Apagão da Vodafone
Ontem o dia ficou marcado pelo ataque informático à operadora de telecomunicações Vodafone.
O meu local de trabalho foi muito afectado por esta situação uma vez que a internet que utilizamos é fornecida por esta operadora. As receitas electrónicas não se conseguiram processar até às 18h o que levou alguns utentes a não conseguirem adquirir os medicamentos ou a adquiri-los sem comparticipação quando era possível saber que medicamentos estavam na receita.
Para além de um grande número de farmácias, este ataque afectou serviços essenciais como corporações de bombeiros, bancos, SIBS que gere o sistema multibanco, o INEM e outros serviços de saúde, inúmeras outras empresas e cerca de 4 milhões de clientes particulares.
Quando nos deparamos com essas situações, apercebemo-nos como a nossa vida está dependente das telecomunicações e, principalmente, da internet. Ao longo dos anos têm vindo a lume vários ataques informáticos mas, provavelmente, nem temos conhecimento de todos os ataques informáticos que ocorrem.
Tendo em conta a quantidade de serviços essenciais que foram afectados, este ataque foi, verdadeiramente, criminoso.
A conclusão que se tira depois do dia de ontem é que é urgente desenvolver competências a nível da investigação do cibercrime e da cibersegurança. E porque não pensar em desenvolver um sistema de telecomunicações alternativo que possa ser activado quando o sistema principal falhe, pelo menos, nos serviços essenciais?
Aliás, a ironia é que, ontem, se assinalava "O dia Internacional da Internet Segura". Terá sido coincidência?!