Diário da Gratidão #31
Chove lá fora e eu tenho a minha cama quentinha à minha espera. Tão bom
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Chove lá fora e eu tenho a minha cama quentinha à minha espera. Tão bom
Hoje de manhã pensei que ia ter um dia muito stressante mas, afinal, até me consegui controlar muito bem. Acabou por ser um dia relativamente calmo.
Ontem saí 2 horas depois do previsto. Felizmente, quando cheguei a casa o A. já tinha o jantar feito. Isso não tem preço. Nem me importei de arrumar a cozinha .
Já ando a sonhar com a próxima viagem e reparei que não cheguei a finalizar o relato da viagem do Verão passado. Se bem se lembram, fiz um périplo pelas capitais do Báltico que podem recordar aqui e aqui. Ora terminei o post sobre Tallin quando estava a caminho do ferry que me levou para Helsínquia. A viagem durou cerca de 2 horas e ainda tivemos que andar um pouco até ao hotel.
Depois de deixarmos as malas no quarto fomos conhecer a cidade. Havia um ambiente muito animado. Encontrámos palcos e muitos artistas de rua. Fomos até à praça do velho mercado que fica junto a um dos muitos cais da cidade. No mercado vimos inúmeras bancas de comida. Também encontrámos uma piscina com água aquecida que fica "dentro" da água gelada da baía de Helsínquia. Um dos locais mais emblemáticos onde fomos foi a lindíssima Catedral de Helsínquia, uma igreja evangélica. A Catedral fica num sítio alto e de um dos lados tem uma imensa escadaria que dá para a Praça do Senado.
Helsínquia, 22 de Agosto de 2018
E foi nessa escadaria que descobrimos a razão pela qual o ambiente da cidade era tão animado. Na Praça do Senado decorria um ensaio para um espectáculo dos catalães Fura dels Baus. Na noite seguinte iria realizar-se ali um espectáculo, de entrada livre, do grupo catalão em colaboração com pessoas da cidade. Aliás a noite seguinte seria a Taiteiden yö, ou seja, a Noite das Artes. É uma noite em que há inúmeros espectáculos gratuitos pela cidade em praças, restaurantes e salas de espectáculo. Nessa noite, os museus também estão abertos até tarde. Os artistas de rua também aproveitam para actuarem pela cidade. Assim já se compreende porque é que a cidade parecia tão animada. Mas isso é uma história que fica para outro dia.
Hoje tive que sair muito cedo de casa. Assim tive o grato privilégio de assistir ao nascer do sol .
Na passada semana, antecipei ao anúncio dos nomeados para os Óscares e partilhei uma das minhas músicas preferidas dos últimos tempos. E provou-se que eu tinha razão e "Shallow" foi nomeada.
Hoje partilho outra das nomeadas "All the stars", canção original do filme Pantera Negra. Este filme é um filme de fantasia, ficção científica e acção cujo protagonista é T'Challa, o Pantera Negra, um super-herói que volta ao seu país, Wakanda, para ser coroado rei depois da morte do pai.
As notícias sobre a realização das Jornadas Mundiais da Juventude em Portugal fizeram-me recuar uns anos, ao tempo em que eu também pertenci a um grupo de jovens católicos. Nunca cheguei a ir às Jornadas Mundiais da Juventude mas não fico indiferente à sua realização por terras lusas. E, hoje, senti-me muito grata pelas experiências que vivi naquele tempo em que deixei que a fé em Deus entrasse no meu coração. Esses momentos foram determinantes para ultrapassar a dor da morte do meu pai e deram-me ferramentas para lidar com todas as perdas, com todas as dores que a vida ainda tinha (e tem) guardadas para mim. Ter pertencido a uma comunidade, ter feito parte de algo maior do que eu fez de mim a pessoa que sou hoje. Mesmo agora que me afastei da Igreja, o que cresci e aprendi nesse tempo permanecerá para sempre.
Por acaso, esta não foi a publicação com mais gosto desta semana. Esse lugar pertenceu ao meu almoço de ontem no restaurante de sushi. Mas, como eu é que mando por aqui, decidi que esta seria a foto da semana. No passado domingo, dei um passeio matinal pela cidade de Rio Maior. Durante muitos anos não conseguia ouvir o nome desta cidade sem me arrepiar. O acidente que vitimou o meu pai foi ali perto e foi ao hospital desta terra (não sei se ainda existe) que fomos buscar o corpo. Quis o destino que a aldeia da família do A. fosse nos arredores de Rio Maior embora noutro concelho. E nos últimos anos tenho construído novas e doces memórias de uma cidade que marcou a minha vida de modo tão duro e triste.
Mas adiante. De vez em quando é bom percorrer os sítios que já conhecemos com olhos de turistas, como se os víssemos pela primeira vez. Assim, no passado domingo, descobri esta casa, Casa Senhorial de El-Rei D. Miguel. Ao que parece D. Miguel pernoitou por aqui durante a Revolução Liberal da qual saiu derrotado. Como D. Miguel também está ligado à terra onde cresci, fiquei curiosa. Desta vez estava fechada mas pode ser que tenha oportunidade de a ver por dentro.
A Casa é descrita assim no seu site:
A zona de implantação da Casa situa-se bem perto de um cruzamento de duas importantes vias romanas, uma proveniente de Santarem, e outra, de Lisboa.
Na época medieval esta zona estava situada no limite Sul da malha urbana da que foi a aldeia de Rio Maior .
A partir deste sitio a povoação cresceu, de modo lento, sendo, no século XVI,a área preferida pelos abastados para construção das suas casas, atraindo, também, estabelecimentos de comerciantes e oficios.
Quanto á sua origem,pode situar-se na idade média tendo evoluido sucesivamente até ao século XX.
Contudo, o imóvel irá ter o seu periodo de esplendor na segunda metade do século XVIII.
Manterá intactas as suas principais caracteristicas adquiridas neste periodo, nas fases seguintes de ocupação (séc, XVIII XX)
Este imóvel possui uma extrutura tipica de uma Casa Senhorial do Alto Ribatejo, possuindo uma pequena Capela privada. O piso superior (andar nobre) era destinado á área residencial, enquanto que no térreo instalavam-se os animais,arrumos diversos e a cozinha.
O imóvel sempre foi conhecido por Casa de D.Miguel por se saber que o Rei aqui estacionou no periodo conturbado da Revolução Liberal.
As suas fachadas, de revelante interesse arquitectónico, integram-se na linguagem estética do barroco.
Um dos principais interesses histórico-culturais do edificio reside no facto de possuir, no seu interior, tectos de maceira, pintados, tendo um deles, ao centro, um escudo com as armas reais representadas. Estes tectos foram retirados para restauro.
Estudos arqueológicos realizados pela Secção de Arqueologia e História da Câmara Municipal de Rio Maior conduziram á descoberta de vestigios que vão do periodo romano ao século XX. Destes destacam-se restos de um forno romano e de um enterramento, possivelmente do mesmo periodo; vestigios de casas medievais ( séc.XV); um silo e um enterramento de uma criança (por datar) e uma alfaiataria do século XIV.
A Casa Senhorial compõe-se, hoje, de um Espaço de Exposições Temporárias, com uma entrada para visitantes, interligação dos diversos compartilhamentos e comunicação com o edificio lateral
Hoje o A. convidou-me para almoçar sushi. Adorei. E ainda por cima o restaurante estava a fazer uma promoção . A tarde foi passada na mais completa ociosidade. Soube tão bem depois da semana esgotante que tive.
Sou um perigo a bordo de um automóvel. Assim que me sento num carro, começo a ficar cheia de sono. Mesmo quando vou a conduzir. É pior quando tenho que conduzir de noite. Hoje tive que conduzir sozinha cerca de 60 km e estou grata, imensamente grata por ter chegado bem.
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