Afinal, a guerra avançou mesmo. Nunca imaginei que o séc. XXI fosse palco de uma guerra na Europa. Em toda esta situação, ninguém é inocente. O primeiro culpado é Vladimir Putin mas o Ocidente também não fica bem na fotografia. Os Estados Unidos da América, por exemplo, alimentaram este conflito mas, agora, deixaram a Ucrânia completamente sozinha contra o seu vizinho beligerante.
A Ucrânia estava em fase de aproximação ao Ocidente e isso, para a Rússia, tornou-se imperdoável. Para mim, a Ucrânia tinha todo o direito de fazer as alianças que entendesse uma vez que é um país independente mas, infelizmente, a reacção russa era expectável.
É impressionante assistir à fuga dos ucranianos para os países vizinhos*, ver a destruição das cidades ucranianas (há alvos civis atingidos) e ver aqueles que não conseguiram fugir abrigados em estações de metro e garagens.
Ainda há pouco vi o desespero de um ucraniano que vive fora do país e que foi tentar resgatar o irmão e a família para os levar para outro país mas que viu o jovem irmão impedido de sair do país. Ao abrigo da lei marcial imposta no país, o presidente impôs a mobilização militar geral impedindo a saída de todos os homens, entre os 18 e os 60 anos, de sair da Ucrânia. Se os homens se voluntariassem ainda em todo o caso, mas esta obrigação não me parece correcta.
O presidente Volodymyr Zelensky mantém-se em Kiev, junto das tropas, apesar de os EUA lhe terem oferecido ajuda para sair do país ao que ele respondeu que precisa de munições mas não de boleia. Temo que vá acabar por ser capturado e morto.
Os outros países viram esta situação prestes a acontecer e tiveram mais que tempo para prepararem a ajuda à Ucrânia. Será que vamos assistir, em directo, ao desaparecimento de um país? E quem garante que Putin ficará por aqui?!
*mais de 50 mil pessoas saíram da Ucrânia em 48 horas.
No dia 11 de Setembro de 2001, eu trabalhava na farmácia há 2 anos e tinha comprado casa no ano anterior. Alguns meses depois, seria o dia do meu casamento. A manhã correu sem grande sobressalto e, à noite, tinha um jantar de aniversário. Nessa altura, a farmácia fechava durante 2 horas para almoço e eu ia, habitualmente, almoçar com a minha directora-técnica numa cafetaria/pastelaria, famosa pelas suas maravilhosas sobremesas que contribuíram muito para os quilos que ganhei nos primeiros anos de vida profissional.
Quando eu e a minha colega F. chegámos ao sítio onde íamos almoçar, reparamos que todas as pessoas presentes tinham os olhos postos na televisão. Também nós olhámos e fomos surpreendidas pela estranha imagem de um avião enfiado num edifício, a torre norte do World Trade Center. Começamos a questionar como era possível ocorrer um "acidente" daqueles no momento em que se vê o segundo avião embater na torre sul. Já poucas dúvidas restavam de que se tratava de um atentado.
Quando penso naquele dia, revejo as imagens como se estivessem a acontecer hoje. Já passaram 20 anos mas o mundo nunca mais foi o mesmo.
Nestas 2 décadas, o mundo evoluiu desmesuradamente e nem sempre em sentido positivo.
A nível pessoal, pouco resta daquela jovem de 27 anos. O café onde vi as imagens pela primeira vez já não existe, instalou-se o hábito de levar marmita e a farmácia até já tem refeitório. O casamento acabou por acontecer mas pouco durou. Eu perdi muito da ingenuidade que tinha nessa altura e tornei-me mais pragmática. Vivi muito pouco daquilo que sonhava em 2001 mas a minha vida acabou por ser muito mais interessante e preenchida do que eu alguma vez imaginei. Até já estive em Nova Iorque o que nunca achara ser possível.
20 anos, custa a acredita que já passaram 20 anos. 7300 dias roubados àquelas 3000 pessoas que perderam a vida, não só no World Trade Center mas também nos outros 2 aviões envolvidos nos acontecimentos daquele dia. Não se puderam apaixonar, não puderam ver os filhos ou os netos crescer, não puderam envelhecer, viajar, realizar sonhos ou concretizar planos. E porquê? Por ódio ou em nome de um estranho Deus que "apela" à violência? Passaram 20 anos e continuo sem conseguir compreender como é possível que tal atentado tenha acontecido.
Ontem segui, com alguma atenção, a tomada de posse do 46° Presidente dos Estados Unidos da América. Poder-se-á pensar que o que se passa num país distante pouco tem a ver connosco. Nada mais errado. Os Estados Unidos da América são um dos países mais poderosos do mundo por isso o que se passa lá influencia o resto do planeta. Quem sabe se a Presidência Trump não deu um empurrão para o surgimento de tantos fenómenos de extrema-direita noutros países?
Espero que o simbolismo da tomada de posse tenha sido uma pequena amostra daquilo que será a Presidência Biden. Falo da união, da integração, da diversidade. Joe Biden, um presidente homem, branco e católico e Kamala Harris, uma vice-presidente negra, afro-americana, e também de ascendência indiana; o hino foi, brilhantemente, cantado por Lady Gaga, uma americana descendente de emigrantes italianos; e também participaram Jennifer Lopez, de origem porto-riquenha e uma jovem poeta negra, Amanda Gorman. E é nesta diversidade que reside a maior riqueza dos Estados Unidos da América. Foram pessoas vindas de tantos outros países que construiram a América e todos deviam ser intervenientes nos destinos do país. Esperemos que a exaltação da diversidade se mantenha, por lá, nos próximos 4 anos.
“O novo amanhecer nasce enquanto o libertamos, por isso há sempre luz, mas apenas se formos suficientemente corajosos para o vermos, mas apenas se formos suficientemente corajosos para o sermos".
"Um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a Humanidade" foi com estas palavras que Neil Amstrong marcou os seus primeiros passos em solo lunar. Hoje passam 50 anos sobre esse dia em que o mundo parou para assistir, em directo, a um acontecimento único na História da Humanidade. Há quem diga que o mundo nunca mais foi o mesmo.
Os 2 astronautas estiveram cerca de 2 horas em solo lunar. Tiraram fotografias, recolheram amostras, colocaram 1 placa comemorativa do acontecimento, como a ilustrada na imagem
E deixaram uma bandeira americana
De entre as mais de 400 mil pessoas que colaboraram para que Missão Apollo fosse um sucesso, também se encontrava uma presença portuguesa. O seu trabalho parece insignificante mas foi muito importante simbolicamente. Maria Isilda Ribeiro costurou a bandeira 🇺🇸que os astronautas deixaram na Lua. Esta portuguesa, natural de uma aldeia de Vagos, trabalhava na mais antiga fábrica de bandeiras do mundo, a Annin & Company, em Roseland, Nova Jersey. Segundo ela, foi também um português que estampou a bandeira. Realmente, há portugueses em todo o lado .
A Selecção Americana de Futebol Feminino sagrou-se Campeã no Mundial da modalidade que decorreu em França. Muitas das jogadoras presentes nesta competição denunciaram a desigualdade salarial que há entre os futebolistas masculinos e as jogadoras femininas. As jogadoras americanas levaram esse grito de Equal Pay para as ruas de Nova Iorque. Mas não foi só por isso que estas raparigas chamaram a atenção do resto do mundo. Acapitã Megan Rapinoe recusa-se a ir à Casa Branca e afirma que há outras jogadoras que também não têm interesse em ir até lá. Não fico admirada com esta atitude. Mas quem é que tem interesse em visitar aquela figura?
Iam conversar sobre o quê?! Ele nem ver saber o que é futebol ( soccer).
Foi assim que a Correia do Norte anunciou que tinha testado, com sucesso, a Bomba H. A situação foi confirmada pela actividade sísmica anormal detectada pela Coreia do Sul e pelo Japão. A Bomba H é muito mais destrutiva que as bombas atómicas que os EUA lançaram sobre Hiroshima e Nagasaki. Durante o dia as reacções negativas ao teste multiplicaram-se. Uma das mais divulgadas foi a de Donald Trump que reagiu no Twitter, como é costume. Disse, entre outras pérolas, que a Coreia do Norte só entendiam uma coisa. Fiquei a pensar no que seria. Declaração de Guerra? Parece que não é para já embora Trump tenha respondido "vamos ver" quando lhe perguntaram se ponderava atacar a Coreia do Norte. Para já parece que as sanções económicas vão ser intensificadas e que se vão entender aos países que façam negócios com a Coreia do Norte.
Sou só eu que acho que há demasiados loucos a mandar neste mundo? Trump, Putin, Kim Jong-un, Bashar al-Assad, Erdogan e por aí fora. Se calhar mais vale termos medo destes do que dos terrorristas do Daesh. Digo eu.
Fantástica estátua de uma menina sem medo enfrenta o Touro de Wall Street. Deus sabe o que a América, e com ela o mundo, precisa de meninas, meninos, mulheres e homens sem medo.
Infelizmente a instalação da estátua é temporária. Foi lá colocada na véspera do Dia da Mulher. Pretende chamar a atenção às empresas para contratarem mais mulheres para os seus quadros. Eu acho que ali era o sítio ideal para ela.
A actualidade internacional deste fim-de-semana foi marcada por esta medida de Donald Trump. Inicialmente a medida englobava todos os cidadãos originários dos 7 países mencionados no decreto presidencial incluindo os que tinham Green Card. Esta medida afectará inúmeras empresas como, por exemplo a Google, ou eventos como a cerimónia dos Óscares.
Este decreto provocou protestos em muitos aeroportos americanos. A medida, para além de ser despropositada, é estúpida. Para começar não se pode julgar o todo pelas partes. Não é porque há terroristas muçulmanos que se vai generalizar e pensar que todos os muçulmanos são terroristas não é?
Ao que parece, o Presidente pretende construir um muro a toda a volta dos EUA e não apenas na fronteira com o México.
Esta medida impede a entrada de novos muçulmanos. E então os que estão nos EUA e não fizeram nenhuma viagem. Quem garante que os potenciais terroristas não estão já por lá? O que é que ele vai fazer a seguir?! Uma caça às bruxas para prender todos os muçulmanos que vivem nos EUA?
Ma minha opinião, estas atitudes até poderão acicatar mais ainda o ódio de parte a parte. Como li numa crónica sobre o tema, pode bem ter começado a contagem decrescente para um novo 11 de Setembro.
Mais tarde Trump emendou a mão permitindo a entrada dos portadores de Green Card mas a confusão já estava armada.
Imagino que a maioria dos americanos não acharam muita piada à Tempestade Jonas mas esta queda de neve proporcionou imagens maravilhosas.
Central Park, New York
Times Square, New York
Capitólio, Washington
Jardim Zoológico de Nova Iorque
A maior tempestade de neve dos últimos anos atingiu a costa leste dos EUA nas últimas horas colocando 11 estados em estado de emergência. O pior já passou mas cerca de 8 milhões de pessoas continuam sem poder sair de casa uma vez quer os transportes públicos quer as estradas foram encerradas como medida de segurança. Os emigrantes portugueses nem vão poder ir aos consulados, hoje, para votar tendo este acto sido adiado para o próximo fim-de-semana. Já morreram 19 pessoas em sequência da tempestade.
Católicos ou não, são muitos aqueles que admiram o Papa Francisco. Escrevo este post enquanto assisto ao ínicio da missa celebrada pelo Papa Francisco em Nova Iorque. Os novaiorquinos juntam-se, em Madison Square Garden, muitas vezes para assistir a concertos dos mais variados artistas, hoje mais de 20000 juntam-se no mesmo sítio para assistir a esta missa histórica. Antes o Papa percorreu um dos locais de que mais gostei em Nova Iorque, Central Park. Também aí havia milhares de pessoas que tentavam ter um vislumbre do Papa. Nunca imaginei que os EUA, um país com tantas religiões e seitas, vivessem esta loucura. Não deixa de ser verdade que também há muitos católicos devido aos imigrantes oriundos de países maioritariamente católicos como, por exemplo, países da América do Sul, Itália ou Irlanda. Quando estive na Catedral de St. Patrick, onde o Papa também rezou, havia missais em inglês e espanhol. E, se bem lembro, também havia diferentes horários para missas em diferentes idiomas. Nova Iorque é uma verdadeira Babel dos tempos modernos. Nova Iorque merecia estes momentos de fé e alegria pelas feridas que ainda não cicatrizara.
Mas como eu dizia, o Papa Francisco não deixa ninguém indiferente, o seu sorriso e alegria são contagiantes mas os seus discursos e homilias podem ser muito incisivos como aconteceu no Congresso Americano e na sede das Nações Unidas. O Papa Francisco fala sem papas na língua. Queira Deus que ele assim se mantenha. Cá o aguardamos em 2017.
Nota: imagem da singela rosa que o Papa depositou no Memorial das vítimas do 11 de Setembro retirada daqui