25 de Abril, sempre
O SapoBlogs propõe, neste dia, posts sobre o 25 de Abril. Há 2 anos escrevi este post dedicado ao meu pai em que lembrava como este dia era celebrado enquanto ele foi vivo. Nos últimos anos já não participo em desfiles mas, sempre que possível, assisto aos concertos que algumas autarquias oferecem na véspera e que entram pela "madrugada que eu esperava". A data continua a não passar em branco.
Gosto de ouvir a minha mãe contar os pormenores daquela manhã em que Portugal acordou para a democracia. Como o meu pai saiu para trabalhar e não o deixaram porque tinha que passar por uma das estradas por onde passaram os tanques a caminho de Lisboa. Como a minha mãe ficou nervosa e sobressaltada e passou grande parte do dia à janela para ver se via alguma coisa. Ou como o meu pai não parou em casa já que andava pelas ruas da nossa terra a perceber o que se passava e depois a festejar, imagino.
Não vivi nada disso, estava na barriga da minha mãe e nasci 2 meses e meio depois, mas posso vivê-lo na minha imagem.
Não me lembro mas não me esqueço dos valores da liberdade que aprendi com o meu pai.