Diário da Gratidão #269
Muito grata pelos destaques, na página dos blogs e na página principal do
, pelo meu post sobre o jogador Bernardo Silva. Parece que desta vez os destaques não atrairam os doidos do costume.
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Muito grata pelos destaques, na página dos blogs e na página principal do
, pelo meu post sobre o jogador Bernardo Silva. Parece que desta vez os destaques não atrairam os doidos do costume.

Diogo Freitas do Amaral faleceu hoje. Uma figura incontornável da política nacional, Diogo Freitas do Amaral marcou indiscutivelmente a nossa história. Fundou o CDS, foi vice-primeiro-ministro durante o governo AD (coligação PSD/CDS) mas, já neste século, foi Ministro dos Negócios Estrangeiros do PS num dos governos de José Sócrates, embora como independente. Esta sua opção foi muito polémica e mal vista pelo CDS/PP levando a que a sua fotografia fosse retirada da sede do partido no Largo do Caldas. Foi dos primeiros portugueses a ter um alto cargo internacional já que foi Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas nos anos 90.

Mas, imagino que a maioria dos portugueses com mais de 40/50 anos se lembrarão de que Freitas do Amaral foi um dos protagonistas das Eleições Presidenciais mais renhidas da nossa democracia. Corria o ano de 1986. A direita uniu-se em torno de 1 só candidato, Freitas do Amaral. A esquerda tinha vários candidatos o que fez com que tivesse que haver uma 2a volta. Foi a única vez em que tal aconteceu. A 2a volta disputou-se entre Freitas do Amaral e Mário Soares e a campanha foi épica. Ninguém se poderá esquecer de Freitas do Amaral e a sua inseparável gabardina verde. Tudo indicava que Freitas do Amaral sairia vencedor porque as probabilidades estavam contra Mário Soares. No entanto, a campanha virou a favor do candidato do PS depois da célebre "bofetada", na verdade foi uma paulada, da Marinha Grande. O resultado final foi de 48,8% para Freitas do Amaral e 51,2% para Mário Soares.
Sejamos, ou não, apreciadores das ideias de Freitas do Amaral, que até foram evoluindo ao longo dos anos, temos que reconhecer o seu papel na construção da nossa democracia. Nos últimos anos provou que a verdadeira liberdade é pensarmos pela nossa própria cabeça, sem rótulos que nos "arrumem" num determinado lugar e sem receio das consequências que possam advir do nosso sentido crítico.
Os políticos actuais têm muito a aprender com a história de vida destes políticos como Freitas do Amaral, Mário Soares, Sá Carneiro ou Álvaro Cunhal. Será que os políticos actuais teriam a mesma capacidade de lutar pelos seus ideiais como estes exemplos?

Ontem o jogador do Manchester City, o português Bernardo Silva, foi formalmente acusado, pela Federação Inglesa de Futebol, por conduta imprópria. A conduta a que se refere a Federação foi fazer uma brincadeira com um dos seus colegas, o seu grande amigo Benjamin Mendy, na rede social Twitter. A publicação foi esta

Logo na altura, Bernardo Silva foi acusado de racismo. Se a dita conduta imprópria fosse num jogo oficial, o jogador incorria numa pena de suspensão de 6 jogos.
Mas está tudo doido? A Federação Inglesa terá perguntado ao visado se tinha sentido ofendido? Mas já não há sentido de humor? Será que anedotas com loiras são discriminação de género e de cor de cabelo? E anedotas de alentejanos serão o quê?
Não é o mesmo que chamar "macaco" a um jogador negro durante uma partida de futebol como já aconteceu.
Racismo é prejudicar alguém, apenas e só, devido à cor da sua pele. Ou dizer barbaridades como "eu tanto aperto a um branco como o pescoço a um preto", essa frase tão portuguesa. Ou achar que um grupo de negros são suspeitos de actos criminosos só porque são negros.
Infelizmente, há muitas atitudes racistas na sociedade e no futebol. Fazer uma brincadeira com um boneco que representa um chocolate é só isso mesmo, uma brincadeira.
Espero que o Bernardo Silva não venha a ser penalizado devido a este disparate. Boa sorte para ele.
Grata por ter nascido num país democrático. Quando eu nasci, a democracia tinha poucos meses de vida e ainda sofreu alguns abalos mas, felizmente, a democracia cá continua. As pessoas da minha idade e as gerações seguintes nem sempre se apercebem da sorte que têm.
Grata pela minha amiga R. que faz anos hoje. Conhecemo-nos há 31 anos e foi ela que me apoiou no ano mais difícil da minha vida. Sabe Deus, a paciência que ela teve para me aturar. Há poucas pessoas com um coração tão grande como o que ela tem. Devemos ser gratas às pessoas que fizeram parte da nossa vida, do nosso crescimento mesmo quando já não fazem parte da nossa vida diária. Eu sou eternamente grata à R.
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