Não há dinheiro que pague
Há dias este post da Just Smile fez-me lembrar uma situação que vivi há anos. Nada teve a ver com o blogue como a Just Smile mas sim com a minha vida professional.
Sou farmacêutica e trabalhei sempre em farmácia comunitária. Fui 2 vezes aliciada para exercer a função de directora-técnica de clínicas de veterinária que tinham também secção de farmácia veterinária. Na primeira vez que me solicitaram para essa função cheguei a ir falar com o veterinário. A conversa dele era que bastava dar o nome para ele poder cumprir a lei mas depois nem precisava de lá ir. A ideia era passar lá de vez em quando para verificar as validades e receber o vencimento, presumo. Da 2a vez nem cheguei a ir a nenhuma entrevista mas imagino que a ideia seria a mesma.
Era uma maneira fácil de ganhar dinheiro e o valor era apreciável. Não aceitei. Podia nunca haver qualquer problema mas eu não me quis responsabilizar pelas acções de outras pessoas sem nunca lá estar presente. A maioria das pessoas do meu círculo mais íntimo não perceberam a minha opção. Não há dinheiro nenhum que pague a minha consciência. Eu prefiro poder deitar a cabeça na almofada e dormir descansada.