Festival da Canção 2017
Ontem foi a primeira semi-final do Festival da Canção de 2017. Como muitos da minha geração, quando era miúda não perdia a emissão do velhinho festival. Cantei muitas canções de cor. "Sobe, sobe, balão sobe" cantei até à exaustão e ainda sou capaz de cantar o refrão sem me enganar. Parece que ganhou em 1979. Nos últimos anos tenho prestado menos atenção, excepto no ano em que ganharam "Os homens da luta" em que vi pela piada. Aliás há tantas outras solicitações e muitas outras formas de ouvir música e descobrir novos talentos como as plataformas de streaming, as redes sociais ou o youtube.
Este ano a RTP pretendeu fazer uma renovação do Festival e convidou alguns dos melhores, e de maior sucesso, compositores portugueses. Não sei se conseguiu a renovação e a ressuscitação que se pretendia mas aplaudo o esforço. O Festival processa em 2 semi-finais cada uma com 8 participações. De cada uma são escolhidas 4 através do voto do júri e do voto do público que vota pelo telefone. Não sei se terei oportunidade de seguir a outra semi-final porque estarei fora do país. Em relação a esta, concordo com metade das músicas que passaram. Gostei muito desta
e desta
As outras 2, na minha opinião, não passavam. A que foi escrita pelo Nuno Feist é mais do mesmo e a música "Amar pelos dois" não merecia, de todo, ficar em 2° lugar. A música é bonita mas... o Salvador Sobral é a Luísa Sobral de barba. O timbre é muito parecido por isso bem podia ter sido ela a cantar. A postura do jovem também deixou muito a desejar. Também apareceu uma música em inglês. Em princípio, prefiro que sejamos representados por músicas em português. A nossa língua é tão rica que devemos ter orgulho nela mas esta estratégia tem sido seguida por alguns países e, por vezes, com bons resultados. A música é divertida e a intérprete tem um visual muito invulgar, é refrescante. Possivelmente, foi uma injustiça não ter passado à final.
Todas as interpretações podem ser encontradas no youtube da RTP