O português Cristiano Ronaldo foi, novamente, rei e senhor da Liga dos Campeões. A sua actual equipa, a Juventus, a Vecchia Signora de Itália, estava em desvantagem na eliminatória. Cristiano Ronaldo marcou 3 golos (e mais um anulado) e esse feito foi amplamente festejado pela nossa comunicação social.
Esta reacção pode-se comparar à polémica com a Viagem de Circum Navegação de Fernão de Magalhães. É verdade que foi outro o país que lhe deu as condições económicas que lhe permitiram realizar a viagem mas, afinal, foi em Portugal que ele aprendeu tudo o que sabia. Por isso esse feito histórico é também português.
Tal como aconteceu com Cristiano Ronaldo. Foram outros que lhe deram as condições para brilhar mas foi em Portugal que deu os primeiros chutos na bola. Por isso os seus feitos futebolísticos são comemorados como se fossem de todos os portugueses mesmo daqueles que nem sabem o que é um fora de jogo.
Mais uma vez, Cristiano Ronaldo venceu o prémio de Melhor Futebolista do Ano atribuído pela FIFA. Já conta com 5, os últimos dos quais em 3 anos consecutivos (2015, 2016 e 2017). Ele pode não ser perfeito, pode não ser o mais talentoso do mundo, pode mandar vir filhos dos EUA, pode gerar paixões ou ódios, pode ser isso tudo e não ser uma figura consensual mas todos lhe reconhecem a capacidade de trabalho. E a ambição que o motiva a ganhar tudo o que há para ganhar. E outro pormenor, nunca se esquece de onde veio. No seu discurso de agradecimento começou por falar em português, fintando o protocolo da FIFA, e só depois agradeceu em inglês. Quem não percebeu, percebesse. É assim mesmo.
Também acho muito bonito que nunca se esqueça de agradecer aos seus colegas da Selecção quando se percebe que estes prémios se devem mais ao que tem conseguido no Real Madrid e não na Selecção.
A Meo não precisa da minha ajuda mas acho que este anúncio novo é muito fofinho.
A ideia é mostrar como teria sido a vida de Cristiano Ronaldo se tivesse ao seu dispôr as tecnologias que temos hoje. Começa com um pequeno Cristiano nervoso na véspera do primeiro treino no Sporting, sozinho no continente, e com saudades da nãe. Utiliza imagens reais da sua história de vida. Está mesmo bonito e enternecedor.