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O Voo da Garça

Sonhos, desejos, opiniões, instantes da vida diária...

O Voo da Garça

Sonhos, desejos, opiniões, instantes da vida diária...

14
Out18

Foto da semana #41

Charneca em flor

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A foto da semana foi uma imagem do quotidiano. Adoro pão, deve ser por causa das minhas origens alentejanas. Também costumo fazer pão em casa mas não tenho tido as minhas farinhas preferidas por isso não tenho feito. Gosto muito do pão desta superfície comercial. Ainda por cima é possível trazer o pão fatiado. Infelizmente, a máquina de cortar o pão não existe em todos os supermercados desta cadeia. Senhores do Lidl, vamos lá a resolver esta lacuna .

13
Out18

Cuidar da memória

Charneca em flor

A minha memória sempre teve características muito curiosas. Tenho uma memória prodigiosa para acontecimentos mais antigos como, por exemplo, o que é que jantei em Split em 2011 ou o que é que o utente X toma para a pressão arterial. Muitas vezes a minha memória funciona por associação de ideias, ou seja, não me limito a debitar os factos mas faco um raciocínio sobre eles. No entanto, a minha memória imediata, das coisas rotineiras do dia- a-dia é péssima. E isso acontece porque quando estou a fazer qualquer coisa, já estou a pensar em 2 ou 3 assuntos mais à frente. Isso faz com que seja a campeã da distração. Nos últimos tempos, o estado mental e a memória imediata tem andado pior do que nunca. Para isso contribuiu, com certeza, o pós-ferias, a doença e posterior falecimento do pai do A. e o excesso de horas de trabalho. Quando, em 2 dias seguidos, fui às compras sem carteira (ficou em casa) e me esqueci dos óculos em dia de serviço nocturno, achei que era altura de intervir. Assim fui à farmácia ( como todos os dias) e comprei estas ampolas

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Só agora esqueço-me de as tomar. Como é que eu resolvo este problema?!

 

12
Out18

Desafio 52 semanas - semana 41

Charneca em flor

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Não tenho um vasto conhecimento de relações amorosas até porque nunca fui muito namoradeira. Por isso a reflexão que vou fazer esta semana terá em linha de conta a minha experiência pessoal mas também o que observo à minha volta. Ora então, mãos à obra

 As coisas mais difíceis num relacionamento amoroso são...

- Aceitar o outro como ele é - quando passa a fase da paixão em que tudo é encantador, percebe que algumas características do outro, afinal, não são assim tão encantadoras. Nunca se deve tentar mudar o outro. As pessoas mudam, naturalmente, porque evoluem, crescem mas nunca ninguém muda só porque alguém quer. Pelo menoa, não muda para sempre. Mais adiante, volta a ser o que sempre foi. Se não formos capazes de aceitar isso talvez o relacionamento tenha os dias contados.

- Confiança - quando se perde a confiança, não há volta a dar. Pode-se tentar reconquistá-la ou readquiri-la mas mais tarde ou mais cedo...

- Saber ouvir - tão difícil, para mim de modo especial porque raramente estou calada.

- Respeitar o espaço do outro, a sua necessidade de isolamento ou de silêncio.

- Não ser mãezinha ou paizinho do outro - ajudar quando o outro precisa é uma coisa mas não podemos substituir o outro no seu dia-a-dia. Mesmo em casal, há que manter, e cultivar, uma certa independência. Na farmácia conheço casais em que um dos elementos é que se ocupa dos medicamentos do outro, das consultas ou exames. Há imensas pessoas que nem sabem que medicamentos tomam nem quando vão ao médico porque é o companheiro/a que se ocupam disso. E não, não acontece só nas gerações mais antigas.

- Ficar feliz quando o outro está feliz e realizado mesmo que isso possa implicar menos tempo para o relacionamento. Ou seja, evitar sentimentos egoístas.

- Partilhar a casa- de-banho - acredito que falta de entendimento nesta parte da casa pode levar ao rompimento.

 

Bom fim de semana com muito amor

11
Out18

Falta uma abertura

Charneca em flor

Os jumpsuits, ou macacões em bom português, continuam a ser uma tendência de moda. Resisti muito até aderir mas adquiri 3 modelos nos últimos meses. Um deles é já da nova colecção da Mango.

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É este mas fica-me muito melhor a mim do que a esta jovem

Gosto muito de os vestir porque acho muito prático e confortável. Só tem um senão. Já devem ter percebido. É isso mesmo, o problema é quando é preciso ir à casa-de-banho. Não podiam ter inventado os macacões com uma abertura para "as nossas precisões"? E se calha estar aflita é um sarilho. Será que os jumpsuits são, na verdade, um instrumento de tortura?!

E por aí, também seguem esta tendência?

09
Out18

Olá, Pai

Charneca em flor

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Hoje faz 30 anos que partiste. Lembro-me com nitidez de todos os pormenores daquele momento em que recebi a notícia que mudou a minha adolescência e a minha vida. Tinhas partido para sempre e contigo levaste parte do meu coração. O vazio e a dor, esses ficaram para sempre. A tua morte foi a bitola pela qual medi todas as dores destes 30 anos. Nenhuma foi mais intensa que a dor de te ter perdido. Podem ter andado muito perto mas nenhum dos meus momentos negros foi mais intenso do que aquele em que percebi que tu nunca mais ias voltar. Durante muito tempo, deitada na minha cama, julguei ouvir-te a subir a escada e a abrir a porta da nossa casa. É sempre cedo para perder o pai ou a mãe mas perder-te com 14 anos... foi duro demais.

No entanto, tu estiveste sempre comigo, pai. Em todos os momentos, alegres ou tristes, senti a tua presença, festejando comigo as minhas conquistas e consolando-me nas minhas derrotas.

Às vezes penso: E se tu não tivesses morrido? Se estivesses só a dormir e acordasses agora passados todos estes anos? Será que terias orgulho em mim? No caminho que percorri? Na mulher em que me tornei? Sabes, Pai, sei que muitas das minhas escolhas não foram as que tu sonhaste para mim mas eu tinha que encontrar o meu lugar no mundo. E encontrei. Gosto muito do que faço e sou feliz na profissão que escolhi. Sei, que muitas vezes, faço a diferença na vida das pessoas e isso é que importa.

Olha, Pai, quero que saibas que nunca te esqueci mas, apesar das muitas saudades, tenho tentado ser feliz como sei que tu gostarias que fosse. Com altos e baixos, posso dizer que tenho conseguido. Quando te perdi, caí no fundo e, durante a maior parte da minha adolescência, fui uma jovem revoltada e pensei: "porque é que isto me aconteceu?". Felizmente encontrei pessoas no meu caminho que me ajudaram a ultrapassar essa revolta. Nessa fraqueza, encontrei as forças que precisava. Por mais que a vida se complique, é muito difícil derrubar-me porque eu aprendi a reerguer-me, aconteça o que acontecer. 

Nesse longínquo dia 9 de Outubro de 1988 pensei que o meu sorriso se tinha apagado para sempre mas um dia voltei a sorrir. Hoje a dor transformou-se e já sou capaz de me sentir feliz pelos bons momentos que tive o privilégio de viver contigo. No entanto, a ausência continua a pesar toneladas.

Espero que aí no céu haja boa cobertura de wifi para tu poderes ler esta minha carta. Aguardo a resposta na volta do correio.

Tenho muitas, muitas, muitas saudades.

Beijinhos

A tua filha que nunca deixou de te amar.

07
Out18

Foto da semana #40

Charneca em flor

 

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 A foto desta semana tem um tema recorrente, o mar. Foi captada pela hora do almoço do 5 de Outubro, feriado nacional que assinala a Implantação da República. Um passeio pelas praias do Oeste é sempre um óptimo programa em qualquer altura do ano. Na passada 6ªfeira, o sol brilhava e soprava uma brisa que, não sendo desagradável, não era convidativa a fazer praia. Pelo menos, para mim porque havia muitas pessoas na praia inclusivé a tomar banho no mar. Brrr, que frio. No último ano não fizemos muitos passeios nesta zona mas agora temos recuperado o tempo perdido. A imagem foi captada a partir da mesa onde almocei. Já fomos almoçar várias vezes a este bar/restaurante. Fica na Praia de Santa Rita Norte, Concelho de Torres Vedras. O ambiente é despretencioso, o serviço é simpático, a comida é de muito boa qualidade e as sobremesas são divinais. Os preços também são acessíveis tendo em conta que estamos num bar de praia. A vista é magnífica. Nunca fomos lá jantar mas deve ser maravilhoso jantar lá ao pôr-do-sol.

 

Fica a sugestão. Ainda têm tempo de irem lá almoçar este domingo.

05
Out18

Desafio 52 semanas #40

Charneca em flor

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Adoro o tema desta semana. A memória olfactiva tem, para mim, uma grande importância. Há cheiros que, assim que os sinto, me transportam para momentos felizes. Infelizmente alguns aromas também me transportam para momentos infelizes mas desses não vamos falar agora. Assim aqui ficam os aromas da minha vida.

- Roupa acabada de lavar

- Relva acabada de cortar

- Terra molhada depois de um dia de chuva

- Alfazema - este aroma leva-me de volta ao sul de França, mais precisamente, a Marselha. Lá é impossível fugir deste aroma, sente-se a cada esquina.

- Coentros - lembra-me a minha avó que me mandava apanhar os coentros para a açorda e eu nunca conseguia distinguir entre os coentros e a salsa.

- Chocolate e café, os meus maiores vícios

- Maçãs mas as verdadeiras, as que se apanham das árvores e não as que se "apanham" nos supermercados. Lembra-me o Outono porque é a altura de as apanhar.

- Mercados de rua em que se sentem os aromas de todas as frutas e legumes ao mesmo tempo. Recordo um mercado onde vou muitas vezes, o Mercado da Fruta das Caldas da Rainha mas também os mercados de rua típicos das cidades francesas, principalmente.

- O coelho estufado da minha mãe. Delicioso.

- Limão. Este aroma leva-me para Itália e lembra-me Limoncello, uma bebida maravilhosa mas perigosa.

- O aroma que se liberta das dunas. Já tentámos investigar e parece-nos que o aroma a que me refiro vem de umas flores amarelas que, quando secas, libertam um aroma cativante.

- Maresia. Palavras para quê? É o aroma da indolência, das férias junto ao mar. E também me leva para o restaurante de La Coruña onde comi os melhores mexilhões da minha vida.

- Canela, o aroma do Natal em família,das filhozes da minha avó na infância ou das filhozes e rabanadas do A. nos últimos anos.

 

Muitos "cheiros" ficaram esquecidos mas já se percebe que a minha memória vive muito do olfacto. Hoje cheira-me a feriado, um feriado que estava mesmo a apetecer porque os últimos dias foram excepcionalmente cansativos a nível físico e mental. Bom feriado.

 

02
Out18

Caso Tancos ainda dá que falar

Charneca em flor

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Esperemos que o país não entre em guerra porque, se entrasse, estávamos feitos. Completamente feitos ao bife. As nossas forças armadas estão uma verdadeira balbúrdia. Senão vejamos:

- Primeiro desaparece armamento que estava guardado numa base militar

- Meses depois, o material reaparece a poucos quilómetros do sítio de onde desapareceram. E com bónus. A devolução vem com 1 embalagem de munições a mais o que, obviamente, levantou inúmeras suspeitas.

- A PJ leva 1 ano a investigar, não só o roubo mas também a devolução.

- No âmbito desta investigação são detidos vários militares entre eles o Director da Polícia Judiciária Militar (PJM) bem como os investigadores daquela polícia, envolvidos no caso.

- A devolução foi combinada entre a GNR de Loulé, onde o assaltante tinha um amigo, e a PJM com vista a encobrir o assaltante e a deixar a PJM receber os louros por esta investigação. Uma das principais razões para a PJM se envolver nesta farsa foi "passar a perna" à Polícia Judiciária. Ou seja, o país é ridicularizado por conflitos entre polícias. Aliás não percebo a necessidade de haver Polícia Judiciária Militar. Os crimes praticados por militares serão assim tão diferentes dos crimes praticados por civis?!

- Tudo indica que o assaltante é um ex-militar. Também se levantou suspeitas de que o assaltante teria tido cúmplices dentro da instituição militar mas essa suspeita ainda não foi confirmada.

- Quando ainda decorria os interrogatórios a estes detidos há outro problema, desta vez na Marinha. Durante o transporte até à Escola de Fuzileiros, uma caixa com mil munições cai do veículo de transporte para a via pública e é encontrada por um popular que a leva até à esquadra mais próxima. O incidente está a ser investigado. Este tipo de material não devia ter um acondicionamento mais adequado?!

 

As nossas Forças Armadas ficam muito mal na fotografia. É preciso repensar estas instituições. Como vamos confiar nas nossas Forças Armadas?!

 

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