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O Voo da Garça

Sonhos, desejos, opiniões, instantes da vida diária...

O Voo da Garça

Sonhos, desejos, opiniões, instantes da vida diária...

31
Jan21

Foto da Semana 4/52

2021

Charneca em flor

Esta semana já fui trabalhar, depois de ter alta da Covid-19. Pude sair dos limites da minha casa e já consegui tirar mais algumas fotos embora os dias não passem muito de trabalho, casa, livros, plantas e um passeio higiénico de vez em quando. 

A foto com mais  foi, precisamente, do livro que li na semana que passou

20210131_101948.jpg

 

Bom domingo.

28
Jan21

Já me livrei do bicho

Charneca em flor

coronavirus-4-.jpg

O meu isolamento terminou há uns dias e já voltei a trabalhar. Continuo a acompanhar a situação pandémica que o país, e o mundo, atravessam. Agora que tanto eu como o A. estamos restabelecidos, já posso olhar para trás e enfrentar aquilo que senti quando vi o positivo no teste rápido.

O primeiro sentimento foi medo. Antes eu dizia que não tinha medo de apanhar Covid-19 porque achava que teria sintomas leves já que não tenho factores de risco (um resfriadinho como dizia o Bolsonaro). Mas quando me vi naquela situação receei que a doença evoluisse para uma situação grave quando já era patente que o SNS estava a chegar ao colapso. Também senti medo de ter infectado alguém como, de facto, aconteceu já que fui eu que infectei o meu companheiro. Aí o medo transformou-se em pavor porque ele tem historial de doença asmática.

A seguir ao medo, senti culpa. Culpa por me ter deixado infectar embora eu não tenha percebido como e culpa por não ter percebido logo aos primeiros sintomas que se tratava desta doença.

Felizmente, a nossa situação clínica evoluiu favoravelmente. Eu nunca tive muitos sintomas. O A. teve alguns dias com sintomas mais intensos mas que também conseguiu ultrapassar. Assim chegou a sensação de alívio porque não contaminei mais ninguém e por nenhum de nós ter tido necessidade de recorrer ao hospital por agravamento dos nossos sintomas. 

Ao olhar para as imagens que chegam pelas televisões não posso deixar de pensar que tivemos uma imensa sorte.

E, pensando bem, não achei o isolamento assim tão negativo. Gosto muito de passear, de viajar, de sair mas sinto-me muito bem em casa. Não consigo perceber o drama das pessoas com o confinamento.

Ainda mantenho algumas preocupações. Continuo com tosse apesar de já ter feito um teste rápido que deu negativo e de ter tido alta. Já acho que vou ficar com tosse para o resto da vida. E, se falo durante mais tempo ou ando mais depressa, parece que o ar não quer entrar. Será psicológico?!

25
Jan21

Inacreditável mas previsível

Charneca em flor

Ontem só me consegui deitar quando já faltavam poucos concelhos para apurar. Estive à espera para ter a certeza que Ana Gomes ultrapassava André Ventura o que, de facto, aconteceu. No entanto, o 3o lugar daquele candidato não me deixa nada sossegada. Não consigo acreditar que quase 500 mil portugueses votaram em André Ventura. Dói-me verificar que, quer no concelho onde trabalho quer no concelho em que vivo, o candidato de extrema-direita ficou em 2o lugar. Como é que é possível que as pessoas não consigam ver o risco que se está a correr?! Eu percebo que as pessoas se sintam insatisfeitas com o estado do país, da Europa e do Mundo. Foi em épocas assim que estas teorias avançaram, no passado. Mas têm mesmo a certeza que querem viver num país comandado pelos princípios do Chega?

Larguem as redes sociais e leiam livros de história, procurem informação em fontes fidedignas, percebam o mundo onde vivem e como é que chegámos a este ponto. E percebam quais são os meios de comunicação social verdadeiramente independentes porque a Comunicação Social também deve assumir a sua quota-parte de responsabilidade no surgimento deste tipo de forças. Ponham a mão na consciência e descubram qual é o caminho que querem trilhar.

24
Jan21

Foto da Semana 3/52

2021

Charneca em flor

Esta semana continuei em casa em isolamento. Felizmente, já terminou. As fotos foram, assim, maioritariamente caseiras. A foto com mais  foi esta

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Spaghetti alla putanesca, o meu almoço de domingo

Adoro massa. Devo ter sido italiana noutra vida . Aliás, até considero que a Itália é o meu segundo país. Só é pena já não ir lá há 2 anos. Este prato é muito simples. Vou explicar como o faço. A minha receita não é a original porque essa leva anchovas e alcaparras e eu não sou grande apreciadora.

Cozi esparguete al dente.

Numa frigideira, coloquei azeite, alhos picados e cebola roxa cortada em cubinhos. Deixar cozinhar. Quando ficaram translúcidos juntei alguns tomates cereja cortados em quartos e deixei apurar. De seguida, juntei azeitonas sem caroço em pedaços e uma lata de atum ao natural. Deixei apurar mais um pouco e depois deitei na frigideira o esparguete cozido. Dei umas voltas ao esparguete para ficar embebido de molho. Infelizmente, já não tenho manjericão senão também tinha colocado umas folhas frescas.

Depois é empratar e saborear.

Não vos digo as quantidades porque faço tudo a olho, consoante o que tiver em casa.

 

Bom domingo e não se esqueçam de ir votar.

23
Jan21

Dia de Reflexão

Charneca em flor

eleicoes_legislativas_2019_1.jpg

Hoje é dia de reflexão. Já não se compreende a existência deste dia no qual não se pode fazer campanha eleitoral. Em primeiro lugar porque já muitas pessoas votaram antecipadamente no passado domingo e nessa altura a campanha não parou. Em segundo lugar porque qualquer pessoa pode ver as iniciativas dos candidatos vendo as notícias na internet ou utilizando os diapositivos da televisão que permitem ver os blocos noticiosos de ontem. Actualmente, dia de reflexão não tem qualquer lógica.

Neste ano complexo, este dia podia ter sido aproveitado para desdobrar o dia das eleições e evitar os ajuntamentos que se viram no passado domingo.

Entre a classe política e os comentadores de serviço há um medo generalizado de uma acentuada abstenção também ela provocada pelo medo que as pessoas têm da Covid-19.

Aliás, existem vários factores que já não se conseguem alterar que já provocar uma abstenção voluntária. O voto dos emigrantes não foi devidamente acautelado porque nestas eleições não é permitido o voto por correspondência. Os emigrantes que quisessem votar teriam que se deslocar aos consulados que podem ser muito distantes do seu domicílio. Para além disso, temos as pessoas que estão em isolamento por estarem contaminadas com Covid-19 ou por isolamento profiláctico por contacto próximo com casos positivos. As autarquias foram recolher os votos a casa das pessoas mas só se podiam inscrever aqueles cujo isolamento tivesse sido decretado até dia 14 de Janeiro. Tendo em conta a progressão exponencial de casos há milhares de pessoas impedidas de votar. Deveria ter sido prevista esta situação e ter-se continuado a recolher esses votos adiando a divulgação dos resultados, por exemplo. Ou avançar definitivamente com o voto electrónico que permitisse que qualquer pessoa votasse a partir de casa, por exemplo.

Por tudo isto, quem tem a possibilidade de ir votar tem uma responsabilidade acrescida, a meu ver. Se não estás impedido de ir votar, amanhã põe a tua máscara, o teu desinfectante, tua caneta, mantém a distância e vai. Ir votar é tão perigoso como ir ao supermercado mas é igualmente essencial. Não deixes que outros escolham por ti.

22
Jan21

Uma caixa de pastilhas na campanha eleitoral

Charneca em flor

Ontem as televisões mostraram imagens de uma manifestação violenta, com arremesso de objectos, junto a uma iniciativa de campanha do candidato André Ventura.

JCC-Ventura-em-Setubal-01-1-1600x1067.jpg

Assim não vamos lá. Para "derrotar" as ideias xenófobas, racistas e retrógradas deste indivíduo é preciso mais inteligência do que actos violentos. Uma vez que a sua candidatura foi considerada válida, o candidato tem todo o direito de fazer campanha até porque o estado de emergência não impede actos políticos. A democracia não está suspensa.

Podemos questionar como é que o regime democrático permitiu o surgimento destes fenómenos de extrema-direita. Aonde errámos como sociedade para que estas pessoas aparecessem no panorama político? É importante confrontar os adeptos deste senhor com ideias e não com pedras.

Há mesmo quem acredite que André Ventura é anti-sistema?! Ainda há poucos anos ele foi candidato autárquico pelo PSD. Não, André Ventura não é anti-sistema. Ele, apenas, deu mediatismo à "conversa de café". Aliás, nos debates percebeu-se que ele não é capaz de discutir uma ideia que seja. Limitou-se a falar mais alto do que os outros candidatos.

Estes actos violentos, bem como as piadas dos humoristas, só vão servir os objectivos deste indivíduo. Ele, e os seus seguidores, vão-se vitimizar. E isso até pode funcionar a seu favor.

Os leitores mais novos não se devem recordar da famosa paulada da Marinha Grande a Mário Soares. Decorria a campanha para a primeira volta das eleições presidenciais de 1986. A Marinha Grande era hostil a Mário Soares mas o candidato insistiu em lá ir. Era esperado por um grupo de oponentes e gerou-se uma situação de violência tendo o candidato levado bofetadas e pauladas. Antes deste incidente as sondagens não eram favoráveis a Mário Soares mas, depois do sucedido, o candidato usou esta situação a seu favor levando-o a conseguir levar as eleições para uma 2a volta que acabou por vencer.

Por fim, só quero dizer que se querem votar como forma de protesto, votem antes no Vitorino Silva, mais conhecido como Tino de Rans. Votar em André Ventura como protesto é muito arriscado. Depois não se venham lamentar.

Não estou a comparar estes dois políticos que isso até é ofensivo para Mário Soares. Só quero dizer que estes actos violentos podem ser contraproducentes e levar a resultados contrários ao que se pretende.

21
Jan21

Uma nova América

Charneca em flor

Ontem segui, com alguma atenção, a tomada de posse do 46° Presidente dos Estados Unidos da América. Poder-se-á pensar que o que se passa num país distante pouco tem a ver connosco. Nada mais errado. Os Estados Unidos da América são um dos países mais poderosos do mundo por isso o que se passa lá influencia o resto do planeta. Quem sabe se a Presidência Trump não deu um empurrão para o surgimento de tantos fenómenos de extrema-direita noutros países?

Espero que o simbolismo da tomada de posse tenha sido uma pequena amostra daquilo que será a Presidência Biden. Falo da união, da integração, da diversidade. Joe Biden, um presidente homem, branco e católico e Kamala Harris, uma vice-presidente negra, afro-americana, e também de ascendência indiana; o hino foi, brilhantemente, cantado por Lady Gaga, uma americana descendente de emigrantes italianos; e também participaram Jennifer Lopez, de origem porto-riquenha e uma jovem poeta negra, Amanda Gorman. E é nesta diversidade que reside a maior riqueza dos Estados Unidos da América. Foram pessoas vindas de tantos outros países que construiram a América e todos deviam ser intervenientes nos destinos do país. Esperemos que a exaltação da diversidade se mantenha, por lá,  nos próximos 4 anos.

 “O novo amanhecer nasce enquanto o libertamos, por isso há sempre luz, mas apenas se formos suficientemente corajosos para o vermos, mas apenas se formos suficientemente corajosos para o sermos".

17
Jan21

Foto da Semana 2/52

2021

Charneca em flor

Esta semana, como estou em "prisão domiciliária" por causa daquele que sabemos, as imagens que captei foram muito caseiras. 

Assim a imagem com mais ❤ foi esta 

IMG_20210116_185654.jpg

Duas das "meninas"  que me fazem companhia aqui ao lado do cantinho do sofá onde tenho passado mais tempo, a Cordolyne terminalis kiwi e a Calathea.

 

Bom domingo

 

 

14
Jan21

Bateu à minha porta

Charneca em flor

O último post que escrevi tem uma história gira. Escrevi-o durante a semana passada e enganei-me no agendamento. Publiquei quando percebi o erro. Mal sabia que, horas depois de o publicar, iria descobrir que a Covid-19 tinha entrado na minha vida.

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No fim-de-semana passado comecei a sentir a garganta irritada, alguma tosse e o nariz congestionado. Como está muito frio, pensei que era uma normal constipação devido às diferenças de temperatura entre as zonas aquecidas e as zonas mais frias. Não valorizei muito mas fui medindo a temperatura. Não detectei febre. Mas a verdade é que fiz o teste e a infecção confirmou-se.

Não consigo perceber como fui contagiada. Não fui a nenhum festa nem no Natal nem na Passagem de Ano. Fora do meu trabalho, só tenho contacto com o meu companheiro, que também já apresenta alguns sintomas, e estive com a minha mãe nas datas festivas. A única coisa que fiz, fora do habitual, foi dar um passeio, sempre de máscara, e fui almoçar fora num restaurante que, aparentemente, cumpria todas as normas. No meu dia-a-dia sou muito criteriosa com a desinfecção das mãos e utilizo, sempre, máscara FFP2.

Nunca vou descobrir como é que isto aconteceu. No meu trabalho, felizmente, ninguém apresenta sintomas. Eu estava convencida que estava a fazer tudo certo mas alguma coisa correu mal. Os meus sintomas têm-se mantido ligeiros, felizmente.

Partilho esta situação convosco porque quero alertar para que prestem atenção aos sintomas mais insignificantes. É muito difícil lidar com a culpa de, inadvertidamente, ter colocado as pessoas de quem gosto em risco. Por mais cuidadoso que se seja, pode acontecer a qualquer pessoa. Tenham cuidado e muita atenção ao vosso corpo.

11
Jan21

Presente de Natal envenenado

Charneca em flor

A passada semana trouxe um cenário trágico, embora expectável, em relação ao número de casos positivos de Covid-19 bem como ao número de mortos. Os hospitais estão no limite quer em relação aos doentes Covid quer em relação a outras patologias respiratórias. Ouvimos na Comunicação Social, e nas conversas do dia-a-dia, a atribuição de responsabilidades ao Governo neste agravamento da pandemia em Portugal. Há quem alegue que não se devia ter aliviado as medidas no Natal ou que deviam, mesmo, ter sido agravadas estabelecendo, por exemplo, um número máximo de pessoas, ou de agregados familiares, nas celebrações particulares desta quadra.

É bem verdade que os países que seguiram esse caminho apresentam uma curva descendente no número de casos enquanto por aqui se enfrenta uma terceira onda gigantesca.

Quanto a mim, acho que cada indivíduo tem a sua quota-parte de responsabilidade. Porque é que estamos sempre à espera de um Estado paternalista que nos diga o que podemos, ou não, fazer? Não temos cabeça para pensar? O bom senso está em vias de extinção? Já que não era proibido, vamos juntar a família toda na ceia de Natal como é habitual. Deve ter havido muitas pessoas a pensar isso, com certeza. Ou então a fazer testes que, ao darem negativo, podem ter dado uma falsa sensação de segurança. Há um período, após o contacto com alguém doente, durante o qual ainda não se tem carga viral detectável.

Tudo indica que caminhamos a passos largos para um confinamento geral. Aguardemos pelos próximos desenvolvimentos.

 

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