No fim de semana passado estive em Évora, num casamento que decorreu no Convento do Espinheiro, um hotel histórico muito bonito. Foi por lá que tirei as 2 fotos que tiveram mais no Instagram.
O casamento decorreu no sábado e no domingo, depois de um opíparo pequeno-almoço, aproveitámos para relaxar na piscina. Infelizmente não estava muito calor e nós não tínhamos muito tempo antes do check-in por isso não demos nenhum mergulho.
O livro que tenho andado a ler
Não mergulhei mas molhei os pezinhos
Esta semana, fiquei pela aldeia onde temos feito alguns trabalhos de manutenção.
Este fim-de-semana experimentei uma sensação que desconhecia, voltar a alguma normalidade. Vim ao Alentejo, mais precisamente a Évora, para um casamento de 2 jovens fantásticos. Depois de mais de 1 ano e meio, voltei a entrar num hotel e daqui a pouco vou tomar o pequeno-almoço. Adorei aquela sensação de descobrir como é o quarto e todo o enquadramento. Foi tão bom ver um grupo de pessoas felizes e divertidas a festejarem o amor. Por algumas horas, regressei a 2019 embora as máscaras* fossem um adereço incontornável.
Vamos ter que aprender a viver com este vírus. Não há volta a dar. Por isso o melhor é voltarmos a viver!
A foto com mais ❤ foi esta imagem de uma flor do damasqueiro do meu padrinho. Foi captada no passado domingo no Alentejo. São tão bonitas, as flores das árvores de fruto. Tão singelas para depois darem origem aos frutos mais saborosos.
O tema do Desafio dos Pássaros da passada semana levou-me de regresso à infância. E fiquei com tantas saudades desse tempo feliz. Por coincidência, este fim-de-semana encontrei, numa feira, uma das minhas guloseimas preferidas desse tempo. A minha memória vive, não só das recordações que guardo no coração, mas também de cheiros e sabores. A guloseima de que falo, estranhamente, não é doce. Em miúda eu adorava doces, realmente. O que eu comprei na feira foram uns belos queijinhos alentejanos, daqueles que cheiram muito mal, carregados de sal e muito, muito duros.
Se bem me lembro, os queijos são melhores em determinada altura do ano, penso que na Primavera. Ora a minha avó comprava queijos para todo o ano. Para esses queijos se conservarem tinham que ser envoltos em sal e eram armazenados em azeite. Parece que estou a ver o pote cheio de queijos . Esse era o meu lanche preferido, uma bela fatia de pão alentejano e um pedaço daquele queijinho salgado. E, invariavelmente, ouvia a minha mãe: "- Esse bocado de queijo que vais comer, dava para mim e para os meus irmãos". Sempre, a minha mãe dizia sempre isto. Coitados dos meus tios, a minha mãe deve ter sido uma irmã mais velha muito rígida.
Os queijos que comprei não têm o sabor exacto* que guardo na memória mas cumprem bem o seu papel de alimentar a minha saudade.
*A memória dá uma certa patine aos sabores. Nada do que recordo da minha infância me sabe de maneira igual.