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O Voo da Garça

Sonhos, desejos, opiniões, instantes da vida diária...

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20
Fev21

Cumprir ou não cumprir, essa é a questão

Charneca em flor

Para início de conversa, digo já que algumas regras relativas ao estado de emergência são confusas e pouco lógicas. Como se viu, por exemplo, ao não se considerar os livros como bem de primeira necessidade o que é muito discutível. Obviamente que os proprietários e funcionários dos pequenos, ou grandes, negócios afectados pelo imposição de encerramento estarão preocupados e revoltados. Há muito tempo que eu digo que a crise económica provocada pela pandemia vai ser extremamente grave e assusta-me pensar no que pode vir por aí.

Ainda há dias me pediram uma declaração com as despesas de saúde, em farmácia, para uma jovem mãe solicitar o apoio do banco alimentar. Só que é uma pessoa que tem emprego, é recepcionista numa clínica. Dá que pensar o que se passará com ela para precisar desse apoio. Será que não lhe pagam?! O pai da criança não a apoia?! Já a conheço há muito tempo e sempre foi trabalhadora e esforçada. Custa-me muito perceber que ela precisa deste apoio.

Mas eu pensei em escrever por outra situação. Compreendendo as dificuldades que muitas pessoas atravessam mas acho discutível que haja quem arrisque e não cumpra as regras. Por exemplo, já nos apercebemos de algumas cabeleireiras que continuam a atender clientes "às escondidas". Eu não seria capaz de ir a um cabeleireiro nesta situação. Para além do risco da patologia* e da multa, acho desleal para com aqueles que cumprem e sofrem com isso. Eu também não gostaria que as farmácias fossem encerradas e umas cumprissem e outras não. Há muita dificuldade em que as pessoas se ponham no lugar do outro. Falta empatia acima de tudo.

Agora, eu seria capaz de denunciar estas situações? Penso que não. Só se fosse uma situação de perigo iminente, por exemplo, saber que alguém tinha Covid-19 e não estava em isolamento. Caso contrário, acho que não era capaz de denunciar. Espero que nunca volte o tempo dos denunciantes. Isso cheira demais a ditadura, mesmo que seja por motivos de saúde pública.

 

*agora, durante uns meses, estarei imune.

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