Este presépio tem uma história muito engraçada. Era a última noite da viagem de fim de ano de 2017. O hotel era nos arredores de Bérgamo, na Itália, mais precisamente em Medolago. Era uma terra pequena. Já eram horas de jantar então procurámos restaurantes no google que ficassem perto. Foi assim que decidimos ir até ao centro da aldeia. Quando estávamos quase a chegar, começamos a ouvir o som de um sino mas era um som diferente do habitual. Seguimos o som e encontrámos uma igreja encantadora. Felizmente ainda estava aberta e foi possível vê-la por dentro. Ao longo da parede descobrimos vários quadros, muito pequenos, com inúmeros presépios com peças muito pequeninas. Infelizmente nem todas as fotas ficaram boas mas nesta imagem já podemos encontrar um presépio muito especial.
Depois de passarmos pela igreja resolvemos procurar o restaurante sugerido pelo Google. O que é curioso é que o tal restaurante não nos pareceu muito apelativo e decidimos voltar para trás e jantar na pizzaria em frente ao hotel (!). Até parece que a caminhada que fizemos só serviu para encontrarmos aquela encantadora igreja.
Depois de ontem ter partilhado um presépio tradicional de uma das minhas viagens mais antigas, hoje partilho um original presépio de umas das minhas viagens mais recentes. Também o vi numa montra, uma montra de uma padaria italiana que encontrei na cidade de Como. Esta cidade dá o nome a um dos mais belos e românticos lagos italianos, o Lago di Como.
Esta 2a feira voltou a partilhar algumas das músicas que vão estar presentes em Lisboa no Festival da Eurovisão. Como não podia deixar de ser, a música italiana Non Mi Avete Fatto Niente interpretada por Ermal Meta e Fabrizio Moro. Tal como a música francesa, a letra tem a ver com a guerra, os refugiados e o terrorismo.
Não vos queria maçar muito com histórias da minha viagem mas há uma que não posso deixar de partilhar. A nossa road trip abrangeu 3 tipos de paisagem: cidade, montanha coberta de neve e lagos. Embora tivessemos um plano mais ou menos alinhavado há sempre situações que saem fora do plano. Ir a Verona foi uma surpresa do A. que já conhecia e fez questão de me levar lá já que estavámos perto.
Coliseu de Verona, 30 de Dezembro de 2017
Era sábado à tarde de um fim-de-semana prolongado (o dia 1 também é feriado em Itália) mas não estavamos preparados para a multidão que encontrámos. Nunca mais me queixo dos turistas que andam por Lisboa. E essa multidão dirigia-se para um lugar, apenas. O destino era a Casa da Julieta (reza a história que os trágicos amores entre Romeu e Julieta se passaram em Verona) em cujo pátio existe uma estátua da jovem. O A. insistiu que eu tinha que ir tocar na estátua e tirar uma foto porque era tradição. Parece que dá sorte ao amor e ninguém quer correr o risco de não ter sorte ao amor. O cenário é este
Casa da Julieta, Verona, 30 de Dezembro de 2017
Para além da apalpadela também há quem deixe mensagens como se pode ver na parede ao lado da estátua.
O meu lado romântico até acha graça mas o meu lado pragmático acha isto uma palhaçada. Primeiro que tudo, ninguém sabe se a Julieta existiu mesmo. Depois, a ter existido, pode nem ter morado naquela casa. E, por fim, aquelas mensagens são efémeras, só duram até aos próximos pingos de chuva já que estão ao ar livre.
Seja como for, o lado romântico prevaleceu porque eu também tirei a foto da praxe (não, eu não sou a menina da foto) mas fiquei com pena da pobre Julieta. Não basta a tragédia de um amor proibido e de ter morrido por amor, agora é apalpada a toda a hora por todo e qualquer turista que passe por Verona. Há pessoas com muito pouca sorte.
Os últimos dias de 2017 levaram numa road trip através de Itália e Suiça. Foi uma viagem encantadora, gelada, assustadora e deliciosa.
Encantadora porque vi paisagens lindíssimas e exemplos maravilhosos de arquitectura. Esta época ainda natalícia proporciona imagens inesquecíveis nas ruas das cidades com as luzes cintilantes e as montras ainda mais fantásticas do que nas outras alturas do ano.
Gelada porque apanhei muitas horas de temperaturas negativas chegando a sentir temperaturas de - 17°C... a meio do dia.
Assustadora porque a neve é uma coisa muito bonita quando se vê nos telhados das casas, nos ramos das árvores ou nas encostas. Na estrada é mais assustadora do que bela.
Deliciosa porque me fartei de comer pizzas e cornettis.
Esta viagem consolidou o meu enamoramento com a Itália. Gosto muito de Portugal e de ser portuguesa mas, se um dia tivesse que escolher outro país para viver, a Itália estaria no primeiro lugar da lista.
Ora vejam lá se não tenho razão:
Pormenor da porta da Duomo di Milano
Passear enquanto neva, jardim junto ao Lago de Lugano, Suiça
Lago Como
Valdidentro
Lago gelado, St. Moritz
Interior da Basilica di Santa Maria Maggiore, Bérgamo
Pormenor de decoração de montra de uma panetteria, Como
Nestes últimos dias têm chegado imagens de grandes nevões por essa Europa fora. As minhas viagens de inverno costumam ser em busca de paisagens de neve e foi o que tentámos fazer na viagem de fim de ano. No entanto não encontrámos grande quantidade de neve mas mesmo assim foi uma viagem bem divertida. Ainda não tinha tido grande oportunidade de falar aqui sobre ela mas de hoje não passa. Foi uma viagem rica em peripécias. Começou logo no aeroporto de Lisboa quando a segurança me pediu para me testar para ver se eu tinha tido contacto com explosivos (!). Dá para acreditar? De seguida, o avião levou imenso tempo a partir porque um idoso com alzheimer fugiu do nosso avião. Perguntou outra vez, dá para acreditar?! A viagem decorreu em 3 países (Alemanha, Aústria e Itália) para conhecer uma parte dos Alpes que ainda desconheciamos. Na Aústria e na Itália ainda encontrámos muitos mercados de Natal. Encantadores. Fiquei muito desiludida porque o Mercado de Munique termina antes do Natal. Perto de um dos mercados de Natal, Bolzano (Itála) aconteceu outra peripécia. A polícia fez-nos parar para mostrar a identificação e o conteúdo da mochila. E logo nesse dia tinhamos uma bolsa com todos os cabos do nosso material electrónico (telemóveis, tablet, máquinas...).
A comprar lembranças no Mercado de Natal de Bolzano
Mas estou a andar depressa demais. O primeiro lugar que visitámos foi Schwangau onde existem alguns belos castelos. Toda a cidade é encantadora. O caminho de Munique até lá é muito bonito já que parte do percurso se faz pelo campo.
Olhando o Alpsee, um dos lagos de Schwangau
Também houve tempo de passear algumas horas por Salzburgo, terra natal de Mozart. Salzburgo é relativamente perto de Munique mas já na Austria. Uma cidade bonita mas que merecia uma visita mais demorada.
Ponte em Salzburgo
De Salzburgo fomos até Innsbruck, outra cidade austriaca. O centro histórico era muito animado e espectacular. As fachadas tinham engraçados bonecos como esta Branca de Neve e companhia, por exemplo
Nesta noite pernoitámos numa típica aldeia austriaca tal e qual como eu imaginava que fosse. Adorei as casas típicas
Hotel em Reith bei Seefeld
Reith bei Seefeld
No dia seguinte encontrámos neve, finalmente, em Seefeld in Tirol.
Ali existe uma estância de ski mas a maioria da neve era artificial.
Bom, é excelente recordar os momentos ociosos para começar bem a semana mas o resto da viagem tem que ficar para outro dia. O post vai longo e o tempo está a ficar muito curto.
Para uma reportagem fotográfica mais completa é só ir até aqui