No final da adolescência, início da vida adulta, parecia mais velha do que era na realidade. Não sei se era devido aos óculos, que me davam um ar mais pesado, ou se era devido ao meu estilo "a atirar" para o clássico. Ou, como amadureci mais cedo por ter perdido o meu pai, isso notava-se no meu aspecto exterior.
Hoje chega ao fim, este desafio, "Se eu fosse...". Obrigada, Alexandra, por teres tido a ideia e teres lançado o desafio. Não foi fácil mas foi muito divertido.
Para terminar, a tarefa é descobrir uma frase que me represente. Gosto muito de ler e tenho a mania de descobrir frases para momentos-chave. Há muitas frases que me tocam e que me poderiam representar mas só há 1 resposta certa.
Se eu fosse uma frase, seria "O essencial é invisível aos olhos. É preciso olhar com o coração", Antoine Saint-Exupéry in O Principezinho.
Sou muito míope. Sem óculos ou lentes de contacto não vejo 1 boi à frente o que não dá muito jeito uma vez que vivo no Ribatejo. Não sei se sabem mas por aqui há muitos bois .
Todas as estações têm o seu encanto mas talvez eu pudesse ser o Verão. Nasci no Verão, é nos dias de Verão que me sinto mais feliz. O sol ilumina os dias, as tardes prolongam-se pela noite e a temperatura é quente. E eu acho que sou uma pessoa calorosa por isso só mesmo ser uma pessoa-Verão.
Hoje é feriado municipal em vários concelhos do país, maioritariamente nas regiões do Ribatejo, Alentejo e Estremadura. O que quer dizer que hoje estou de folga porque o concelho onde trabalho é um dos que escolheu este dia para ser o feriado camarário. Este feriado é variável mas calha sempre à 5a. feira e é marcado 40 dias depois da Páscoa. É designado por Quinta-feira da Ascensão porque, a nível religioso, assinala o dia em que Jesus Cristo ascendeu (subiu) ao céu.
O que eu não sei é porque é que, em Portugal, existe a tradição de ir apanhar a "espiga" neste dia. Provavelmente já haveria alguma tradição pagã deste género e o Cristianismo "aproveitou" essa tradição e deu-lhe um novo sentido como aconteceu com outras festividades religiosas.
Assim, no Dia da Espiga, é tradição fazer um passeio matinal para apanhar o ramo da espiga. Este ramo deverá ter, por exemplo, espigas de cereais, flores silvestres como papoilas ou malmequeres, ramos de oliveira, alecrim ou folhas de videira. Estes elementos adquirem uma certa simbologia:
Espiga – pão
Malmequer – fortuna.
Papoila - amor
Oliveira - paz
Alecrim - saúde
Videira - alegria
Ao longo dos anos, vivi este dia de formas diferentes. Em miúda dava um passeio com o meu pai para apanhar a espiga. Na adolescência, eu e as minhas amigas chegámos a fazer piqueniques para apanhar a espiga. Quando estava na faculdade, era uma chatice porque era feriado na minha terra mas não em Lisboa. O autocarro ia cheio de pessoas que aproveitavam para ir a Lisbos (saloios ). Depois comecei a trabalhar num concelho onde também havia este feriado e passei a ser também uma das "saloias" que ia passear a Lisboa. Às vezes, o Dia da Espiga era coincidente com a Feira do Livro e era uma excelente oportunidade para lá ir fora das confusões do fim-de-semana.
Este ano, vim passar o dia à aldeia uma vez que o A. não trabalha as 5as feiras. O dia será aproveitado para continuar a apanhar batatas, agora pela manhã, e talvez dê para passear. Se calhar, vou até apanhar o meu ramo da espiga .
Bom dia de trabalho para quem trabalha e bom feriado para quem tem a mesma sorte que eu.
Grata pelos momentos perfeitos do meu dia. Hoje tivemos oportunidade de vir à aldeia para jantar. Aproveitámos a temperatura convidativa para jantar no quintal. Depois ficámos mais um bocadinho a relaxar e os pirilampos passearam-se à nossa volta.
Os meus pais nasceram e foram criados no Alentejo. O meu pai, depois de vir da Guerra Colonial, conseguiu trabalho na zona do Ribatejo onde já vivia o irmão mais velho. Os meus pais casaram e ficaram por aqui. Eu nunca sei se me sinto mais ribatejana ou alentejana. Nasci, efectivamente, no Ribatejó mas as minhas raízes são alentejanas.
Só podia ser o "5" porque foi o dia em que nasci. Utilizo muito o "5" . Até já ganhei dinheiro numa rifa com o número "5". Também gosto muito do mês de Maio que é o 5o mês do ano.
Mas também podia escolher o "7", não só porque nasci no 7o mês do ano, mas também porque é considerado um número sagrado, perfeito, místico, quase mágico. A nível religioso é considerado um número importantíssimo. Por exemplo:
7 dons do Espírito Santo
7 virtudes
7 pecados mortais
7 sacramentos
Imagino que seja por isso que tantos futebolistas gostam de jogar com a camisola " 7".
Há dias ouvi uma expressão na televisão que me causa estranheza. É uma expressão usual mas que eu tenho sempre dúvidas sobre a forma mais correcta de dizer porque se utilizam 2 formulações que pretendem dizer o mesmo. São as expressões é "ir de encontro a" ou "ir ao encontro de". Quando oiço esta frase parece-me que se está a dizer que algo ou alguém chocou com alguma coisa. No entanto, o contexto em que ouvi era diferente. Seria algo como: "o político X defendeu a medida Y o que vai de encontro com o que defendeu anteriormente". Quando a mim, acho que a formulação correcta seria "o político X defendeu a medida Y o que vai ao encontro do que defenceu anteriormente".
O que é que acham os meus amigos leitores? Qual será a formulação mais correcta?