiram mas será justo para os que ficaram cá, a aguentar o barco, a pagar mais impostos, com ordenados congelados tantos anos?
É preciso reflectir e perceber se esta medida anunciada se justifica porque traz benefícios ao país ou se tem alguma remota relação com as eleições legislativas do próximo ano.
Se houver por ai professores do 1o ciclo, respondam-me a uma pergunta, por favor: Há quanto tempo se deixou de ensinar numeração romana? Eu explico a pergunta.
Esta manhã estava numa papelaria/livraria que pertence à empresa S**ae, não sei se estão a ver qual é, e dirigi-me ao balcão para pagar e fazer uma questão. Tinha na mão 2 volumes do romance "Guerra e Paz" de editoras diferentes e queria saber se tinham, em stock, os 2 volumes da mesma editora. Assim mostrei um dos volumes onde estava escrito (I de II) e a funcionária, aí pelos 20/30 anos, diz:
Como já devem ter percebido, especialmente se me seguirem no Instagram, na passada semana andei em viagem. Foi um roteiro pelas capitais bálticas que incluiu São Petersburgo, Tallin, Helsínquia e um pulinho a mais uma cidade finlandesa, Tampere.
A ideia desta viagem surgiu depois do A. ter visto um artigo que descrevia uma viagem pelas 3 capitais bálticas. Uma dessas capitais é São Petersburgo na Rússia, cidade que eu desejava muito visitar.
Catedral do Sangue Derramado, uma das Igrejas mais bonitas que já vi na vida.
Quando pretendo viajar para fora da União Europeia consulto sempre este site do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Aqui percebi que era preciso ter visto para entrar na Rússia. Fui consultar o site da Embaixada da Rússia e achei que o pedido de visto dava demasiado trabalho para o tempo que eu iria lá estar (2 ou 3 dias). Foi aí que quase desisti. Mas ainda bem que não o fiz e continuei a pesquisar. E descobri a
Esta regra aplica-se apenas a quem chega ao território russo por via marítima e saí do mesmo modo. A regra foi criada a pensar nos turistas que chegam através dos cruzeiros mas também se pode aplicar a quem chega de ferry. Permite ficar até 72 horas em território russo sem visto.
Então foi assim que eu fiz:
- Viagem de avião até Helsínquia
Princess Anastasia (na versão lego )
- Ferry até São Petersburgo através da companhia St Peter Line a bordo do Princess Anastasia. A viagem pode ser marcada através do site mas eu tive que os contactar por email porque o meu passaporte demorou a ficar pronto. Foram impecáveis e marcaram rapidamente. Mais tarde comuniquei os dados dos passaportes.
Charneca em Flor a chegar a São Petersburgo
- 2 noites de hotel em São Petersburgo. O hotel tem que ser marcado a partir do site da St Peter Line apesar de sermos encaminhados para o Booking. Os hotéis têm que ser escolhidos da lista disponibilizada pelo site. Só esses é que têm acordo com a companhia e aderiram à Visa Free Rule. Quando se chega ao hotel, este tem que registar a entrada dos hóspedes estrangeiros no Serviço de Imigração. Esse serviço tem um custo de 150 rublos por pessoa (não chega a 2 €)
- O hotel escolhido envia uma confirmação em russo que será necessária para poder embarcar.
- É exigido entrar na Rússia através de uma excursão organizada. Podem optar por isso mas se quiserem gastar menos e ficarem mais independentes podem marcar o City Bus Tour que funciona como um autocarro que nos leva ao centro da cidade. Também pode servir como transfer para alguns hotéis da lista. Nós perdemos o transfer para o hotel porque demorámos muito tempo na fronteira mas fomos até ao centro da cidade.
Catedral de St Isaac
- Sair da Rússia por ferry. Pode-se regressar a Helsínquia ou então optar por ir até Tallin como nós fizemos. Felizmente, no último dia, conseguimos ir de transfer do hotel para o terminal.
Dica 1: Os ferrys têm alguns restaurantes a bordo. A opção mais concorrida é o buffet do Princess Garden. Serve jantar e pequeno-almoço em regime buffet com bebidas incluídas. Se gostarem muito de comer, vale a pena. A comida é de boa qualidade. Para pouparem algum dinheiro, comprem o pacote das refeições quando estiverem a marcar a viagem. Ainda se poupa algum dinheiro. Dá para comprar mais matrioscas .
Jantar
Pequeno-almoço
Dica 2: Não marquem hotel directamente no Booking nem no Airbnb. Essas confirmações não são aceites para a Visa Free Rule e a companhia do ferry não vos vai deixar embarcar.
Ontem passaram 30 anos sobre o desaparecimento de um dos maiores artistas portugueses dos anos 80. Provavelmente, muitos dos que me lêem não se lembrarão dele. As suas músicas marcaram a minha infância e a minha adolescência. Consigo, ainda hoje, cantar esta "Cinderela" de cor.
Como teria sido o panorama musical português se ele não tivesse morrido?
Será que ainda se continuaria a dedicar à música?
É curioso como, tantos artistas, morrem novos. É assim que se tornam mitos.
Aconselhar livros a alguém parece-me uma tarefa ingrata. Aquilo que eu gosto de ler depende de muitos factores que vão para além da qualidade do escritor. A maturidade e as experiências que vamos vivendo podem ser determinantes para a maneira como "sentimos" determinado livro. Sendo assim, os livros da minha vida (que podem, ou não ser, também os livros da vossa vida) são estes:
- O Principezinho, Antoine Saint Exupéry - um hino à amizade e ao amor. Para descobrirmos os outros, temos que sair da nossa concha, da nossa zona de conforto e deixarmo-nos cativar.
- Fernão Capelo Gaivota, Richard Bach - Ser livre é arriscar. É sempre possível ir mais além, voar mais alto.
Li estes dois livros na mesma altura, entre o fim da adolescência e início da vida adulta. Continuam marcantes.
- A Bíblia Sagrada - não para ler de seguida mas alguns textos. Ajuda a compreender a nossa sociedade ocidental, judiaco-cristã. Não deixem de procurar o "Cântico dos cânticos". Surpreendente.
- Cem anos de solidão, Gabriel Garcia Márquez. Procurem uma versão com a árvore geneológica para se conseguirem orientar com todas aquelas personagens. Absolutamente fantástico. Um verdadeiro monumento literário.
- As intermitências da morte, José Saramago. O que aconteceria se, um dia, a morte deixasse de aparecer e mais ninguém morresse?! Uma divertida, para quem goste de humor macabro, sobre a morte, a vida e a dignidade humana. Quanto a mim, um dos melhores livros para começar a ler o nosso Prémio Nobel.
- Como água para chocolate, Laura Esquível. Outro livro da América do Sul, fantástica história de amor que se expressa através da comida. Delicioso.
- Chocolate, Joanne Harris. Para uma pessoa gulosa e chocodependente, também é um livro delicioso. Retrata a desconfiança que as pequenas comunidades sentem em relação a quem tem uma atitude diferente da maioria.
- Perguntem a Sarah Gross, João Pinto Coelho. Um impressionante retrato de uma das épocas mais negras da história do séc. XX, a 2a Guerra Mundial e os campos de concentração. Tocante e emotivo.
Muitos livros ficam por nomear. Já li tantos livros na vida que nem os consigo contabilizar. Muitos gostaria de vir a ler mas o tempo nem sempre abunda. Para além de todos os que tenho em espera, fiquei com a ideia de tentar ler uma das grandes obras da literatura munfial, "Guerra e Paz" de Tolstoi.
Estas minhas novas amigas posaram para a foto da semana. É impossível passar pela Rússia sem trazer matrioskas. Gosto muito delas, tão pestanudas e coloridas. Em St. Petersburgo há inúmeras lojas de matrioscas. Há para todos os gostos e para todas as bolsas. Eu achei que estas tinham um ar muito fofinho.
Hoje é dia de cumprir o desafio 52 semanas mas como ainda estou em viagem, e o tema exige alguma (muita) reflexão, fica adiado. Veremos se o consigo fazer no fim-de-semana. Esta noite tenho uma viagem de mais de 4 horas para reflectir.