Os dias da democracia
Hoje assinala-se o dia em que a duração da democracia ultrapassa a duração da ditadura. O Estado Novo durou 17 499 dias e já estamos há 17 500 dias num regime democrático.
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Esta efeméride, bem como os 50 anos da Revolução de Abril que se comemoram em 2024, deve fazer-nos reflectir sobre o estado da nossa democracia e do nosso papel na manutenção da Liberdade. Não podemos considerá-la como um dado adquirido. A democracia é frágil e, se não estivermos atentos, corremos o risco de a destruir. O facto de a abstenção eleitoral ultrapassar os 50% não nos pode deixar tranquilos. O acto eleitoral é o acto definidor de um regime democrático. Se há tanta gente que não se interessa por esta questão é um sinal de que a democracia não está assim tão saudável.
Esta pequena reflexão leva-me, também, ao elenco ministerial que foi conhecido ontem. Pela primeira vez há mais mulheres à frente dos ministérios e no Conselho de Ministros, que incluí o Primeiro-Ministro, estão empatados. Foi preciso chegar ao séc. XXI, e quase 50 anos de Revolução dos Cravos), para que a verdadeira paridade estivesse presente.
Só me resta desejar sorte a estes novos governantes. Se todos fizerem o seu trabalho com honestidade e rigor, ganhamos todos.