Mais uma "mistura" improvável. Uma ode ao ano de 2020 que resultou numa música brilhante e inspiradora. Espero que gostem.
Vi o amor no mais doce lamento Vi uma flor a bailar com o vento Vi na areia o barco onde tu vieste E a tua boca de amora silvestre
Ai porque vejo tanto Ai quero arrancar este pranto
Vi a minha vida na boca de um lobo Vi a despedida no bico de um corvo Vi na areia o barco onde tu vieste E a tua boca de amora silvestre
O 20 que eu quero Não é o tempo que eu espero e Não é "eu tento se der" e O pensamento a tolher e Não é o vento sequer A bater noutra mulher Não é a filha dum pai a Pôr uma mãe a morrer
Visão 2020 com 20 no teste Detestado na tuga, carinha de peste Pano na cabeça e boa veste, Isabel Silvestre do Sul, não sei quem me enceste
Eu juro eu vejo bem Eu via-te nos barcos a chorar também Eu juro eu beijo bem Mas o beijo que era teu eu não dou a mais ninguém
Ai porque vejo tanto Ai quero arrancar este pranto
Ai porque vejo tanto Ai quero arrancar este pranto
Tendo em conta o sururu à volta dele, a vitória de Conan Osíris era mais que expectável. No entanto, achei surpreendente que ele tivesse recebido a pontuação máxima de quase todos os júris regionais. Só a região do Algarve é que lhe deu apenas 10 pontos. Ser o mais votado pelo público já não foi grande surpresa. Continua a não ser a minha canção preferida mas entendo a opção por uma música diferente de todas aquelas que Portugal já enviou antes. "Telemóveis" já ocupa lugar entre as favoritas à vitória. Analisando os 2 últimos anos, eu concluo que a vitória é pouco provável. Em 2017, Portugal venceu com uma bonita balada sem artíficios, sem grande espectacularidade, era apenas o Salvador Sobral no meio do palco a cantar. Marcou a diferença pela simplicidade. Em 2018, no "nosso" Festival da Eurovisão ganhou uma música com sonoridade electrónica com alguns pontos em comum com a música de Conan Osíris. Na minha opinião, este ano a Eurovisão vai voltar a apostar na simplicidade de uma balada. Mas isso é só a minha teoria. Mesmo não apreciando a música "Telemóveis", estou a torcer para fazermos boa figura. Vamos ver se a audácia é recompensada.
P.S. - Adorava saber a opinião do Salvador Sobral sobre a música de Conan Osíris.
2a feira é dia de música e hoje vou fazer a minha modesta análise sobre as canções finalistas do Festival da Canção embora este ano não tenha andado tão atenta como nos 2 últimos anos. Vamos por partes. Dividi as músicas em 4 grupos. Hoje trago o primeiro grupo.
As mais estranhas
Já tinha ouvido falar de Conan Osíris anteriormente e não faço parte da horda de fãs que o apreciam. Dizem que é inovador, que é incompreendido como António Variações, que é uma lufada de ar fresco. Para mim é apenas um rapaz estranho que faz músicas estranhas. No entanto, depois de se ouvir a música várias vezes já não soa assim tão estranha. O tema até é interessante já que, na minha opinião, fala da nossa dependência do telemóvel. Podem encontrar a letra aqui. O Conan Osíris foi o mais votado do público na semi-final em que participou o que pode indiciar a vitória na final do próximo sábado. Tendo em conta a música que ganhou no ano passado, se Conan Osíris nos representasse não era necessariamente mau.
P.S. - Gostei do bailarino.
Quando eu achava que não ia aparecer nada mais estranho do que os "Telemóveis" do Conan, aparece esta Pugna de Surma. Ora pedrada no charco, para mudar de expressão. Esta música foi a mais votada pelo júri da sua semi-final. Mais estranho ainda. Não se compreende.
A sonoridade até é interessante mas não se percebe absolutamente nada do que ela diz. Nem se percebe se é português ou não. O que também não é impedimento de nos representar. Os outros países nunca percebem as nossas letras, não é verdade? A Surma diz que esta música é cantada em português. Custa-me a acreditar.
Se pensarmos bem, quer uma quer outra, podem muito bem fazer boa figura na Eurovisão. Já se viu por lá coisas ainda mais estranhas.
Infelizmente não gosto nem de uma nem de outra o que deve ser uma prova de que eu tenho uma mente mesmo quadrada. Já desconfiava.
Ontem aproveitei todos os momentos livres para terminar o livro que andava a ler, a biografia de António Variações. Inesperadamente actual porque, de repente, fala-se dele por todo o lado por comparação do mais recente beat do nosso pequeno país. Nem me lembrei de vir à internet o que até é vantajoso porque consegui fugir do tal beat. Às vezes é bom desligar. Às tantas o rapaz tem razão, de vez em quando é preciso partir o telemóvel.