Ajudar ou não ajudar?
Quando aconteceu a tragédia em Pedrógão Grande, em 2017, não consegui deixar de ajudar. Os rostos daquelas pessoas que perderam tudo não me saiam da cabeça. Dessa vez ajudei monetariamente. Ao longo dos meses que se seguiram, foi-se sabendo que a ajuda estava a demorar a chegar às pessoas que precisavam. E, devo confessar, isso revoltou-me. Depois dos incêndios de Outubro, já não quis enviar dinheiro e então colaborei com artigos de higiene. Achei que a probabilidade de chegarem aos destinatários era maior. Na verdade, não tenho a certeza de que tenham chegado mas espero que sim.
Nos últimos dias, as imagens, os sons e as notícias da grave situação que se vive em Moçambique invadiram os vários meios de comunicação. Resisti em colaborar. Depois de tudo o que se têm sabido sobre o destino dos donativos de Pedrógão Grande, fiquei com pouca vontade de ajudar. Mas a dor e a fome daquelas pessoas insistiu em incomodar-me. E eu voltei a colaborar com um donativo através de uma entidade que acho confiável. Provavelmente o meu donativo é uma gota no oceano de necessidades daquelas pessoas mas se todos ajudarmos talvez se consiga aliviar algum daquele sofrimento.
O Sapo reuniu aqui uma lista de possibilidades para quem quiser colaborar. Qualquer tipo de ajuda, por mais pequena que seja, fará a diferença. É só escolher a melhor maneira.