Não há crimes perfeitos
Esta notícia tem-me chocado, especialmente. Não sei o que se passa com as pessoas. Toda esta situação me tem incomodado porque tudo se passou muito perto da cidade onde trabalho. Passei muitas vezes pelos cartazes que foram afixados durante as buscas quando o triatleta foi dado como desaparecido. O corpo apareceu na região de onde o meu pai era natural. Não conheço a família mas é impossível ficar indiferente. A ser verdade tudo o que comunicação social divulgou sobre a investigação, é incompreensível que alguém tenha a frieza de planear a morte de alguém que já amou, com o qual viveu vários anos e com quem tem um filho em comum. Pobre criança. Como é que é possível que esta mulher não lhe tenha ocorrido que ia sujeitar o próprio filho a um sofrimento destes?! Primeiro o suposto desaparecimento, as buscas, a confirmação da morte e agora a suspeita de que o pai foi assassinado pela mãe?! Quem é que consegue explicar isso a uma criança? Como é que a família que resta vai conseguir ser o apoio que esta criança precisa? Que mãe é esta que sujeita um filho a um sofrimento destes?
Nem consigo imaginar o que estão a sentir todos as pessoas que acreditaram na história do desaparecimento e andaram dias e dias à procura de Luís Grilo. Revoltante. A conclusão que se tira destas situações é que nunca conhecemos, totalmente, as pessoas. Nunca sabemos que monstruosidades alimentam no seu íntimo.