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O Voo da Garça

Sonhos, desejos, opiniões, instantes da vida diária...

O Voo da Garça

Sonhos, desejos, opiniões, instantes da vida diária...

14
Jan19

Calhambeque do amor.

Charneca em flor

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O quê? Não é assim o nome? Se calhar, até era um nome muito mais interessante. Uma das minhas colegas achava que era assim que se chamava o programa da SIC "O carro do amor". Só vi alguns episódios, não estou a seguir com o mesmo interesse que segui o "Casados à primeira vista" no início. Segundo a descrição no site da SIC, "Duas pessoas solteiras que não se conhecem e andam à procura do amor são selecionadas para se encontrarem num carro e, juntas, enfrentarem uma viagem recheada de imprevistos divertidos." Não percebi qual é o método de selecção. Será o mesmo método do "Casados à Primeira Vista"? Supostamente científico?! Ou são escolhidos aleatoriamente? É que quer num quer noutro programa, parece que não acertam. Fazem cada match que só visto. Eu acho que fazia melhor. Será que estão à procura de novos especialistas?!

P.S. - Parece que o "5 para a Meia-Noite" fez uma paródia ao programa com o mesmo título do meu post. Espero não ser acusada de plágio. É mesmo verdade que a minha colega A. achava que o nome era "Calhambeque do amor". Às tantas era muito mais adequado.

 

 

08
Jan19

Oprah à portuguesa

Charneca em flor

Ontem estreou o aguardado Programa da Cristina. A julgar pelos vários posts, twitters e publicações no Instagram diria-se que se trata de um programa em horário nobre. Só que não. É um programa em horário matinal dirigido, regra geral, a um público muito específico. Ao olhar para os feeds das minhas redes sociais parece que esta manhã ninguém estava a trabalhar. Confesso que também fui espreitar durante a minha hora de almoço e graças à box que permite recuar no tempo. Porque será que há tanto interesse neste programa? Será mesmo inovador como apregoam? Ou a "transferência milionária", como se fosse um futebolista, é que atraiu as pessoas? Ou será que Cristina Ferreira é mesmo a Oprah portuguesa? No bocadinho que vi, dei com um médico a exemplificar como é que as mulheres devem fazer a sua higiene intíma de modo a prevenir as infecções urinárias. Se isto não é serviço público...

Seja como for, Cristina Ferreira e a SIC foram muito bem sucedidos  no sururu que criam à volta do programa. Veremos se as audiências reflectem esta percepção de popularidade.

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Só achei que o telefonema do Presidente da República foi excessivo. Se são amigos, telefonava-lhe privadamente. Telefonar, em directo, não ficou muito bem ao Presidente. Está na fronteira entre ser popular e ser popularucho ou, mesmo, populista. E as explicações que deu não me convencem. Gosto muito deste Presidente mas, desta vez, excedeu-se.

04
Dez18

The fallen Madonna with the big boobies

Charneca em flor

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Os quarentões e quarentonas da blogosfera lembram-se, com certeza, da divertida série de humor da BBC, "Allô, Allô". A série girava à volta de um café francês e do seu proprietário, René, que, simultaneamente ajudava a Resistência e atendia com toda a atenção os ocupantes alemães. Todos os personagens, os alemães, os franceses e os ingleses queriam o quadro The Fallen Madonna with the big boobies, uma suposta obra fictícia de um falso pintor. Passados todos estes anos, todas as cópias foram destruídas menos uma. Essa cópia foi vendida, ontem, num leilão por 17 mil euros. Um feito considerável para uma "obra-prima" da ficção. 

26
Nov18

Everybody's gotta live, Love

Charneca em flor

Hoje, ao contrário do que vem sendo hábito, não trago uma novidade musical. Trago uma música tão antiga como eu . Durante a semana passada, assisti ao último episódio da brilhante série portuguesa Sara. E esta música acompanhou a personagem principal na sua cena final.

Esta versão da música Everybody's gotta live fez parte do álbum Real to Real, da banda Love liderado por Arthur Lee, que foi editado em 1974, precisamente o ano em que eu nasci.

Boa semana

P.S. - A série Sara partiu de uma ideia original de Bruno Nogueira e contou com o desempenho de alguns dos melhores actores portugueses, Beatriz Batarda, Nuno Lopes, Rita Blanco ou Albano Jerónimo entre outros. Estes actores arriscaram em embarcar nas loucuras de Bruno Nogueira e daí resultou uma brilhante e surreal série com personagens absolutamente fantásticas. "Lá isso é verdade" como diria o Manuel, personagem da novela "Sangue de Paixão " que faz parte da loucura da série Sara, interpretado por João Nunes, actor de novelas canastrão, que, por sua vez, é interpretado pelo Nuno Lopes. Perceberam?!

23
Out18

Married at first sight, versão portuguesa

Charneca em flor

Já tinha visto algumas cenas do programa Married at the First Sight nas versões de outros países mas nunca tinha visto um episódio completo. Assim tinha uma vaga ideia de que se tratava de um reality show em que as pessoas se casam com alguém que não conhecem, ou melhor, que só conhecem no momento do casamento, confiando apenas no match feito por uma equipa de especialistas. As poucas vezes que vi, achei piada à reacção dos noivos quando se vêem e a opinião dos amigos e dos familiares. Ora quando a SIC anunciou a versão portuguesa deste formato com a designação de Casados à Primeira Vista, fiquei logo curiosa. Estreou no domingo passado. Terá um programa maior ao domingo à noite e programas diários ao fim da tarde. Correspondeu às minhas expectivas. Estava na dúvida se os casamentos eram reais mas observando bem pareceu-me tratar-se de uma cerimónia simbólica. Com o post da Carta, fiquei a perceber que o casamento não acontece mesmo. No fundo, trata-se de uma experiência sociológica em que os participantes buscam o amor.

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Naquilo que já foi exibido, conhecemos 4 casais. A mim parecem-me pessoas normais, inteligentes e românticas. O que levou estas pessoas a inscreverem-se neste programa? Solidão, uma sucessão de relações falhadas, medo de continuar a falhar? Será que a ciência é capaz de ajudar as pessoas a encontrar o par ideal? 

Este programa é um retrato da sociedade em que vivemos hoje,

17
Abr18

Grande Reportagem?!

Charneca em flor

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Imagem daqui

 

 

Ontem, à hora do jantar, fiquei genuinamente espantada com as notícias da noite na SIC. Foi anunciada uma suposta Grande Reportagem sobre o Caso Sócrates. E o que era essa Grande Reportagem? Pedaços de alguns dos interrogatórios a que José Sócrates foi sujeito pelo Procurador Rosário Teixeira intercalados com breves introduções. Na minha mente incrédula surgiram várias interrogações:

- Como é que é possível imagens de interrogatórios no âmbito de uma investigação judicial chegarem à televisão?

- Como já li noutros sítios, desde quando é que aquele formato é uma reportagem ou, sequer, um trabalho jornalístico?

- Qual é a intenção sub-laminar desta transmissão?

- A quem beneficia esta "reportagem"? A José Sócrates ou aos Procuradores?

Eu nem arrisco a responder a estas questões. Continuo estupefacta.

16
Jan18

Super Nanny

Charneca em flor

7Ontem estive a ver o programa Super Nanny que estreou no domingo. Já tinha achado, pelos anúncios, que devia ser um programa inacreditável. Mas quem é que teve a "brilhante" ideia de trazer este formato para Portugal? E o que leva as famílias a inscreverem-se neste tipo de programas? Eu não sou mãe mas imagino que educar uma criança nem sempre é uma tarefa fácil mas a solução não é expô-las num programa de televisão. 

Supostamente a senhora psicóloga que faz o papel de Super Nanny é uma especialista em educação com livros publicados e tudo. E alguém terá avaliado a eficácia daquele método? "Se cumprires as regras, ganhas um smile" ou "se lavares os dentes, colocas ali um sapinho", "se encheres o  mealheiro de smiles amarelos, ganhas um presente" e outras pérolas. Por um lado, diz-se que só se tem recompensas quando há bom comportamento mas depois a Super Nanny dá-lhe um presente antes de ver se cumpre as regras. Faz imenso sentido. 

Quando não cumpre as regras, a criança tem que ficar sentada num banquinho durante 7 minutos. Um banquinho colocado no patamar da escada, um sítio perfeitamente seguro. Tão fácil, a miúda, no meio de uma birra, cair pela escada abaixo.

Obviamente que a criança começou a cumprir as regras porque achou graça ao jogo mas rapidamente se fartou e voltou à forma antiga. Adorei quando ela disse à Super Nanny "tu não mandas em mim". Esperta, percebeu que as regras não eram imposta pela mãe mas sim por aquela estranha que a mãe deixou entrar em casa e ainda por cima com uma câmara de filmar atrás. A miúda fez aquilo que era suposto fazer para dar espectáculo e audiências. 

Não quero, nem posso julgar a mãe embora ache a atitude muito questionável. Dou-lhe o benefício da dúvida que se tenha inscrito em desespero de causa mas, de certeza, que havia outras portas onde bater. 

No fim do programa termina tudo em bem. Por quanto tempo?

Faço só mais algumas perguntas:

Qual é a opinião do pai? Concordou com isto ou a mãe inscreveu a miúda sem o conhecimento dele?

A mãe pensou que a miúda teve que ir à escola no dia seguinte à exibição do programa? Qual terá sido a reacção dos colegas?

E a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, onde está?

11
Nov17

Terrores nocturnos

Charneca em flor

De há um tempo para cá, tenho seguido as séries que passam na RTP2. São séries europeias nomeadamente espanholas como "El Príncipe", italianas, inglesas ou nórdicas. As séries nórdicas são, quase sempre, policiais e violentas, um pouco à semelhança dos livros policiais nórdicos, um pouco à semelhança dos meus guilty pleasures já confessados. 

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Actualmente sigo a série sueca A Teia. Normalmente deito-me depois de ver mais um episódio. Um noite destas (foi depois da noite de serviço), antes de dormir ainda li um pouco do ebook policial que tenho na minha estante virtual "Cães de Caça" de Jorn Lier Horst. Não sei se foi por ter o cérebro cansado da noite de serviço ou se fiquei sugestionada com as negras histórias da Escandinávia, o que é certo é que 45 minutos depois de adormecer dei por mim a ter um pesadelo. "Vi" alguém a entrar pela janela, presumo que fosse um assassíno e acordei a gritar assustadíssima. Já não é a primeira vez que tal acontece. Quando ando mais viciada nos policiais, lá vêm os pesadelos e ainda por cima barulhentos. 

Acontece a mais alguém ou sou eu que sou muito sensível?!

11
Ago17

Diana de Gales e o seu legado

Charneca em flor

 

Ontem emocionei-me ao ver o documentário "Diana, Our mother and her legacy" na SIC. Diana de Gales foi uma das primeiras figuras que idolatrei, ainda mais quando descobri que fazíamos anos na mesma altura. Uma das minhas memórias mais antigas é a transmissão do seu casamento com o Príncipe Carlos. Tinha 7 anos e ainda acreditava em contos de fadas e finais felizes. O vestido de noiva era maravilhoso, digno de uma princesa. Fui sempre acompanhando a vida de Diana. Nasceram os filhos, viram-se imagens sorridentes e parecia feliz como as princesas das histórias. Como se sabe foi uma felicidade efémera. Mais tarde, veio a separação e o divórcio. Diana perdeu o título de Alteza Real. Parecia que ia deixar de ter importância na vida pública mas foi aí que Diana desabrochou. Quando vemos imagens pós-divórcio, Diana parece muito mais segura de si do que durante o casamento. Infelizmente morreu muito nova, 36 anos, em circunstâncias trágicas perseguida pelos paparazzi. Foi há 20 anos e os filhos acharam que era a altura ideal para abrirem o coração e falarem, não da mulher pública, mas da mãe. Falaram, não como membros de uma família real, não como figuras que aparecem nas revistas, mas como 2 filhos que perderam a mãe cedo demais.

A dada altura, William diz algo como "Estou solidário com todos aqueles que perderam entes queridos. Cria uma ligação. É um clube muito triste a que ninguém quer pertencer." E tem toda a razão. Lembro-me da manhã de domingo que trouxe a notícia da morte de Diana de Gales. Um dos meus primeiros pensamentos foi mesmo sentir uma ligação com eles, com os filhos que tinham quase a mesma idade quando perdi o meu pai, alguns anos antes. Sim, William, perdet alguém cria uma ligação com todos aqueles que também já choram uma perda. 

Obrigada, William e Harry, pela partilha.

14
Jun17

Nos passos de Santo António

Charneca em flor

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No rescaldo dos festejos da noite/dia de Santo António assisti ontem a este extraordinário documentário. Gonçalo Cadilhe, o conhecido "viajante profissional", leva-nos a caminhar pelos passos de Santo António. Se pensarmos bem, Santo António foi um dos primeiros portugueses a viajar. E se era difícil viajar na Idade Média! Um óptimo programa para entendermos quem foi esse homem muito para além do cariz popular que o seu culto adquiriu na tradição portuguesa. Um dos homens mais brilhantes do seu tempo. Até consegui aceitar porque é que o "nosso" Santo António passou à história como Santo António de Pádua. 

Pensando bem, a máxima "quando somos bons, somos os melhores" de que o nosso PR tanto gosta, já era verdade na Idade Média.

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