Os nossos gostos musicais vão evoluindo à medida que vamos crescendo, ou envelhecendo. Aquilo que nós não nos cansamos de ouvir num momento da vida é muito diferente do que ouvimos num outro momento da vida. Ainda assim há certas músicas que considero intemporais na minha vida. Vou tentar responder ao desafio mas, de certeza, que me vou esquecer de muitas músicas que me foram tocando ao longo dos anos. Assim...
... músicas que eu não me canso de ouvir:
Scorpions - Wind of change
Bryan Adams - Everything I do
Sinnead O' Connor - Nothing compares 2U
Bill Medley e Jennifer Warnes -Time of my life
Salvador Sobral - Amar pelos dois
Ed Sheran - Perfect
Mariza - Chuva
Carolina Deslandes - Nuvem
Para além destas que mencionei, devo dizer que o que ando a ouvir em repeat é o novo álbum da Márcia, "Vai e vem". Tem músicas tão bonitas que não consigo descobrir a minha favorita
Não tenho um vasto conhecimento de relações amorosas até porque nunca fui muito namoradeira. Por isso a reflexão que vou fazer esta semana terá em linha de conta a minha experiência pessoal mas também o que observo à minha volta. Ora então, mãos à obra
As coisas mais difíceis num relacionamento amoroso são...
- Aceitar o outro como ele é - quando passa a fase da paixão em que tudo é encantador, percebe que algumas características do outro, afinal, não são assim tão encantadoras. Nunca se deve tentar mudar o outro. As pessoas mudam, naturalmente, porque evoluem, crescem mas nunca ninguém muda só porque alguém quer. Pelo menoa, não muda para sempre. Mais adiante, volta a ser o que sempre foi. Se não formos capazes de aceitar isso talvez o relacionamento tenha os dias contados.
- Confiança - quando se perde a confiança, não há volta a dar. Pode-se tentar reconquistá-la ou readquiri-la mas mais tarde ou mais cedo...
- Saber ouvir - tão difícil, para mim de modo especial porque raramente estou calada.
- Respeitar o espaço do outro, a sua necessidade de isolamento ou de silêncio.
- Não ser mãezinha ou paizinho do outro - ajudar quando o outro precisa é uma coisa mas não podemos substituir o outro no seu dia-a-dia. Mesmo em casal, há que manter, e cultivar, uma certa independência. Na farmácia conheço casais em que um dos elementos é que se ocupa dos medicamentos do outro, das consultas ou exames. Há imensas pessoas que nem sabem que medicamentos tomam nem quando vão ao médico porque é o companheiro/a que se ocupam disso. E não, não acontece só nas gerações mais antigas.
- Ficar feliz quando o outro está feliz e realizado mesmo que isso possa implicar menos tempo para o relacionamento. Ou seja, evitar sentimentos egoístas.
- Partilhar a casa- de-banho - acredito que falta de entendimento nesta parte da casa pode levar ao rompimento.
Adoro o tema desta semana. A memória olfactiva tem, para mim, uma grande importância. Há cheiros que, assim que os sinto, me transportam para momentos felizes. Infelizmente alguns aromas também me transportam para momentos infelizes mas desses não vamos falar agora. Assim aqui ficam os aromas da minha vida.
- Roupa acabada de lavar
- Relva acabada de cortar
- Terra molhada depois de um dia de chuva
- Alfazema - este aroma leva-me de volta ao sul de França, mais precisamente, a Marselha. Lá é impossível fugir deste aroma, sente-se a cada esquina.
- Coentros - lembra-me a minha avó que me mandava apanhar os coentros para a açorda e eu nunca conseguia distinguir entre os coentros e a salsa.
- Chocolate e café, os meus maiores vícios
- Maçãs mas as verdadeiras, as que se apanham das árvores e não as que se "apanham" nos supermercados. Lembra-me o Outono porque é a altura de as apanhar.
- Mercados de rua em que se sentem os aromas de todas as frutas e legumes ao mesmo tempo. Recordo um mercado onde vou muitas vezes, o Mercado da Fruta das Caldas da Rainha mas também os mercados de rua típicos das cidades francesas, principalmente.
- O coelho estufado da minha mãe. Delicioso.
- Limão. Este aroma leva-me para Itália e lembra-me Limoncello, uma bebida maravilhosa mas perigosa.
- O aroma que se liberta das dunas. Já tentámos investigar e parece-nos que o aroma a que me refiro vem de umas flores amarelas que, quando secas, libertam um aroma cativante.
- Maresia. Palavras para quê? É o aroma da indolência, das férias junto ao mar. E também me leva para o restaurante de La Coruña onde comi os melhores mexilhões da minha vida.
- Canela, o aroma do Natal em família,das filhozes da minha avó na infância ou das filhozes e rabanadas do A. nos últimos anos.
Muitos "cheiros" ficaram esquecidos mas já se percebe que a minha memória vive muito do olfacto. Hoje cheira-me a feriado, um feriado que estava mesmo a apetecer porque os últimos dias foram excepcionalmente cansativos a nível físico e mental. Bom feriado.
Chegamos ao fim de mais uma semana. Não tenho andado muito activa no mundo virtual nos últimos dias mas cá estão as minhas respostas à pergunta:
O que, de melhor, o mundo virtual te trouxe/traz?
- o namorido que conheci virtualmente antes de conhecer ao vivo
- a possibilidade de "reencontrar" pessoas que não via há muito tempo como, por exemplo, colegas da escola ou da faculdade
- fazer viagens sem sair do sofá porque as redes sociais trazem-nos as aventuras de tantos viajantes que nos levam a descobrir sítios incríveis
- Interagir com pessoas interessantes à distância de um clique como acontece com as conversas que se geram através dos blogues. Se não fosse o mundo virtual só conhecíamos as pessoas do nosso bairro ou da nossa cidade. Hoje em dia, podemos trocar ideias com pessoas que estão em Faro, no Porto, em Ponta Delgada, em Paris ou Londres com muita facilidade
- Conversar com alguns dos nossos ídolos como, por exemplo, os escritores ou os músicos que apreciamos. Já tenho mandado emails ou mensagens a alguns artistas, escritores ou músicos e não é que eles respondem?
- Entretenimento já que, hoje em dia, temos sempre ocupação. Ou estamos a ler blogues, ou a actualizar o instagram ou o facebook, ou a fazer scroll down para ver o que os outros andam a fazer. Não sei se isso é uma coisa positiva ou negativa. Se calhar, era bom estarmos algum tempo sozinhos com os nossos pensamentos.
Esta semana, o desafio 52 semanas sai um bocadinho atrasado. Podia ter sido por preguiça, e aí até estava dentro de tema, mas foi por motivos tristes e dolorosos. Mal ou bem, a vida tem de seguir por isso aqui vai:
Morro de preguiça de...
- deitar coisas foras, acho sempre que ainda vão fazer falta.
- arrumar o escritório ultra-desarrumado que tenho cá em casa
- destralhar o roupeiro.
- ir à cabeleireira. Só vou em último caso quando a raiz já está muito visível e os brancos me entram pelos olhos dentro. Não sei como é que há pessoas que vão todas as semanas. A minha mãe é dessas pessoas. É uma cliente tão habitual que, quando não vai à hora e dia costumeiros, telefona a avisar. Mais depressa adia alguma combinação comigo do que com a cabeleireira. Eu não tenho paciência.
- arrumar a loiça do escorredor.
- arrumar a roupa passada a ferro.
- arrumar o meu cacifo do trabalho.
- levantar-me do sofá para ir para a cama. Por isso deixo-me dormir imensas vezes no sofá.
Tendo em conta que eu sou uma consumista assumida, já fiz muitas compras erradas. Vou tentar uma pesquisa na minha memória e fazer um resumo. Obviamente que, se me lembro, é porque a compra deve ter sido mesmo má
Posto isto, as minhas piores compras foram...
- sapatos - aqui está uma área onde tenho cometido erros, frequentemente. Por exemplo, tenho sapatos que comprei para casamentos, por exemplo, com saltos altíssimos que só calcei 1 ou 2 vezes. Até tenho vertigens, e dores na lombar, só de pensar em calça-los outra vez. Ou então, quando meto na cabeça que tenho mesmo que comprar uns sapatos básicos, pretos. Já me aconteceu mais do que uma vez. Como acho que tenho mesmo que comprar, compro os primeiros que encontro. E depois arrependo-me, ou porque apertam os pés ou porque são feios como trovões.
- Um apartamento num prédio sem elevador. Está bem que é no 1º andar mas mesmo assim há dias em que o elevador dava imenso jeito.
- Há uns anos, no início das férias, vi um livro que pensei ser um livro leve, ideal para ler na praia. Erro crasso. Não só era um péssimo livro como de leve não tinha nada . Era até uma história muito dramática. Chama-se "Sandálias de Prata" e a autora era Cristina Caras Lindas.
- Vestidos curtos que depois não me sinto à vontade para usar.
Aconselhar livros a alguém parece-me uma tarefa ingrata. Aquilo que eu gosto de ler depende de muitos factores que vão para além da qualidade do escritor. A maturidade e as experiências que vamos vivendo podem ser determinantes para a maneira como "sentimos" determinado livro. Sendo assim, os livros da minha vida (que podem, ou não ser, também os livros da vossa vida) são estes:
- O Principezinho, Antoine Saint Exupéry - um hino à amizade e ao amor. Para descobrirmos os outros, temos que sair da nossa concha, da nossa zona de conforto e deixarmo-nos cativar.
- Fernão Capelo Gaivota, Richard Bach - Ser livre é arriscar. É sempre possível ir mais além, voar mais alto.
Li estes dois livros na mesma altura, entre o fim da adolescência e início da vida adulta. Continuam marcantes.
- A Bíblia Sagrada - não para ler de seguida mas alguns textos. Ajuda a compreender a nossa sociedade ocidental, judiaco-cristã. Não deixem de procurar o "Cântico dos cânticos". Surpreendente.
- Cem anos de solidão, Gabriel Garcia Márquez. Procurem uma versão com a árvore geneológica para se conseguirem orientar com todas aquelas personagens. Absolutamente fantástico. Um verdadeiro monumento literário.
- As intermitências da morte, José Saramago. O que aconteceria se, um dia, a morte deixasse de aparecer e mais ninguém morresse?! Uma divertida, para quem goste de humor macabro, sobre a morte, a vida e a dignidade humana. Quanto a mim, um dos melhores livros para começar a ler o nosso Prémio Nobel.
- Como água para chocolate, Laura Esquível. Outro livro da América do Sul, fantástica história de amor que se expressa através da comida. Delicioso.
- Chocolate, Joanne Harris. Para uma pessoa gulosa e chocodependente, também é um livro delicioso. Retrata a desconfiança que as pequenas comunidades sentem em relação a quem tem uma atitude diferente da maioria.
- Perguntem a Sarah Gross, João Pinto Coelho. Um impressionante retrato de uma das épocas mais negras da história do séc. XX, a 2a Guerra Mundial e os campos de concentração. Tocante e emotivo.
Muitos livros ficam por nomear. Já li tantos livros na vida que nem os consigo contabilizar. Muitos gostaria de vir a ler mas o tempo nem sempre abunda. Para além de todos os que tenho em espera, fiquei com a ideia de tentar ler uma das grandes obras da literatura munfial, "Guerra e Paz" de Tolstoi.