Será que o país vai parar?!
Não vou pôr em questão se os motoristas de matérias perigosas, bem como os outros motoristas de mercadorias, têm ou não razão nas reivindicações. Até sou capaz de perceber que estão a aproveitar a proximidade das eleições para aumentar a pressão. No entanto, não é o Governo que paga os vencimentos já que estes motoristas trabalham para empresas privadas. Será que os sindicatos acham que o Governo vai fazer um decreto para obrigar as empresas a aumentarem os ordenados?! Altamente improvável. Poderá, e deverá, servir de intermediário entre as partes para que as negociações cheguem a bom termo. Já se percebeu, em protestos anteriores, que este sector de actividade consegue, facilmente, paralizar o país.
A opinião que tenho acerca do advogado, e vice-presidente do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas, também não é a melhor mas nem digo tudo o que penso senão ainda sou processada.
Estou preocupada, a nível pessoal, porque tenho uma viagem organizada para o mês de Agosto mas também me preocupa que a greve agendada posso trazer problemas ao dia-a-dia das pessoas. A hipotética falta de combustível prejudica todos os sectores de actividade.
Desta vez, o Governo tem muito tempo para se preparar já que a greve já está anunciada há muito. O Ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, escusava de aumentar o alarme ao aconselhar os portugueses a encherem os depósitos dos automóveis. Afinal faltam mais de 2 semanas. Se as pessoas entrarem em pânico, como aconteceu em Abril, é provável que os combustíveis acabem ainda mais depressa. E é preciso que andem muito pouco de carro para que o tanque fique atestado até dia 12.
P.S. - Pelo sim, pelo não, já tenho o automóvel que era do pai do A. atestado há 2 dias. Como só andamos com ele esporadicamente, fica de reserva.