Foto da semana 28/52
Este fim-de-semana foi tão atribulado que até me esquecia da foto da semana mas ainda vou a tempo
Esta semana, a imagem mais votada é a minha linda Espada de São Jorge que está a desenvolver-se muito bem.
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Este fim-de-semana foi tão atribulado que até me esquecia da foto da semana mas ainda vou a tempo
Esta semana, a imagem mais votada é a minha linda Espada de São Jorge que está a desenvolver-se muito bem.
Hoje faço anos, 46. Já tinha dito que o ambiente que me rodeia é muito diferente do habitual. Desde o 40° aniversário que se instituiu uma tradição aqui em casa, fazer uma escapadinha de fim-de-semana. Este ano, devido a toda esta conjectura que nos rodeia não organizámos nada. Mas eu estava apaziguada com esta decisão, embora me custasse. Contava fazer, pelo menos, um passeio. Só não contava ter o meu amor internado para uma cirurgia. Vai ser um aniversário memorável, disso não há dúvida, mas não da maneira que eu esperava.
Mas enfim, vai tudo correr bem, se Deus quiser. Só me resta agradecer pelo dom da vida que recebi há 46 anos e pela felicidade de, todos os dias, encontrar motivos para me levantar de manhã, continuar a trilhar o meu caminho e descobrir novas paixões.
Se tiverem curiosidade em descobrir as comemorações de alguns dos meus aniversários anteriores é espreitar.
O mês de Julho é o meu preferido porque é o meu mês de aniversário. No entanto, a estranheza deste ano de 2020 também chegou a este aspecto da minha vida. Nesta altura do ano, a cidade onde trabalho costuma estar em festa. Aliás eu nasci, precisamente, no primeiro dia dessa festa. Quer eu participe na festa ou não, a música, os carrinhos de farturas, as ruas e as montras enfeitadas conferem um tom mais alegre ao ambiente.
Este ano, como seria de esperar, a festa foi cancelada. E isso é mesmo muito estranho. Eu vivo numa outra localidade mas já trabalho aqui há 20 anos, quase metade da minha vida. Há 20 anos que os dias que antecedem o meu aniversário são dias muito alegres por aqui. O que é engraçado é que, em anos anteriores, até fico farta da música mas este ano estou a achar que há demasiado silêncio. A falta dos sinais indicativos de uma das maiores festas do Ribatejo quase que me fazem esquecer que estou quase a ficar mais velha.
Hoje assinala-se o centenário do nascimento da maior diva portuguesa, Amália Rodrigues. Podemos apreciar, ou não, o seu estilo musical mas é incontornável o papel que teve na divulgação do fado. Num tempo onde a comunicação e as viagens eram muito diferente daquilo que são hoje, Amália levou a nossa língua às maiores salas de espectáculo do mundo. Até no Japão conseguiu granjear admiradores. A sua vida foi intensa e riquíssima. Mas tão grande foi a subida como a queda. Depois do 25 de Abril foi conotada com o antigo Regime e dizia-se que tinha colaborado com a PIDE. Foi olhada de lado e até ameaçada. A mágoa que essa incompreensão lhe provocou acompanhou-a até ao fim da vida. Felizmente que o país lhe voltou a reconhecer valor e importância a ponto de lhe dar um lugar no Panteão Nacional. Amália até foi nome de uma das primeiras lontras do Oceanário. A sua voz e o seu estilo influenciou muitos dos cantores nacionais sejam fadistas ou não. E muitos foram aqueles que cantaram os seus fados.
Amália Rodrigues foi uma das maiores figuras do panorama nacional e isso é incontestável.
Aqui deixo a sua "Estranha forma de vida"
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