Diana de Gales e o seu legado
Ontem emocionei-me ao ver o documentário "Diana, Our mother and her legacy" na SIC. Diana de Gales foi uma das primeiras figuras que idolatrei, ainda mais quando descobri que fazíamos anos na mesma altura. Uma das minhas memórias mais antigas é a transmissão do seu casamento com o Príncipe Carlos. Tinha 7 anos e ainda acreditava em contos de fadas e finais felizes. O vestido de noiva era maravilhoso, digno de uma princesa. Fui sempre acompanhando a vida de Diana. Nasceram os filhos, viram-se imagens sorridentes e parecia feliz como as princesas das histórias. Como se sabe foi uma felicidade efémera. Mais tarde, veio a separação e o divórcio. Diana perdeu o título de Alteza Real. Parecia que ia deixar de ter importância na vida pública mas foi aí que Diana desabrochou. Quando vemos imagens pós-divórcio, Diana parece muito mais segura de si do que durante o casamento. Infelizmente morreu muito nova, 36 anos, em circunstâncias trágicas perseguida pelos paparazzi. Foi há 20 anos e os filhos acharam que era a altura ideal para abrirem o coração e falarem, não da mulher pública, mas da mãe. Falaram, não como membros de uma família real, não como figuras que aparecem nas revistas, mas como 2 filhos que perderam a mãe cedo demais.
A dada altura, William diz algo como "Estou solidário com todos aqueles que perderam entes queridos. Cria uma ligação. É um clube muito triste a que ninguém quer pertencer." E tem toda a razão. Lembro-me da manhã de domingo que trouxe a notícia da morte de Diana de Gales. Um dos meus primeiros pensamentos foi mesmo sentir uma ligação com eles, com os filhos que tinham quase a mesma idade quando perdi o meu pai, alguns anos antes. Sim, William, perdet alguém cria uma ligação com todos aqueles que também já choram uma perda.
Obrigada, William e Harry, pela partilha.