Queda para o trabalho
<p>Quem me conhece pessoalmente, sabe que uma das minhas principais características é ser desastrada. Sempre fui assim. A minha mãe sempre achou que eu caia mais que as outras crianças. Em menos de 2 semanas já cai 2 vezes e já não sou, propriamente, uma criança. A última vez foi na farmácia no domingo de serviço. Estava a acabar de atender uma nova utente. Quando ela já ia a sair, lembrei-me que não lhe tinha dado uma revista informativa de que lhe tinha falado. Vou a toda a pressa, desvio-me da minha colega e encosto-me ao armário. Não sei como enfio os ténis no puxador da gaveta. Tento continuar a andar e agarro-me à minha colega. Largo-a quando percebo que vou cair e estatelo-me ao comprido. Caí mais depressa e com mais aparato do que as acçôes dos bancos na Bolsa de Lisboa. Felizmente estavam poucas pessoas na farmácia, só a nova utente e um utente habitual. Mesmo no chão continuo com a preocupação de me despachar e tento-me levantar. Como estou presa chego a arrastar o bloco de gavetas (e se ele é pesado). As minhas colegas dizem que parecia que eu estava a nadar. Uma delas lá me consegue soltar. O que é que eu fiz? Avaliei se estava bem? Ou continuei a correr para acabar de atender a utente e dar-lhe a tal revista? Pois, foi a segunda hipótese. Trabalho e competência acima de tudo. Só depois é que tentei perceber se estava tudo bem e fiz gelo. No entanto tenho aqui 2 belos hematomas, um em cada joelho e estou muito dorida. Lição a retirar: andar devagar vendo onde ponho os pés. Outra lição a reter: se é para cair que não seja à frente das câmaras de vigilância. Assim mais ninguém pode ver a cena. Vamos que eu ainda me tornasse uma estrela do youtube, cadente mas ainda assim uma estrela.</p>