Há coisas que não se compreendem. Então toda a gente quer vir para Portugal menos o corona vírus?! Tantos prémios na área do turismo e agora é isto!
Não acham curioso que já há casos numa série de países europeus menos em Portugal? Afinal, não viajamos tanto assim como se pensa. Até é uma vantagem estarmos aqui nesta pontinha da Europa. Ou seremos mais resistentes ao vírus? Ou os nossos laboratórios não estão a fazer bem os testes aos casos suspeitos? Ou são os outros países que estão a marcar casos positivos para o covid-19 quando as pessoas até estão doentes com outro tipo de doenças? Dá que pensar.
Então e agora, para além de já não podermos ir às lojas e restaurantes chineses, também temos que deixar de ir aos restaurantes italianos? Ao que parece, a Itália foi um bocadinho trapalhona ao tratar este problema de saúde pública.
Vamos ver o que é que os próximos dias nos reservam.
Tirei uns dias de férias com o objectivo de começar a destralhar a minha casa. Comecei pela roupa. Estou a tirar cá de casa, a roupa que não me serve ou que já não visto há, pelo menos, 2 anos. Cheguei a várias conclusões:
Esta manhã, a página de Facebook do Diário de Notícias partilha um artigo da jornalista Fernanda Câncio. Este artigo refere-se a mais um caso de violência policial ocorrida no passado domingo junto de um bar brasileiro. Presumo que seja brasileiro pelo nome, Boteco da Dri. Pelo que consta, o grupo de cerca de 200 pessoas estavam no exterior do bar a festejar o Carnaval. Segundo o comunicado da PSP à Lusa, as pessoas impediam a circulação de veículos e a polícia interviu no sentido de dispersar a multidão e repôr a circulação. A PSP diz que advertiu as pessoas mas que elas não obedeceram. As testemunhas dizem que os agentes começaram logo a empurrar. Uma das mulheres agrediu um polícia, ao que tudo indica com um copo de plástico (!). Os agentes tentaram manietá-la e foi nessa situação que se deu a agressão que levou a que a jovem tivesse que ser atendida no hospital onde levou 6 pontos na cabeça. Uma outra mulher tentou ajudá-la mas foi impedida com uma "chave de pescoço" com o cassetete. A maioria das pessoas assistiu à cena passivamente e filmando. Provavelmente se tivessem reagido, a violência teria sido maior. Os comentários ao artigo, no Facebook, são assustadores no sentido em que se parabeniza a polícia pela violência e porque são patentes os comentários xenófobos. E ainda há quem ache que nós somos um país de brandos costumes. Pois...
Esta notícia fez-me pensar numa outra situação, ocorrida esta semana, em que a atitute da polícia foi completamente diferente. Quando os amigos e familiares dos 3 indivíduos que morreram num despiste de automóvel a 300 km/h, impediram o trânsito na 2a Circular para prestarem uma homenagem aos falecidos, a polícia não tentou dispersar os veículos. Pelo contrário, não incomodou a multidão mas canalizou o trânsito para outras vias. Não se percebe.
A música que Paulo Praça levou ao Festival da Canção de 2018 tem, agora, uma 2a vida. Faz parte do novo álbum do artista, Um Lugar para Ficar, que vai ser apresentado em Lisboa na próxima semana. Esta música é um dos singles do álbum.
Quando ouvi a música soou-me, realmente, familiar. Já tinha gostado dela aquando do Festival mas a intérprete escolhida não teve a melhor prestação.
O refrão faz-me arrepiar quer a nível da sonoridade quer a nível da letra.
E de repente, como quem pressente Perceber que há gente, alma e coração E que ao teu lado, sem ter ensaiado Vai cantar contigo a mesma canção
A comunicação social portuguesa tem, finalmente, oportunidade de noticiar um caso positivo de covid 19, ou corona vírus, que fala português. É o delírio .
Bom, vamos lá a ver só estou a brincar com essa situação porque este senhor não tem sintomas apesar de ter acusado positivo para este vírus que veio de Oriente. O pobre homem está isolado na cabine e parece que nem lhe estão a levar comida. Espero que a situação clínica deste português evolua favoravelmente e que ultrapasse este momento delicado.
Esta semana o meu intervalo de almoço foi de 2 horas e, num dos dias, pensei em ir a pé até a um supermercado que fica a mais de 1 km do meu trabalho. Para quem não está habituado a andar, foi uma estopada .
Mas só assim tive oportunidade de tirar uma foto a esta instalação artística pela qual passo todos os dias. Uma maneira de embelezar as paredes que sustentam o viaduto pelo qual também passo todos os dias.
Hoje a Assembleia da República discute os projectos de lei sobre a legalização da Eutanásia em Portugal. Este tema causa-me algum desconforto e sinto-me dividida em relação a ele. Não consigo ter uma opinião taxativa. Não posso dizer que concordo a 100% mas também sinto que não tenho o direito de julgar as pessoas que, em situação de sofrimento extremo, prefiram acelerar o processo da natureza. No entanto, a nossa legislação já prevê a recusa de tratamento e o testamento vital*. Já são instrumentos para que a vida não seja prolongada em casos de algumas patologias muito graves.
Não queria estar na pele dos deputados por isso até prefiro que não se avance para referendo como algumas vozes da sociedade propõe. Não saberia como votar.
Neste artigo do Público consegue-se perceber as diferenças e/ou semelhanças entre as 5 propostas que serão discutidas hoje.
*O testamento vital ou diretiva antecipada da vontade é o documento onde o cidadão pode inscrever os cuidados de saúde que pretende ou não receber. Permite também a nomeação de um procurador de cuidados de saúde. Para saber mais sobre este tema pode-se passar pela página do SNS
Ontem o Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações dizia, no Jornal Expresso e a propósito do Aeroporto do Montijo, esta alarvidade:
"Em relação às questões ambientais, surgem à cabeça as rotas migratórias de milhares pássaros. Face às críticas de “estrénuos protectores das espécies, de matriz radical e insensata”, defende que “os pássaros não são estúpidos e é provável que se adaptem”.
“E este postulado arriscado é tão cientificamente sólido como o seu contrário: o de que eles não vão encontrar outras rotas migratórias, outras paragens estalajadeiras, como no Mouchão. Ciência sem dados comprovados não é ciência”, concretiza."
Digam lá se não foi uma excelente oportunidade para estar calado?
Obviamente que qualquer localização teria impactos ambientais e que um novo aeroporto é essencial para a nossa economia uma vez que o turismo é uma importantíssima fonte de receita.
Agora será que se escolheu a localização com menor impacto ambiental, com menor impacto nas pessoas ou a localização mais barata?
Primeiro que tudo, vou fazer uma "declaração de interesses". Eu sou adepta do Benfica desde que me lembro e um bocadinho anti-portista também. Mas o que se passou ontem em Guimarães está acima de qualquer preferência clubística.
Que há racismo em Portugal não é propriamente surpresa. Não seremos o país mais racista do mundo mas temos a nossa quota de racismo por mais que haja quem diga o contrário. Talvez seja um racismo mais dissimulado que se esconde atrás de um teclado, de um computador, atrás de uma farda de autoridade ou no meio de um estádio rodeado de outros tipos do mesmo género. É preciso que aconteça no futebol para que as pessoas prestem atenção.
Se o Marega podia ter agido de outra forma? Se calhar, podia. Talvez noutras ocasiões ele tenha suportado os mesmos insultos e não tenha saído do campo. Os energúmenos que o insultaram conseguiram o que queriam, destabilizá-lo. Se não saísse, mostrava que era superior a estas atitudes. Mas ao sair acordou a nossa sociedade para um problema que está presente em todos os sectores por mais que teimemos em olhar para o outro lado.
O desporto é suposto ser o primeiro sítio onde a tolerância e a integração deveriam ser exemplares.
Portugal foi notícia por todo o mundo, poucos minutos depois dos acontecimentos pelos piores motivos.
O meu clube do coração não teve a melhor atitude. Era indispensável que tivesse saído um comunicado oficial de condenação destas atitudes. Publicar um vídeo anti-racismo nas redes sociais é pouco, muito pouco.
A música para esta semana que começa chega pela voz dos irmãos Calema, Fradique e António Mendes Ferreira. Estes dois músicos são de São Tomé e Príncipe, vieram para Portugal para prosseguirem os estudos. Viveram em França onde chegaram a participar no The Voice França. De há uns anos para cá vivem e trabalham em Portugal com bastante sucesso. Até participaram no Festival da Canção em 2019. Estão, neste momento, a lançar um novo disco "Yellow". Hoje mostro-vos a música que dá o nome ao álbum, Yellow.
Boa semana.
P. S. - São Tomé e Príncipe é um dos meus destinos de sonho.