A leste, o paraíso (I)
Cheguei há uns dias da minha viagem de Verão. Não começou lá muito bem já que o voo saiu atrasado e por pouco perdia o voo de ligação. Depois tive uma enxaqueca horrível (já não tinha há mais de 15 anos) com vómitos e tudo. Nem consegui tomar o pequeno-almoço na primeira manhã, e se o buffet era interessante. Mas, ultrapassando isso, foi uma viagem que superou, largamente as minhas expectativas. Tenho que confessar que as expectativas não eram muito altas. Foi uma road trip por alguns países de leste, Bulgária, Roménia, Sérvia e Bosnia Herzegovina.
De Sófia, na Bulgária, destaco a beleza dos edifícios, as fontes e a animação dos jardins ao fim da tarde. Os jardins estavam cheios, cheios de pessoas jovens ou mais idosos, famílias com crianças. Estava muito calor. Presumo que as pessoas procurassem a frescura dos jardins.
No segundo dia rumámos à Roménia e atravessámos pela primeira vez o Rio Danúbio (vamos voltar a encontrá-lo). A fronteira é o próprio rio.
Em Bucareste, é impossível ficar indiferente ao Palácio de Ceausescu, hoje Palácio do Parlamento. Aonde pode chegar a megalomania de um homem? Também fiquei impressionada com a Avenida em frente do Palácio e os seus jogos de água. A zona histórica também é muito animada com muitos bares e restaurantes. Andei bastante mas valeu a pena.
Na Roménia também houve tempo para ir à cidade de Constanţa conhecer o Mar Negro. Infelizmente só pude molhar os pés porque não tinha o bikini. A temperatura da água parecia bem agradável.
Nas viagens que fiz na Bulgária e na Roménia apercebi-me de que o sector agrícola deve ser muito importante nestes países. Vi campos de girassol e de milho a perder de vista. Quilómetros e quilómetros destas culturas.
A etapa seguinte foi ir até à Sérvia. Entre a Roménia e a Sérvia, o Rio Danúbio também constitui uma das fronteiras. O percurso ao longo do Danúbio de um lado e do outro da fronteira oferece paisagens maravilhosas. Fizemos 111 kms sempre ao lado do rio num parque natural, Nationalni Park Derdap.
As fotografias não fazem justiça suficiente à beleza do segundo maior rio da Europa. Foi durante esse percurso que tive uma grande surpresa, a garrafa de Coca-Cola da cidade de Lisboa comprada numa mercearia perdida numa vila da Sérvia.
É sempre especial quando encontramos um sinal de casa a tantos kms de distância.
E fazemos aqui um intervalo para aguçar o apetite até porque o relato já vai longo.