Esta semana voltei a trabalhar a tempo inteiro seguindo a lógica de desconfinamento que vivemos. Não sobrou muito tempo para tirar fotos. Assim a foto da semana foi captada ontem
Não sei o nome desta planta mas é bem bonita. Existe no quintal da casa da aldeia e dantes era o meu sogro que cuidava dela.
Gosto muito das suas folhas redondas. Nunca tinha reparado que dava estas pequenas flores.
Então, como estão a viver o desconfinamento? Já vamos para a 3a fase . Que alegria
Na minha opinião, as pessoas estão um bocadinho desconfinadas de mais. A malta levou muito à letra o "Saiam de casa. Temos que recuperar a economia". Tal como muitos exageraram no "Fiquem em casa".
Eu vivo na região de Lisboa e Vale do Tejo que, com o fim do confinamento, se tem vindo a tornar na região mais complicada já que a grande maioria dos novos casos têm sido detectados nesta região. Obviamente que seria expectável uma vez que é a região que concentram uma elevada percentagem da população portuguesa e imigrante. Este aumento de casos tem sido justificado, maioritariamente, por surtos claramente identificados.
Acontece que quando me desloco para trabalhar vejo as pessoas muito descontraídas e já mandaram o distanciamento social às urtigas. É por isso que eu nunca fui muito apologista da utilização das máscaras. As pessoas, como têm uma máscara já acham que estão 100% protegidos. Nem que a máscara vá no queixo, no pulso ou na mão a abanar, tipo cesto do capuchinho vermelho. Até já tenho ouvido relatos de partilha de máscaras. Não estão a ver como se processa? Imaginem 2 pessoas que querem entrar numa loja e só uma delas é que tem máscara. Essa pessoa entra, faz as compras e saí. Nessa altura empresta a máscara à outra pessoa para que possa fazer o mesmo. Boa ideia, não acham?!
Sou obrigada a concordar com a minha patroa quando diz: "A situação em Portugal não é pior porque temos tido muita sorte. Com os disparates que se têm visto."
O grande acontecimento desta semana foi a minha caminhada pela praia depois de vários meses sem passar por lá. Numa época normal (pré-covid) costumo ter oportunidade de fazer caminhadas pela praia mesmo no Inverno. Aliás as memórias do Google Fotos têm me recordado primaveras anteriores, excepcionalmente quentes, em que estive de bikini na praia em Março, Abril ou Maio.
Desde 2008, ano em que conheci o A., nunca tinha estado 3 meses sem pôr os pés na areia ou sem ver o mar. Antes desta semana tinha visto o mar em fins de Março a partir da Mata dos Mêdos na zona da Caparica e tinha caminhado na praia de Salir do Porto (fica no lado oposto da Praia da Foz do Arelho, zona das Caldas da Rainha) a meados de Fevereiro.
Assim podem imaginar o entusiasmo e a alegria de ter ido passear na praia na passada quinta-feira.
Estava um dia quente e molhei os pés e tudo. Havia bastante gente mas não vi grandes aglomerados de pessoas. Felizmente. Senti-me muito bem por lá.
Ontem assinalou-se o Dia Mundial da Abelha. Lembrei-me de fazer uma publicação no Instagram alusiva ao tema. E escolhi um frasco de mel para o efeito. Sempre tive fácil e abundante acesso a mel caseiro. Quando era miúda quase todos os homens da família eram apicultores nas horas vagas; o meu avô paterno, o meu avô materno, o meu pai e o meu tio. Nessa altura não ligava muito a mel. Até chegava a dizer que não gostava. Acontecia mais ou menos como as nêsperas de que falei há dias embora a aversão a estas frutas fosse maior do que ao mel.
Depois, um a um, fui perdendo o meu avô paterno, o meu pai e por fim o meu avô materno. Só sobrou o meu tio J., verdadeiro apaixonado da apicultura. O mel deixou de ser tão abundante com antes. E foi nessa altura que eu comecei a apreciar este laborioso trabalho das abelhas.
O meu tio está a ficar mais idoso e tem inúmeros problemas de saúde. Não sei durante quanto tempo ainda vou ter a possibilidade de me deliciar com um chá adoçado com mel ou um bolo de mel tipicamente alentejano. E já lhe estou a sentir a falta.
Mais uma prova de que não damos o real valor aquilo que temos em abundância. Só quando se torna mais escasso é que o apreciamos verdadeiramente.
A minha mãe sempre apreciou nêsperas e eu nunca liguei muito. Na casa da família do A. há uma nespereira enorme. O A. também gosta muito e todos anos insiste para eu comer. E é habitual eu torcer o nariz. Às vezes, se ele me descasca-se, lá acedia em comer 1 ou 2.
Não sei o que se passou este ano mas começou a apetecer-me comer as benditas nêsperas. Afinal, há tantas à disposição que é uma pena não aproveitar não é verdade? Sabem melhor acabadas de apanhar mas também tenho comido alguns dias depois de terem sido colhidas.
Não me reconheço. Fico a pensar se, quando digo que não gosto de alguma coisa, isso é mesmo verdade ou será só uma mania?!
Dino d'Santiago nasceu no Algarve mas as suas raízes estão na ilha de Santiago em Cabo Verde. Imagino que estas raízes tenham sido preponderantes no desenvolvimento musical deste simpático e sorridente músico. Dino d'Santiago saltou para a ribalta há uns anos pela amizade com Madonna tendo chegado colaborado com a diva no seu álbum "Madame X".
Foi durante o confinamento que Dino d' Santiago lançou o seu disco "Kriola" que o músico descreve assim "uma cachupa instrumental [que] desta vez viajou do batuku ao ozonto, da coladera ao grime, sempre com o tempero final dado pelo funaná que descansa no arriscar de um tarraxo", segundo comunicado de imprensa. Ou, como explica Dino D'Santiago, este disco chama-se assim porque "o crioulo é resultado da mistura, não é nem o branco nem o preto".
As minhas fotos têm sido monotemáticas mas coloridas. A Primavera permite captar bonitas imagens de mais fantásticas flores. Esta semana trago esta imagem de flores que emergem de uma silva onde conto ir apanhar amoras daqui a uns meses.
Bom domingo. Aproveitem para passear que o tempo a isso convida mas não se esqueçam de manter o distanciamento social .
Não tenho seguido o Big Brother com muita regularidade. Só assim muito por alto. Vi a primeira emissão quando os concorrentes entraram no hotel para fazerem quarentena. Ontem, por acaso, liguei a televisão na TVI ao fim da tarde e vi a conversa do Cláudio Ramos com o concorrente Hélder sobre uns comentários homofóbicos. Ao que parece, o Big Brother decidiu sancionar o concorrente e lançou uma votação para as pessoas decidirem se o Hélder pode ficar ou não na casa. Tudo isso faz parte do espectáculo. Achei exagero quando o apresentador Cláudio Ramos disse que o país estava chocado com esta polémica. Qual não é a minha surpresa quando vejo no destaque da Mag no Sapo que este assunto foi o mais comentado do Twitter em Portugal.
Como?!
Com tanto assunto mais importante, os comentários homofóbicos de um concorrente de um reality show gera um maior número de comentários do que o aumento da violência doméstica explicitada na morte da pequena Valentina, a crise económica, os problemas psicológicos provocados pelo confinamento ou o coronavírus (compreendo, este assunto já está aborrece mas continua a influenciar a nossa vida).
Atenção que eu acho que os comentários homofóbicos, xenófobos, racistas não podem ser aceites em nenhuma situação. Compreendo a atitude da produção do programa. Conseguiram "matar 2 coelhos de uma cajadada só"*. Alimentou o espectáculo do reality show e chamou a atenção para um problema real da sociedade já que estes comentários são ainda muito frequentes, infelizmente. Agora não se justifica ser o assunto mais comentado do Twitter.
*Agora já ofendi os defensores dos animais. Peço desculpa mas eu seria incapaz de matar um coelho fosse de que maneira fôr.