Os vestidos da Tininha
Ontem a SIC exibiu a Gala dos Globos de Ouro. Este evento, que existe desde 1996, pretende premiar o talento português na área da televisão, da moda, do entretenimento, do desporto, do cinema, do teatro, da música e, agora, também do jornalismo.
Este ano a expectativa era grande porque foi a primeira vez que foi apresentado pela nova estrela da SIC, Cristina Ferreira.
Tenho alguma admiração pelo percurso trilhado por Cristina Ferreira desde a sua infância na Malveira até a ser uma das apresentadoras mais bem pagas do país, protagonista de uma transferência da TVI para a SIC que fez lembrar as transferências futebolísticas. Cristina Ferreira não chegou à televisão só por ser uma cara bonita. Ela estudou e preparou-se para as funções que acabou por desempenhar. Nunca desistiu de lutar pelos seus sonhos e isso é de louvar.
O guarda-roupa da apresentadora é sempre um segredo muito bem guardado. Durante a cerimónia de ontem começou por usar 1 vestido feito a partir de desperdícios de rolhas de cortiça. Bom começo nesta época de preocupação ambiental. Até aí, tudo muito bem. Mas havia mesmo necessidade de usar 5 vestidos? Um deles resultou de um concurso que ela lançou destinado às costureiras do país. Afinal, são elas que executam as ideias. Isso também achei boa ideia mas usar 5 vestidos, um dos quais levou mais de 600 horas a fazer, pode ser considerado um exagero em termos ambientais. A execução de todos estes vestidos também deve implicar a utilização de recursos ambientais, digo eu?
E vocês? O que acham? Foi exagero ou perdoa-se a bem do glamour associado a estas cerimónias?