Rumei a sul
No fim-de-semana passado, tal como uma grande parte dos portugueses, rumei ao Algarve. Não costumo ir muito ao Algarve, acho que só lá fui meia dúzia de vezes. Em miúda passava as férias grandes no interior do Alentejo e só ia à praia na zona de Setúbal porque eram as praias mais perto da minha terra. Mais tarde o meu destino de férias preferido era a Costa Vicentina, em especial Porto Covo. Nos últimos anos, as "minhas praias" têm sido a Fonte da Telha e a Costa de Caparica. Sempre embirrei com o Algarve por toda a gente ir para lá e porque me chateia aquela mania de todos os estabelecimentos estarem virados para os estrangeiros, principalmente para os ingleses. Apesar de tudo, desta vez gostei muito de lá ter estado e fiquei com vontade de lá voltar. O tempo esteve muito bom embora no domingo tenha arrefecido. Estava-se muito bem na praia. Adorei a Praia dos Três Irmãos que fica na zona do Alvor. Cnsegui tomar banho na praia o que não é fácil porque eu sou muito friorenta.
Não senti que estava numa colónia da Inglaterra, na maior parte do tempo. Apesar de haver muita gente por lá, o ambiente estava relativamente sossegado. No sábado fui até ao centro do Alvor, uma vila bem simpática. Aí deparei-me com aquilo que eu menos aprecio; os destaques à porta dos restaurantes só em inglês; os lojistas falarem logo em inglês assim que se entra numa loja; as ruas faziam lembrar uma qualquer rua do centro de Londres ou de Edimburgo tal era a quantidade de pubs tipicamente ingleses e irlandeses. Este pormenor é estranho para mim. Se os turistas vêm a Portugal não seria mais interessante conhecerem a nossa realidade? Qual é o interesse de ir a outro país se vamos encontrar o mesmo tipo de estabecimentos que encontrariamos no país de origem? Não compreendo.
Seja como for, mesmo com os pormenores que me incomodam, valeu a pena a viagem, tive pena de vir embora e não me importo de lá voltar em breve.