Ontem ficámos a saber que o país passa a estar em estado de calamidade a partir de dia 1 de Maio. Esta alteração significa uma maior abertura da economia nomeadamente a nível do alargamento dos horários de funcionamento da restauração e dos centros comerciais.
Ao mesmo tempo foram anunciadas cercas sanitárias a duas freguesias do concelho de Odemira. A situação neste município está caótica devido à multiplicação de casos entre a população migrante que trabalha nas inúmeras explorações agrícolas existentes na região. Ao que parece estas pessoas vivem em condições precárias que não respeitam os direitos humanos.
Extraordinário. O governo descobriu agora aquilo que já toda a gente sabe. Quer as pessoas que lá vivem, assim como as pessoas que visitam a região e os jornalistas que já fizeram inúmeras reportagens sobre o assunto, já sabem há muito desta situação. Possivelmente só a Autoridade para as Condições no Trabalho e o Ministério que a tutela é que não tinham dado por nada.
Ainda há dias vi uma reportagem sobre as reacções xenófobas a estes migrantes que se verificam no concelho de Odemira. Embora não seja aceitável até é compreensível que as pessoas tenham estas atitudes perante o medo da pandemia. Mas, na verdade, os empresários agrícolas que potenciam estas situações é que deviam sofrer represálias por sujeitarem as pessoas a estas condições de vida e deviam ser responsabilizados, de alguma forma, pela progressão da doença naquela região. Por agora serão obrigados a testar os trabalhadores das suas explorações.
Veremos quanto tempo durarão estas cercas sanitárias.
Durante esta semana foram 2 as imagens que tiveram igual número de . Como uma delas já foi publicada no meu outro blogue, optei por partilhar aqui a foto com que assinalei, no dia 23 de Abril, o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor
Aqui estão 3 das coisas que mais prazer me dão, livros, plantas e café.
Bom domingo. Aproveitem o dia chuvoso para ler um livro .
Anteontem fez um ano que recebi a minha primeira encomenda de plantas. E a minha vida nunca mais foi a mesma.
A pandemia fez-nos voltar para dentro de nós e das nossas casas. As plantas tornaram-se numa moda para muitas pessoas, eu incluída. Na verdade sempre gostei de plantas mas tinha imenso jeito para as matar. Continuo a ter alguns desgostos mas também tenho tido muitas alegrias. Cresci numa casa onde sempre houve muitas plantas. A minha mãe tem muito jeito e o meu pai também gostava. Ainda hoje a varanda da minha mãe é das mais coloridas da rua onde mora. Ao longo deste ano fui aprendendo a tratar das plantas, a percebê-las e até já tenho gadgets para me auxiliarem. Para além de encher a casa de plantas, também me dediquei mais às plantas que existem na aldeia. Durante anos quase nem olhei para elas. São muito antigas e resistentes. Até já aumentei a colecção de vasos do pátio.
Begónia semperflorens
Bergenia
Hydrangea macrophylla, mais conhecida por hortênsia
As 2 primeiras já existiam lá no pátio. A begónia esteve quase morta mas rebentou e já começou a dar flor. A hortênsia tem algumas semanas. Já é a 3a planta destas que compro. Faz parte dos meus desgostos. A primeira sofreu um "ataque" de granizo no ano passado. A 2a sofreu uma onda de calor mas agora replantámos na terra (sem ser em vaso) e parece que está a ressuscitar. Vamos ver se à 3, é de vez.
No que diz respeito às plantas de interior, o maior caso de sucesso é a marantha.
Marantha 2020
Marantha 2021
Conseguem perceber o número de folhas novas? E não param de aumentar. São tantos rolinhos que já não os consigo acompanhar.
E vocês? Também caíram na armadilha das plantas e tornaram as vossas casas mais verdes?!
Ontem terminou o The Voice Kids com a vitória do jovem Simão Oliveira. Este adolescente chamou a atenção desde o início pelo seu estilo tão diferente de um adolescente típico. A boina é a sua imagem de marca e o fado o seu estilo musical preferido. Embora se trate de uma criança, a internet está cheia de comentários desagradáveis acerca deste vencedor. Infelizmente.
Simão Oliveira e o seu mentor Fernando Daniel
Só comecei a acompanhar este formato televisivo desde a última edição de adultos a qual foi conquistada pelo jovem alentejano Luís Trigacheiro. Na altura também li alguns comentários menos bons sobre ele o que me inspirou a escrever este post. Há poucos dias, Luís Trigacheiro lançou o seu primeiro single com uma música inédita que partilho hoje no meu outro blogue, Livros de Cabeceira e outras histórias. Ontem o músico também apresentou esta música na final do programa
Continuo a achar que há demasiados programas de talentos mas há que reconhecer que dão bons momentos televisivos. Não deixa de ser uma excelente montra que pode servir de trampolim para uma carreira se os artistas continuarem a trabalhar e se tiverem, também, alguma sorte. Por exemplo, Bárbara Tinoco nem sequer passou das Provas Cegas (a primeira fase do programa) e, hoje, a sua carreira como cantautora está em plena ascensão. E não faltam exemplos de músicos que passaram por vários programas de talento e conseguiram construir uma carreira, mais tarde ou mais cedo, como sejam Sara Tavares, João Pedro Pais, Carolina Deslandes ou Fernando Daniel. Aliás, este último é a primeira pessoa a ganhar o The Voice como participante e como mentor do The Voice Kids.
Na final do The Voice Kids, a minha concorrente preferida era a Aurora, uma miúda também com um estilo alternativo mas em sentido diferente do vencedor. Também gostava muito da Rosa que chegou à semi-final mas toda a edição do The Voice Kids foi recheada de crianças e adolescentes com muito talento e com uma grande intuição musical. Se a música fará parte das suas vidas, o futuro dirá.
No último ano, tem sido notícia o facto de muitos portugueses terem optado por deixar de viver nas grandes cidades para se mudarem para cidades mais pequenas, vilas ou aldeias. Também eu tenho tido a oportunidade de passar algum tempo numa aldeia, aos fins de semana, principalmente. E nesta aldeia, que conheço há cerca de 13 anos, tenho notado que o número de "forasteiros" tem aumentado. Percebe-se este movimento em relação ao campo. Obviamente, se fôr necessário confinar é melhor fazê-lo num sítio onde seja possível usufruir de espaço livre onde se possa passear e respirar sem preocupações com passíveis multidões. É muito agradável viver numa aldeia, mesmo que sejam apenas alguns dias por semana. É tão bom aproveitar o sossego para descansar a cabeça e aliviar o stress pelo contacto com a natureza. Na Primavera é, especialmente, agradável porque os campos estão cheios de flores singelas e coloridas, ouve-se o silêncio, de vez em quando, interrompido pelo chilrear dos passarinhos... e a música em altos berros dos vizinhos.
Felizmente, estes a que me refiro não me incomodam muito. No entanto, interrogo-me. Porque é que estas pessoas vêm para a aldeia perturbar o sossego que outros procuram? Se gostam tanto de barulho, fiquem na cidade. Até devem estar a incomodar os pássaros.
A Primavera está aí em força e por isso encontram-se flores em todos os cantos. No passado fim de semana até consegui trazer um bocadinho da natureza para dentro de casa.
Ontem, com a chuva, não deu para grandes passeios. Vamos ver se hoje consigo encontrar mais flores por aí.
A Primavera está aí em força e por isso encontram-se flores em todos os cantos. No passado fim de semana até consegui trazer um bocadinho da natureza para dentro de casa.
Ontem, com a chuva, não deu para grandes passeios. Vamos ver se hoje consigo encontrar mais flores por aí.
Na semana que passou tive oportunidade de um contacto mais próximo com a natureza já que fiz algumas caminhadas. Assim houve 2 fotos com igual número de no Instagram. E têm, ambas, o mesmo tema, flores silvestres ou espontâneas. Encontrei estes exemplares perdidos entre tojos, pinheiros e eucaliptos.
Boca de Lobo
Frésias
Bom Domingo de Páscoa, com muitos passeios e espero que encontrem muitas flores como eu.
O meu dia de hoje vai ser passado a trabalhar. Hoje calhou-me a mim.
Provavelmente, só reparei nesta alteração na forma de "fazer conversa" porque trabalho na área da saúde. Digam-me se também acontece convosco. Tenho reparado que, nos últimos meses, passámos de:
"Olá, tudo bem? E, lá em casa, tudo bem? Ainda trabalhax no sítio X? Corre tudo bem?"
Para
"Então já tomaste a vacina? Foi a da AstraZeneca? E tiveste sintomas ou passaste bem?"
Se calhar, isto só acontece lá na farmácia porque os farmacêuticos, tal como outros funcionários das farmácias, estão incluídos nos grupos prioritários a vacinar assim como outros técnicos de saúde e os professores. Como temos alguns utentes que fazem parte destes grupos profissionais, estas conversas têm-se repetido.
Ou então somos nós que perguntamos aos nossos idosos:
"Então, Sr. Y/ Sr. Z, já foi chamado/a para a vacina?"
Digam lá, também acontece o mesmo no vosso ambiente?