Com grande pena minha, as férias estão a chegar ao fim. O Verão também já se começa a despedir. Ainda ontem encontrei folhas secas no chão. O Outono está aí não tarda. Ontem voltei às praias nacionais. Desde que voltei da minha viagem ainda não tinha ido à praia. Entre descansar da noite em que não dormi no aeroporto, desmanchar a mala, tratar da roupa (essa actividade chata e sem glamour a que não podemos fugir) e uma ida à aldeia para carregar as minhas baterias e a mala do carro, a praia ficou para último lugar. As praias da Itália são bonitas, a água tem uma temperatura óptima e a ondulação é fraquinha mesmo como esta medrosa gosta. No entanto, é impossível não adorar as nossas praias com areais de areia dourada a perder de vista. E ontem a água até estava com uma temperatura bem simpática para o nosso Oceano Atlântico. Estava-se até bastante bem na água. E, agora, lá vou eu outra vez. Hoje a água vai estar bem longe porque as marés vão ser enormes graças à Super Lua de logo à noite. Esta noite não faz mal andar com a cabeça na lua.
Tenho deixado o blogue tristemente abandonado. Voltei para partilhar as minhas impressões da viagem deste Verão. Regressei há dias de mais uma road trip pela Itália, um país maravilhoso só comparável ao nosso Portugal. Já é a terceira vez que lá volto, já estive aqui e aqui. Na Itália encontra-se sempre mais um recanto para descobrir. Desta vez a viagem foi pelo sul, no pé da bota que é a Itália. A ideia era conhecer o litoral daquela região. Praias, praias e mais praias, umas com areia, outras com pedras relativamente grandes, outras com umas pedrinhas pretas pequeninas. Uma das grandes diferenças que eu achei é que, nalguns locais, havia muito poucas pessoas na praia. Aqui basta estar um raiozinho de sol e já não se consegue estender a toalha. Outra grande diferença é que parte das praias podem ser privadas a ponto de o comum dos mortais nem sequer poder passar por lá sem vir alguém a correr a pedir o "biglietto". Embora hajam espaços públicos são muito pequenos e muito mais sujos na generalidade. O que me leva a outro ponto interessante, a gestão do lixo. Não percebo como é que os italianos tratam o lixo. Vêem-se pouquissimos caixotes do lixo a ponto de, nas zonas urbanas, se encontrarem montes de sacos do lixo doméstico empilhados. Em 5 dias, não vi nenhuma recolha. Estes montes de lixo dão uma péssima imagem e tornam logo as cidades muito mais feias. Aquela zona não parece acolher muitos turistas estrangeiros, acho que é um paraíso só ao alcance dos locais, até porque não há ali nenhuma das cidades mais conhecidas de Itália. Na primeira noite demos uma volta pela cidade de Barletta, próxima do hotel. Achei muito giro encontrar pessoas sentadas nos seus bancos à porta das casas a conversar enquanto apanhavam o ar fresco da noite. Fazia lembrar aquilo que eu via na minha infância no Alentejo. Também encontrei grupos de pessoas a conversar junto à praia. Iam de carro, com os bancos na bagageira, encontravam-se com outras pessoas e ali ficam a conversar durante parte do serão. Verdadeiro espírito comunitário. Por cá fica cada um metido na sua casa e nem conhece os vizinhos do mesmo prédio. O relato já vai longo. Vou só dizer que continuo a achar os italianos um povo simpático, acolhedor e, porque não dizer, um povo bonito. Adorei os muitos banhos que tomei naquelas águas cálidas e deliciosas. E, já agora, porque não falar dos pequenos almoços com cappucinos e cornetti deliciosos. Itália é sempre um país que vale a pena revisitar.
... como a garça e seria muito mais fácil chegar aqui
Fui, novamente, à Praia do Ribeiro do Cavalo. Já começa a ser uma tradição do Verão. É uma das praias mais bonitas do nosso litoral. Só é pena ser tão difícil de lá chegar. Esta é só a parte final do percurso mas dá para ter uma ideia
O caminho é tão duro que até sabe melhor chegar à praia. Ora vejam lá se não vale a pena enfrentar o caminho das pedras (em sentido literal)
Se tiverem oportunidade, não deixem de visitar este pedacinho do céu. O caminho pedestre é difícil mas faz-se. Se não forem aventureiros, é melhor arranjarem um barco.
Hoje não fui trabalhar e aproveitei para dar um passeio pelo interior do país. Descobri um sítio tão isolado mas tão isolado que era possível ouvir o silêncio...
Até o nome deste miradouro é sugestivo, São João do Deserto. Título muito bem aplicado embora seja muito verde para deserto mas estava verdadeiramente desertico. No entanto, é muito bonito e muito agradável lá estar mesmo com vento. Excelente miradouro.
Se há coisa que eu invejo nos jardins que vejo durante as minhas caminhadas, são as buganvílias.
Estas flores fazem-me lembrar Verão, férias, passeios ao ar livre, viagens pelo Mediterrâneo, enfim, adoro-as. O que eu gostava de ter um caramanchão coberto de buganvílias com uma espreguiçadeira onde me sentaria a ler num fim de tarde de Verão. Precisava de pouco mais para ser feliz.
Ora não sendo proprietária de nenhum jardim com tamanho suficiente para este sonho, todos os anos equacionou ter uma buganvília. Há 2 possibilidades, ou a minha varanda com uma pérgula mais ou menos como esta
Ou ocupar um cantinho do quintal do sogrinho na casa da aldeia.
A primeira hipótese tem a desvantagem de poder ser uma condenação à morte porque eu não tenho assim muito jeito para plantas e mato-as com uma rapidez impressionante. Já optando pela segunda hipótese, há uma elevada possibilidade do sogrinho não achar graça nenhuma quando as flores começarem a secar e espalhar-se por todo o lado porque ele gosta de tudo muito arranjadinho e limpo. Sendo assim, vou continuando a apreciar as buganvílias alheias.
Desde 2008 que as minhas férias de Verão têm sido marcadas por viagens, uma dentro do país mas a maioria fora do país. Este ano houve outro projecto que se intrometeu e não foi possível fazê-lo. Ora, como diz o cliché, recordar é viver, e é preciso distrair das notícias do Bes Novo Banco, hoje apeteceu-me recordar alguns dos momentos dessas aventuras. E partilhá-las
Cascata, Ilha das Flores, Açores, Portugal, Julho 2008
Central Park, Nova Iorque, Eua, Agosto de 2009
Danúbio, Budapeste, Hungria, Agosto 2010
Praia perto de Dubrovnik, Croácia, Agosto 2011
Viagem de barco entre Nápoles e Palermo, Itália, Agosto 2012
Ouarzazate, Marrocos, Agosto 2013
Vê-se mesmo que sou de um signo do elemento Água (para quem acredita nessas coisas naturalmente). Só uma das imagens é que não é junto à água. Por acaso, em Marrocos, também era para pôr uma imagem na praia mas achei que já tinha metido água a mais ;). Espero que gostem.
Habitualmente, esta altura do ano é designada por silly season, que é como quem diz uma época em que não se passa nada de importante. Os comentadores políticos e económicos interrompem as suas rubricas para irem de férias. As notícias resumem-se a falar de assuntos "menores" como o calor, ou a falta dele, os turistas, as praias, ou, quando há ondas de calor e incendiários, fala-se do martírio dos incêndios florestais (que não é, de todo, um assunto menor). Mas isso era dantes. Já no ano passado, a silly season portuguesa foi marcada pela crise na coligação devido à demissão do Ministro das Finanças e à "irrevogável" demissão de Paulo Portas a qual deu um novo significado à dita palavra. Este Verão também não está ser tão despreocupado como antigamente. A crise das várias empresas do universo Espírito Santo (banco incluído), a campanha para as inéditas eleições primárias do PS, os acordãos do Tribunal Constitucional e, a nível internacional, o vírus Ébola e os vários palcos de guerra fazem com que, este ano, não se possa de todo desligar o cérebro (e a televisão) sob pena de ficarmos completamente desactualizados. Já estou com saudades dos blocos noticiosos com 20 minutos de imagens de praia. Parece que a nossa silly season foi de férias para paragens mais agradáveis.
Já lá tinha estado há uns anos no âmbito de uma actividade de canoagem. Saímos de Sesimbra e fomos remando até lá com muito dificuldade porque estava muito vento. Neste pedaço do paraíso, não estava quase ninguém. Por lá descansámos e até tivemos direito a um lanche. Há uns meses, fomos descobri-la, de novo, mas desta vez por terra. Nem sei qual é a pior maneira de lá chegar, remar ou descer aquele caminho íngreme. Foi em Maio e a praia já tinha mais gente mas, mesmo assim, estava-se lá muito bem. Hoje voltei à Praia do Ribeiro do Cavalo para passar o dia e fiquei estupefacta com a quantidade de gente que estava por lá. Afinal esta praia magnífica já não é um segredo bem guardado. Como é que possível que uma praia à qual se acede apenas de barco (que eram mais que muitos) ou descendo a falésia com dificuldade pudesse estar tão cheia?! Quase que não havia espaço para estender a toalha. Ir à água foi uma aventura quase tão grande como tentar chegar à praia. A beira da água está cheia de seixos de vários tamanhos que tem que se atravessar para nos podermos refrescar. Uma prova dura de que nada se consegue sem esforço. Apesar de tudo, foi um dia bem passado. Aconselho, mesmo com muita gente não deixa de ser agradável.
Esta é uma melhores maneiras de passar um domingo, sentada na minha cadeira favorita a pôr a leitura em dia. No sossego da aldeia, só se ouve o silêncio cortado, de tempos a tempos, pelas folhas das árvores ondulando ao vento, o canto dos pássaros e algum cão que ladra ao longe. No Verão, até o aroma é diferente. Por aqui, cheira a ameixas. E o vosso verão cheira a quê?
Tendo em conta que a temperatura, neste primeiro dia de Verão, não convidava a banhos, eu e o namorido aproveitámos a tarde de sábado para dar uma caminhada pela praia.
Muito se tem falado sobre as alterações que as nossas praias sofreram com o mau tempo que se fez sentir neste Inverno. Por exemplo, na zona da Costa de Caparica, as praias urbanas praticamente desapareceram mas as praias que unem a Costa à Fonte da Telha ainda se mantêm bastante agradáveis.
Adoro a praia quando a maré está baixa já que há um imenso areal e as ondas parece que chegam à praia preguiçosamente. Apesar de não estar calor até foi um passeio agradável. Olhar o mar, sentir o sol e aspirar o aroma da maresia é uma excelente maneira de recarregar as baterias.
Bom, voltando às conquilhas, quando já estávamos para vir embora, não resistimos a esta "pescaria". Assim, as conquilhas foram um excelente aperitivo para o jantar de hoje depois de salteadas com alho, azeite e sumo de limãp.
Antes da Costa de Caparica fazer parte da minha vida, quando calhava a ir lá à praia, ficava sempre curiosa quando via as pessoas a andar ali à beira-mar de glúteos (isto é um blogue sério) para o ar mas não percebia o que faziam naquelas figuras. Afinal, agora também ando com os ditos para o ar.