Esta semana só tirei 2 fotos mas tiveram, ambas, o mesmo número de ❤.
O meu prédio tem um canteiro junto à porta da rua onde existe esta planta/arbusto que dá estas exuberantes flores amarelas. Pelo que investiguei, acho que se chama Solandra.
A nossa ameixieira sem folhas é a paisagem que se vê da janela todos os invernos.
Em pouco mais de 1 ano, amanhã* é a 3a vez que os portugueses são chamados às urnas. Desta feita são as legislativas antecipadas onde se escolhe a composição do parlamento e consequentemente o próximo governo do país. A lei eleitoral proibe que na véspera do dia eleitoral se faça campanha eleitoral. Não sei se esta norma se aplica à blogosfera mas também não pretendo fazer campanha eleitoral. Até porque a única certeza que tenho é que vou votar mas ainda não decidi em quem.
Já muito se tem falado na inutilidade deste dia de reflexão, actualmente. A internet permite-nos ver os blocos noticiosos sobre a campanha eleitoral, ler os jornais, consultar os sites dos mais variados partidos por isso este dia de "suposto" silêncio partidário não faz grande sentido.
O que eu pretendo com este post é apelar ao voto. Seja qual fôr o vosso sentido de voto não deixem de o exercer. Esta é a única ocasião em que os eleitores têm o poder. A partir do momento em que os nossos representantes são eleitos já nada podemos fazer. Amanhã é o momento de contribuirmos para o rumo que queremos para o nosso país e para as nossas vidas. Não deixem que uma pequena parte escolha o caminho que todos teremos que percorrer. Mesmo em tempos de pandemia, é possível votar em segurança. Nem que tenhamos que pôr 2 máscaras .
Votem, votem, votem.
*Amanhã, excepto para quem foi precavido e já votou antecipadamente.
A semana que passou foi recheada de acontecimentos.
Na 2a feira foi o aniversário da minha mãe, e como estava de folga, dei algumas voltas com ela. Fui a Lisboa pela manhã. Já não ia à Baixa há mais de 3 anos, seguramente.
Na 3a feira, fui tomar a vacina de reforço. Há um ano estava com covid em isolamento. As 2 doses da vacina provocaram-me alguns efeitos secundários a nivel de dores musculares e febre.
No entanto, tudo isto não impediu que tirasse algumas fotos. Estas 3 imagens ficaram empatadas no Instagram.
A minha camélia florida
Monumento aos calceteiros. Situa-se entre a Praça dos Restauradores e o Rossio
As tulipas que ofereci à minha mãe compradas na melhor florista da cidade onde trabalho.
Anne Frank foi uma jovem alemã de origem judaica. A família da jovem mudou-se para Amsterdão numa tentativa de escapar às perseguições perpetradas pelo regime nazi aos judeus. No entanto, os Países Baixos foram também invadidos pelos alemães em 1940 estendendo a perseguição a este país. Em 1942, a família de Anne Frank acaba por se esconder numas pequenas divisões secretas que existiam no edifício da empresa de Otto Frank, pai da jovem.
Durante cerca de 2 anos, e ajudados por antigos funcionários da empresa de Otto Frank, sobreviveram num espaço exíguo. A família de Anne Frank era constituída pelos pais, Otto e Edith, e pelas jovens Margot e Anne. Posteriormente juntaram-se a eles mais uma família de 4 pessoas, seus amigos, bem como um dentista, amigo de ambas as famílias. Os funcionários que os ajudaram foram verdadeiros heróis porque arriscavam ser presos e executados por auxiliarem judeus o que era considerado um crime muito grave.
Apesar de se terem avançado com várias hipóteses ao longo dos anos, nunca se soube de onde partiu a denúncia que levou a Gestapo a descobrir o anexo secreto, em 1944. Até agora. Uma investigação liderada por um ex-agente do FBI avança com a hipótese de o denunciante ter sido um notário judeu colaboracionista. Tudo indica que este homem o fez para salvar a sua própria família entregando à Gestapo uma lista de endereços onde, supostamente, se escondiam judeus e essa lista incluía o edifício onde se encontrava o anexo secreto. Esta investigação deu origem a um livro, "The Betrayal of Anne Frank", da canadiana Rosemary Sullivan.
Casa-Museu Anne Frank
A Casa-Museu Anne Frank já se pronunciou sobre a investigação considerando-a fascinante mas afirmando que serão necessárias mais investigações.
Há vários anos tive o privilégio de visitar a Casa-Museu Anne Frank e essa experiência marcou-me profundamente. Na loja do Museu comprei "O Diário de Anne Frank" que li já adulta como descrevo aqui.
Não vejo grande necessidade, ou mesmo sentido, nesta investigação. Qual é o interesse de se saber quem foi o denunciante passados 77 anos sobre a morte desta jovem tão especial? Para percebermos a natureza humana e entendermos o que leva alguém a ser denunciante e contribuir para o sofrimento alheio? A única vantagem desta notícia é divulgar uma vez mais a figura de Anne Frank e o seu diário. Mais jovens, ou mesmo adultos, deveriam ler "O Diário de Anne Frank". Seria preciso ter um coração de pedra para ficar indiferente àquele relato enternecedor. A lição que se pode tirar da história da vida de Anne Frank é que não faz qualquer sentido perseguir alguém seja por que motivo fôr. Infelizmente, esta lição ainda está longe de ser apreendida de forma universal.
Nota: Anne Frank, a sua mãe e a sua irmã morreram num campo de concentração. O pai, Otto Frank, foi separado da família indo para um campo de concentração diferente sendo o único sobrevivente. No final da Guerra voltou a Amsterdão onde procurou informações sobre a família. Depois de se saber que todas haviam perecido, uma das pessoas que os tinha ajudado entregou-lhe o diário que encontrara no anexo depois de terem sido presos. Otto Frank dedicou a sua vida à divulgação do diário e à criação da Fundação Anne Frank bem como da Casa-Museu Anne Frank de modo a perpetuar o legado impressionante da sua filha.
O início do mês de Janeiro marcou o início da pré-campanha eleitoral para as eleições legislativas antecipadas. O ponto forte tem sido os debates, ou como eu prefiro, os speed dates tal é a rapidez.
Na semana passada ainda vi alguns mas esta semana não tenho tido oportunidade uma vez que chego tarde a casa. Tenho seguido estes episódios através das referências que fazem nas notícias e nos comentários que pululam pelas redes sociais.
Do que me têm sido dado observar, os debates parecem episódios de telenovelas. Há intriga, há drama, há discussão, há cenas de ciúmes sobre quem aprovou ou não aprovou propostas legais no parlamento, houve divórcios que provocaram as eleições antecipadas. Em suma, a política portuguesa parece um mau argumento de novela.
Ontem, tivemos direito a um episódio especial, mais longo, o debate entre António Costa do PS e Rui Rio do PSD. Não me posso pronunciar pelo debate porque não o vi na totalidade mas vou só elencar algumas interrogações:
- Rui Rio quer resolver o problema da falta de médico de família para todos os portugueses mas acha que há funcionários públicos a mais. Em princípio, os médicos serão funcionários públicos portanto é provável um novo aumento dos funcionários públicos para resolver este problema.
- Não há ninguém que diga ao António Costa que não se diz "Há 6 anos atrás"?
- Porque é que os moderadores não têm um relógio a mostrar o seu tempo? É que alguns falam tanto ou mais tempo do que os candidatos.
- Enganaram-se no tom do corrector de olheiras do João Adelino Faria, não enganaram? É que ele estava com um olhar muito estranho.
- Se nenhum dos dois quer acordos com o Chega! e se o André Ventura não estava presente, porque é que falaram no nome dele?
- Alguém decide o seu sentido de voto depois de ver um debate?
- Os partidos políticos são patrocinados pela Navigator?! É o que parece pela quantidade de papel que gastam em fotocópias.
Veremos o que nos reservam as cenas dos próximos capítulos e esperemos que esta novela tenha só uma temporada.
Este fim de semana desmanchei a árvore de Natal da casa da aldeia. Este presentinho, enviado pela Fátima Bento com o seu postal de Natal, estava lá pendurado:
Quando recebi uma sombrinha de chocolate, lembrei-me de uma história de família que me contaram em criança. Eu sempre fui muito gulosa e chocolate é uma das minhas perdições. Se há coisa a que eu nunca resisti foi a chocolates de natal. A minha mãe incomodava-se muito com esta minha característica e aproveitava para me contar uma história da sua infância.
A minha mãe nasceu numa família humilde, nos anos 50, no Alentejo. A aldeia onde nasceu já não existe porque desapareceu para se construir uma barragem por isso os seus pais foram viver para outra zona do Alentejo. O meu avô passou grande parte da sua vida como guarda florestal num monte alentejano, propriedade de um latifundiário. Nessa época, as guloseimas não abundavam nem tão pouco os brinquedos. Num certo Natal, a minha mãe, ainda criança, recebeu uma sombrinha de chocolate o que, para ela, era um tesouro. Tão feliz ficou que guardou a guloseima desde o Natal até à Páscoa ao invés, como eu faria, de a comer assim que a teve nas mãos.
A minha sorridente sombrinha de Natal também é uma preciosidade uma vez que veio de uma querida amiga virtual por isso decidi desafiar-me a mim própria. Vou seguir o poupado exemplo da minha mãe e guardar este chocolatinho até Páscoa. Veremos se sou capaz.
O último dia em que trabalhei, no ano de 2021, foi a véspera de Natal. Por esses dias, recebemos uma simpática caixa de Natal de uma das marcas de dermocosmética que comercializamos, a Filorga. Como eu fui de férias, uma das minhas colegas, a mais maternal de todas, não deixou ninguém mexer na caixa sem eu voltar. Entre várias coisas deliciosas e interessantes que lá vinham, estava esta caixinha de bombons
Esta imagem foi a que teve mais no Instagram. São tão giros, não são? E saborosos. Estes chocolates vieram do Funchal, da empresa UAUCACAU, que produz chocolates artesanais com sabores típicos da ilha da Madeira mas também de outras paragens mais tropicais.
Como sabem, os portugueses serão chamados às urnas no fim do mês. A esta distância consigo prever que a eterna vencedora abstenção irá bater todos os recordes.
Por um lado, o desencanto com a política abrange uma parte significativa da população.
Por outro lado, os debates em modelo "speed dating", como já li em qualquer lado, são tudo menos esclarecedores. Para os comentadores, o vencedor é, sempre, o que grita mais como num reality show.
E, por último, prevê-se um elevado número de pessoas isoladas devido à Covid-19 que poderão estar impedidas de exercer o seu direito de voto. O voto no domicílio só pode ser solicitado até dia 23, 1 semana antes das eleições, o que não faz sentido porque o isolamento foi reduzido para 7 dias, na maioria das situações. Os constitucionalistas defendem que as pessoas em quarentena se deveriam poder dirigir às mesas de voto mediante certas condições. Se forem reunidas as condições de segurança, isso não me choca. Veremos que condições serão criadas. O que eu temo é que esta possibilidade leve a que as outras pessoas, que não estejam em isolamento, tenham receio de ir votar por se sentirem em risco de contágio. A minha mãe seria uma dessas pessoas. Parece que já a estou a ouvir, "Nem penses que eu vou votar."
Por tudo isto, temo que a constituição da próxima Assembleia da República, e consequentemente o próximo governo, seja escolhida por meia dúzia de pessoas.
Ora vamos lá a uma nova edição da minha "foto da semana". A foto com mais do meu Instagram foi esta
A imagem do "nosso" livro dos contos de Natal dos blogs. Ainda não tive oportunidade de ler todos os contos que constituem este volume. Porque não saborear um pouco de Natal ao longo do ano?!