Esta notícia tem-me chocado, especialmente. Não sei o que se passa com as pessoas. Toda esta situação me tem incomodado porque tudo se passou muito perto da cidade onde trabalho. Passei muitas vezes pelos cartazes que foram afixados durante as buscas quando o triatleta foi dado como desaparecido. O corpo apareceu na região de onde o meu pai era natural. Não conheço a família mas é impossível ficar indiferente. A ser verdade tudo o que comunicação social divulgou sobre a investigação, é incompreensível que alguém tenha a frieza de planear a morte de alguém que já amou, com o qual viveu vários anos e com quem tem um filho em comum. Pobre criança. Como é que é possível que esta mulher não lhe tenha ocorrido que ia sujeitar o próprio filho a um sofrimento destes?! Primeiro o suposto desaparecimento, as buscas, a confirmação da morte e agora a suspeita de que o pai foi assassinado pela mãe?! Quem é que consegue explicar isso a uma criança? Como é que a família que resta vai conseguir ser o apoio que esta criança precisa? Que mãe é esta que sujeita um filho a um sofrimento destes?
Nem consigo imaginar o que estão a sentir todos as pessoas que acreditaram na história do desaparecimento e andaram dias e dias à procura de Luís Grilo. Revoltante. A conclusão que se tira destas situações é que nunca conhecemos, totalmente, as pessoas. Nunca sabemos que monstruosidades alimentam no seu íntimo.
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4 comentários
Hugo 28.09.2018
Livrai-nos disso! O Homem é que é sempre o monstro. É o que os media nos ensinam... Pergunto-me, entrará este caso sequer para as contagens de violência doméstica? Duvido. Dá bem mais jeito o monopólio de vítimas ser apenas de um género. Para não ser mal interpretado, a minha crítica vai para a diabolização injusta que se faz ao género masculino, de tudo o que de mal acontece no recato de uma relação. Não é verdade! Existem monstros Homens, e monstros Mulheres em idênticas proporções. Se por questões anatómicas, ou mesmo sociais, os monstros Homens usualmente actuam com as próprias mãos, já as monstros Mulheres têm a tendência de arranjar cúmplices que as ajudem. Talvez por esta última razão, o balanço de mortes seja mais desequilibrado para o lado feminino, pois fossem fáceis de arranjar cúmplices para estes actos hediondos, decerto muitos mais Homens habitariam na frieza da lápide. Quanto à preocupação com o filho... quem é capaz de premeditar a morte de alguém, não acredito que tenha amor no coração, seja para quem for.
Concordo que os homens não são piores ( ou mais maus) que as mulheres, a estatística dá-nos números que apenas indicam que agem mais vezes de forma violenta, mas as coisas estarão a mudar?
Na questão da violência/assassinatos cometidos por homens e mulheres, acho que os comportamentos sempre foram assim desde os primórdios dos tempos, e provavelmente sempre o serão no futuro. O que me parece que está a piorar a olhos vistos, é que os escrúpulos para se tirar a vida a pessoas próximas, são cada vez menores. Urge repensar os valores que sustentam a nossa sociedade. Se é que ainda existem.