A dura realidace da violência doméstica
O ano ainda só vai no 2o mês e já se contam 9 mulheres assassinadas num contexto de violência doméstica. Ontem um homem matou a sogra e fugiu com a filha de 2 anos. Hoje foi encontrado o corpo da criança na mala do carro do agressor que se suicidou. Mesmo que só tivesse morrido uma única mulher já não era admissível, quanto mais nove em pouco mais de um mês. Infelizmente, ainda há muito por fazer neste âmbito. Quantas vezes as mulheres fazem queixa retirando-a depois porque os agressores mostram arrependimento? Quantas vezes as queixas demoram demasiado tempo a serem encaminhadas? Quantas famílias são sinalizadas mas depois os processos não têm seguimento? Para além dos casos em que as mulheres são assassinadas, há casos em que as mulheres não aguentam e se suicidam ou desenvolvem graves doenças psiquiátricas o que também constituí uma forma de morte. Há que mudar as mentalidades e isso tem que começar na infância e na adolescência. E, embora seja uma responsabilidade de toda a sociedade, as autoridades policiais, judiciais, os deputados e os membros dos governos têm responsabilidade acrescida. Deveriam fazer uma auto-análise e perceber se estão a fazer tudo o que é possível nesta área.