100 anos depois

Hoje passam 100 anos sobre o acontecimento que ficou conhecido como o Assassinato de Sarajevo. Neste dia, o Arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do Império Austro-Húngaro, e a sua esposa, Sofia, Duquesa de Hohenberg, foram assassinados por um jovem nacionalista bósnio-sérvio. Naquela altura, o Império Austro-Húngaro, sob a alçada da família Habsburgo, era uma das grandes potências europeias e dominava a Europa Central numa região que deu origem a cerca de 13 países actuais. Este assassinato viria a ser o rastilho que despoletou o conflito que ficou conhecido como a Grande Guerra ou Primeira Guerra Mundial quando, 1 mês depois, o Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia. Como as outras potências da altura (Grã-Bretanha, França, Rússia, Alemanha, Itália) tomaram partido por cada um dos lados do conflito, a guerra tornou-se mundial. Portugal também participou na I Guerra Mundial tendo perdido, segundo se pensa, cerca de 12000 portugueses entre mortos e desaparecidos. Cerca de 2000 estão sepultados num cemitério francês que foi visitado esta semana pelo primeiro-ministro, Passos Coelho.
É conveniente olhar o passado para perceber, com tantos tumultos e conflitos que tem havido nos últimos anos como, por exemplo, os problemas entre a Ucrânia e a Rússia e o papel da União Europeia nesse conflito, se não corremos o risco de, com a agudização dos conflitos, voltarmos a estar numa situação de guerra mundial. Agora, com a tecnologia disponível neste século XXI, seria uma guerra infinitamente mais destruidora. Esperemos que, quem dirige os nossos destinos hoje, consiga resolver estes conflitos com inteligência e diplomaticamente. Hoje seria uma guerra de computadores, drones, armas químicas ou nucleares e já não uma guerra de trincheiras como então.