Super Diário da Gratidão #262
Hoje, dia 21 de Setembro, assinala-se o Dia Mundial da Gratidão. No início deste ano de 2019, aceitei o desafio que a Maria das Palavras lançou à Sapoesfera e tentei fazer um diário da gratidão aqui no blogue. No início comecei muito bem mas a voracidade dos dias fez com que fosse falham algumas vezes. Por exemplo, durante as férias esqueci-me completamente do diário. Assim no início de Setembro fiz um resumo das coisas que me aconteceram durante o mês de Agosto e que me inspiraram o sentimento da gratidão.
A vida nem sempre foi boa para mim. Em criança passei por algumas dificuldades económicas porque o meu pai chegou a ter ordenados em atraso durante uns bons meses. Mesmo nessa altura, podia não ter tudo o que queria mas sempre me senti grata por aquilo que tinha. Aprendi a dar valor às coisas.
Tudo o que me aconteceu mais tarde, na adolescência e no início da vida adulta, podia-me ter tornado numa pessoa a amarga mas consegui sempre ver o lado positivo mesmo nos momentos mais negros. E, hoje, sinto-me grata por todas as lágrimas que chorei porque me fortificaram e fizeram de mim a mulher que sou hoje.
Senão vejamos:
- perdi o meu pai aos 14 anos
- prescendi de muitas coisas materiais para poder estudar
- vivi uma relação obsessiva que me levou a uma casamento infeliz mas a um divórcio feliz, perdi muito dinheiro com essa relação porque tomei opções erradas
- Não consegui realizar o meu projecto de maternidade
Mas por outro lado:
- Consegui entrar para a faculdade na minha primeira opção
- A minha mãe foi uma super-mulher e fez muitos sacrifícios para eu continuar a estudar
- Comecei logo a trabalhar assim que acabei o estágio num emprego que me realiza e onde continuo até hoje, 20 anos depois.
- Ainda posso contar com a ajuda da mãe que continua com saúde e muito activa
- Cerca de 1 ano depois do meu divórcio, conheci o A. e já estamos juntos há mais tempo do que eu estive casada. A nossa vida não será perfeita porque isso não existe mas nunca é rotineira.
- Fiz muito mais viagens do que alguma vez imaginei e estive em lugares onde nunca pensei que poderia estar, nem nos meus sonhos mais loucos
- Continuo a gostar de me levantar, todas as manhãs, para ir trabalhar.
- Ganho o suficiente para ter uma vida confortável sem grandes luxos.
Ou seja, se fizermos o balanço, há muitos mais motivos para me sentir grata pela vida que tenho do que para me sentir insatisfeita.
Tu, que me estás a ler, por mais problemas que tenhas, olha para a vida com os olhos da gratidão. Haverá sempre motivos para te sentires grato pela vida que tens.