Esta semana continuei em casa em isolamento. Felizmente, já terminou. As fotos foram, assim, maioritariamente caseiras. A foto com mais foi esta
Spaghetti alla putanesca, o meu almoço de domingo
Adoro massa. Devo ter sido italiana noutra vida . Aliás, até considero que a Itália é o meu segundo país. Só é pena já não ir lá há 2 anos. Este prato é muito simples. Vou explicar como o faço. A minha receita não é a original porque essa leva anchovas e alcaparras e eu não sou grande apreciadora.
Cozi esparguete al dente.
Numa frigideira, coloquei azeite, alhos picados e cebola roxa cortada em cubinhos. Deixar cozinhar. Quando ficaram translúcidos juntei alguns tomates cereja cortados em quartos e deixei apurar. De seguida, juntei azeitonas sem caroço em pedaços e uma lata de atum ao natural. Deixei apurar mais um pouco e depois deitei na frigideira o esparguete cozido. Dei umas voltas ao esparguete para ficar embebido de molho. Infelizmente, já não tenho manjericão senão também tinha colocado umas folhas frescas.
Depois é empratar e saborear.
Não vos digo as quantidades porque faço tudo a olho, consoante o que tiver em casa.
O ano está quase a acabar. Este ano foi um desafio maior arranjar motivos para fotografar. Não tive a benesse de viajar para fora do país e, mesmo dentro de Portugal, os passeios foram muito limitados. Assim foi preciso estar atenta ao dia-a-dia, aos pequenos pormenores do espaço que me rodeia para captar a essência dos meus dias.
Até ao fim do ano tenho a "muleta" do desafio #sorrisosdenatal da Maria e assim, todos os dias, há um tema para me ajudar.
Esta semana a imagem com mais foi esta
O tema era "Doce". É uma das sobremesas preferidas no Natal mas também no resto do ano . Não reparem na minha falta de competência artística .
Entre os vários doces que se comem no Natal, hoje destaco os vários tipos de broas que se fazem nesta altura. Em 2017, no post relativo aos doces típicos de Natal, já abordei as broas de anis de que só ouvi falar, e provei, quando comecei a trabalhar. Aliás, lá na farmácia costumamos ter sempre essência de anis para os nossos utentes que fazem estas broas em casa ou para as pastelarias da zona.
Mas as broas mais natalícias são as broas castelares. Segundo informações históricas, elas foram criadas pelos irmãos Castelar, proprietários da Confeitaria Francesa situada na Rua do Ouro na Baixa Lisboa, fundada no século
A batata doce é a base deste pequeno bolo que aparece sempre nesta altura. Comprende-se assim a sua associação ao Natal uma vez que a batata-doce é mais frequente no Outono e no Inverno.
O que é engraçado é que não me parece uma iguaria muito apreciada, pelo menos no círculo de pessoas que eu conheço. De onde terá vindo a sua fama?
Esta semana trago a "foto da semana" em dose dupla:
O presente que preparei para a minha afilhada que fez 13 anos no passado domingo
Começa a ser complicado comprar presentes para a minha afilhada. Não sei o que oferecer a uma adolescente. Assim reuni uma série de artigos ecofriendly como, por exemplo, champô sólido, palhinhas e escova de dentes de bambu, um saco de algodão de economia circular mas também uma escova de cabelo desembaraçadora da Tangle Teezer e artigos para o cabelo da Invisiblebobble. Acho que lhe vão fazer imenso jeito porque usa o cabelo muito comprido. Fui levar-lhe o presente a meio da semana e foi uma visita estranha, com máscaras e distância. Foi a visita possível.
A sobremesa de ontem, típica de Outono
As romãs, infelizmente, não são da nossa romãzeira porque ela insiste em não dar frutos.
Bom domingo e cuidem-se para nos podermos voltar a abraçar.
Esta semana destaco a foto do meu almoço de domingo da semana passada.
Cozido à Portuguesa
Sou um bom garfo. Gosto muito de comer. Nem sempre fui assim. Quando era miúda, comia muito mal. Só gostava de doces. Hoje em dia, gosto de doces e salgados o que é um problema para manter a linha.
Cozido à Portuguesa é um prato que só costumo consumir no Outono e no Inverno. Não faço em casa porque a família é muito pequena e este prato faz mais sentido cozinhar para mais pessoas. Se calhar, é uma mania minha.
Na era pré-Covid, o meu sítio preferido para comer esta iguaria portuguesa era um pequeno restaurante familiar muito perto de casa. Tendo em conta que o restaurante teve que reduzir o número de mesas, pensámos em ir buscar para comer em casa.
Quando fui encomendar fiquei com pena da cozinheira. Ela perguntou-me porque é não comíamos no restaurante porque agora a frequência era muito menor. Fiquei triste. Antes o local estava sempre a abarrotar e era difícil conseguir mesa.
É desolador pensar o que os pequenos negócios familiares estão a sofrer com esta situação. Por trás dos números que vemos nas notícias, estão pessoas. Quem puder continuar a consumir, deve fazê-lo. A economia tem que continuar a girar senão sofreremos todos.
Ontem assinalou-se o Dia Mundial da Abelha. Lembrei-me de fazer uma publicação no Instagram alusiva ao tema. E escolhi um frasco de mel para o efeito. Sempre tive fácil e abundante acesso a mel caseiro. Quando era miúda quase todos os homens da família eram apicultores nas horas vagas; o meu avô paterno, o meu avô materno, o meu pai e o meu tio. Nessa altura não ligava muito a mel. Até chegava a dizer que não gostava. Acontecia mais ou menos como as nêsperas de que falei há dias embora a aversão a estas frutas fosse maior do que ao mel.
Depois, um a um, fui perdendo o meu avô paterno, o meu pai e por fim o meu avô materno. Só sobrou o meu tio J., verdadeiro apaixonado da apicultura. O mel deixou de ser tão abundante com antes. E foi nessa altura que eu comecei a apreciar este laborioso trabalho das abelhas.
O meu tio está a ficar mais idoso e tem inúmeros problemas de saúde. Não sei durante quanto tempo ainda vou ter a possibilidade de me deliciar com um chá adoçado com mel ou um bolo de mel tipicamente alentejano. E já lhe estou a sentir a falta.
Mais uma prova de que não damos o real valor aquilo que temos em abundância. Só quando se torna mais escasso é que o apreciamos verdadeiramente.
A minha mãe sempre apreciou nêsperas e eu nunca liguei muito. Na casa da família do A. há uma nespereira enorme. O A. também gosta muito e todos anos insiste para eu comer. E é habitual eu torcer o nariz. Às vezes, se ele me descasca-se, lá acedia em comer 1 ou 2.
Não sei o que se passou este ano mas começou a apetecer-me comer as benditas nêsperas. Afinal, há tantas à disposição que é uma pena não aproveitar não é verdade? Sabem melhor acabadas de apanhar mas também tenho comido alguns dias depois de terem sido colhidas.
Não me reconheço. Fico a pensar se, quando digo que não gosto de alguma coisa, isso é mesmo verdade ou será só uma mania?!
A receita que utilizei é a que se fazia na minha casa quando eu era miúda. Está num livro muito antigo, daqueles que as meninas casadoiras recebiam quando se preparavam para casar. Ou seja, trata-se do livro "Escola de Noivas" e é da minha mãe. Deve ter quase 50 anos uma vez que a minha mãe casou em 1972.
Se bem lembro a receita é assim:
Ingredientes:
6 ovos
250g de açúcar
150g de farinha
1 colher de chá de fermento de pó
Raspa de 1 limão
Execução :
Batem-se as gemas com o açúcar e a raspa do limão. De seguida, incorporam-se as claras batidas em castelo. No fim, mistura-se a farinha, e o fermento, a pouco e pouco. Bate-se a massa muito bem.
Vai a cozer em forma untada com manteiga e polvilhada com farinha. O forno foi aquecido a 175/180 °C e durante cerca de 30 a 40 min.
Como podem imaginar, esta semana não foram muitas as oportunidades de tirar fotos. Assim a foto com mais é a imagem do pão-de-ló que fiz a meio da semana.
É uma boa sugestão para quem está em casa com os filhos. Façam bolos, bolachas, bolachinhas. De certeza, que os miúdos vão gostar. O primeiro bolo que fiz foi aí aos 11 anos quando ficava sozinha em casa durante as férias escolares.