Descanse em paz, minha querida M
Hoje acompanhei uma amiga idosa até à sepultura. Conheci esta senhora há mais de 15 anos quando conheci o A. e ela depressa me acolheu na aldeia. A senhora era muito amiga da avó do A. assim como de toda a família.
Quando morre um velho é como se desaparecesse uma verdadeira biblioteca recheada de livros de histórias. Esta senhora, em particular, adorava conversar e contar histórias da sua juventude, da infância dos filhos ou do A. e do irmão. Todos esses relatos evaporaram-se para sempre.
Aqui fica a minha singela homenagem à M.. Espero que me perdoe todas as vezes em que pensei que ela estava a ficar muito chata. Vou ter saudades de a ouvir bater-me à porta e do seu sorriso quando eu reclamava a sua urgência em falar comigo. Sei que gostava muito de mim e eu também sentia um grande carinho por ela. Vai fazer falta aqui na aldeia.