Impossível ficar indiferente
Ninguém consegue ficar indiferente a estas imagens que, todos os dias, nos entram pela casa dentro através da televisão. Os conflitos nos seus países de origem, perpetrados maioritariamente pelo auto-proclamado Estado Islâmico, o terror em que vivem, a falta de condições para trabalharem têm levado milhares e milhares de pessoas a deslocarem-se. A maioria delas traz o sonho de trabalhar ou estudar nos mais ricos países da Europa, Alemanha e Reino Unido. Sujeitam-se a viagens perigosas em barcos sem condições através do Mediterrâneo, a maior porta de entrada na Europa. Esta gente tem que estar muito desesperada, estão entre a morte certa e a morte provável. A situação estará dentro de pouco tempo insustentável. Há países que já reforçaram as fronteiras com barreiras de arame farpado, na fronteira da Hungria (país cada vez mais xenófobo) a polícia já utilizou gás lagrimogénio para controlar as multidões que tentam entrar no país. Não há condições mínimas para estas pessoas sobreviverem, o mercado de trabalho europeu não tem capacidade para absorver estes milhares de pessoas. O que vai ser desta gente? Os refugiados sírios e de outros países daquela zona constituem um desafio muito maior para a União Europeia que a crise grega. Será que nós, europeus, vamos conseguir ultrapassar este problema? Muitos dizem que é a maior crise humanitária desde a 2ª Guerra Mundial. As imagens de refugiados a entrarem em comboios na Macedónia é arrepiante, faz lembrar imagens exactamente da 2ª Guerra Mundial. Pergunto, novamente, o que será desta gente?