A música desta semana serve como homenagem a um país que eu adoro a ponto de considerar o meu 2o país , a Itália. Neste momento em que enfrentam um problema grave da saúde pública devido ao Covid-19, aqui ficam os meus votos de que tudo se resolva o mais depressa possível.
Assim trago, para alegrar a nossa semana, o vencedor do Festival de Sanremo 2020, e consequentemente representante da Itália no Festival da Eurovisão*, Diodato.
Hoje é segunda-feira logo é dia de vos dar música. Continuo a fazer a minha selecção de preferências da Eurovisão 2019 que se realizará em Tel Aviv. Desta vez a canção chega de Itália e pertence ao cantautor Mahmood. O jovem cantor nasceu em Milão, filho de um egípcio e de uma italiana. A canção é autobiográfica já que aborda o seu crescimento sem a figura paterna, que desapareceu quando ele era criança, e todo o sofrimento que daí resultou. Para mim, ser cantada em italiano já é meio caminho andado para entrar no rol das minhas favoritas. Nas apostas, ao dia de hoje, esta música está em 5o lugar.
As outras músicas preferidas estão em 25o lugar no caso da Austrália e em 20o no caso da Espanha o que pode querer dizer que eu não percebo nada disto .
Tendo em conta o sururu à volta dele, a vitória de Conan Osíris era mais que expectável. No entanto, achei surpreendente que ele tivesse recebido a pontuação máxima de quase todos os júris regionais. Só a região do Algarve é que lhe deu apenas 10 pontos. Ser o mais votado pelo público já não foi grande surpresa. Continua a não ser a minha canção preferida mas entendo a opção por uma música diferente de todas aquelas que Portugal já enviou antes. "Telemóveis" já ocupa lugar entre as favoritas à vitória. Analisando os 2 últimos anos, eu concluo que a vitória é pouco provável. Em 2017, Portugal venceu com uma bonita balada sem artíficios, sem grande espectacularidade, era apenas o Salvador Sobral no meio do palco a cantar. Marcou a diferença pela simplicidade. Em 2018, no "nosso" Festival da Eurovisão ganhou uma música com sonoridade electrónica com alguns pontos em comum com a música de Conan Osíris. Na minha opinião, este ano a Eurovisão vai voltar a apostar na simplicidade de uma balada. Mas isso é só a minha teoria. Mesmo não apreciando a música "Telemóveis", estou a torcer para fazermos boa figura. Vamos ver se a audácia é recompensada.
P.S. - Adorava saber a opinião do Salvador Sobral sobre a música de Conan Osíris.
Embora não fosse a minha canção favorita para a vitória tenho que partilhar esta música por uma questão de coerência. Já que tenho falado tanto do tema "Eurovisão", a vencedora tem que estar, hoje, aqui no dia da música aqui do blogue. Há que aceitar a escolha de quem votou na Eurovisão. Por isso aqui fica o "Toy" da israelita Netta.
Hoje, excepcionalmente, vou partilhar música ao sábado (por aqui o dia da música é a 2a feira). E vou voltar a falar da Eurovisão, peço desculpa se estou a ficar chata mas...
As canções apresentadas na 2a semi-final não me encantaram por aí além. Achei difícil escolher 10 temas bons para passarem à final. Destaco a Noruega que já partilhei aqui e a Dinamarca com Rasmussen e "Higher Ground" com um tom épico fazendo lembrar os vikings. Entre os países que ficaram pelo caminho, queria referir a Rússia.
Julia Samoylova interpretou a canção "Won't break". A cantora tinha sido seleccionada internamente para representar a Rússia na Ucrânia no Festival da Eurovisão de 2017 mas foi impedida por causa dos problemas diplomáticos decorrentes da anexação da Crimeia, território ucraniano, pela Rússia. Ou seja, apesar de a Eurovisão ser apolítica, isso só acontece em teoria. Há sempre razões políticas envolvidas nos resultados finais. Sempre se percebeu que os países votam em blocos (Balcãs, ex-URSS, Escandinávia). Portugal só pode contar com os votos de Espanha e vice-versa. Surpreendemente, em 2017, conseguimos encantar toda a Europa com a música "Amar pelos dois". Mas já estou a divagar.
Voltando à participação russa, devo dizer que foi uma das músicas que mais gostei. E não fui só eu que fiquei estupefacta. Foi a primeira vez que a Rússia não chegou à final. Terá sido por razões políticas ou as pessoas não gostaram mesmo da música? Será preconceito contra os deficientes já que Julia Samoylova desloca-se em cadeiras de rodas? Não sei mas achei uma injustiça. Na minha opinião, merecia mais um lugar na final do que a maioria das músicas que passaram. Para mim, esta artista tem muito valor porque não deixou que as suas limitações físicas a impedissem de seguir os seus sonhos. Quantas vezes lhe terão dito que era impossível?
Pelo menos, a sua participação na "nossa" Eurovisão proporcionou-lhe uma belíssima experiência. Ao que parece, foi a primeira vez que Julia viu o mar. Já pensaram como isso parece inverossímil para nós, portugueses, que vivemos toda a vida relativamente perto do mar?!
Primeiro que tudo tenho que agradecer o destaque de ontem no Blogs do Sapo.
O reconhecimento é sempre saboroso. Hoje vou voltar a falar da Eurovisão mas por outro prisma. Ontem, as notícias sobre o evento foram mais que muitas.
Dessas, escolhi 2 temas que me chamaram a atenção:
- Catarina Furtado criticada pelo seu inglês.
Pois que também achei que o inglês da Catarina Furtado um bocadinho fracote, mais acentuado por estar ao lado de Daniela Ruah que fala um inglês (americano) irreprensível. A dicção da Sílvia Alberto também deixou a desejar. Se isso é muito importante para o espectáculo? Na minha opinião, não. As apresentadoras dizem uma dúzia de palavras, se tanto. Se nos outros países for como em Portugal, os comentadores falam por cima por isso ninguém dá pelas pequenas incorrecções. Só quem pode dar por isso são os ingleses ou os australianos. Tem piada que andei à procura das tão faladas críticas no Twitter e só encontrei críticas de portugueses. Imagino que todos falem um inglês irrepreensível. Declaro já que sou patriota e que me custa que os portugueses estejam sempre a criticar os outros portugueses. Se esta situação podia ter sido evitada? Podia. Com tantas horas de ensaio, não havia lá ninguém para corrigir a pronúncia e a dicção em inglês? Não me digam que, com tantos milhões de euros gastos, não se conseguia pagar a uma professora de inglês?
- Sketch do Herman José - Já a personagem David Attenburger parece ter ofendido mais os britânicos do que o inglês de Catarina Furtado. A maioria dos espectadores portugueses nem sequer viu esse sketch porque, quando foi transmitido, a RTP resolveu fazer um intervalo publicitário. Oportuno. Só foi possível ver o dito sketch no 5 para a Meia Noite especial, programa exibido a seguir à 1ª Semi Final. Esta personagem baseia-se no naturalista britânico David Attenborough e trata-se de um naturalista que está a descobrir o planeta Portugal e a investigar os seus habitantes, os portugueses. Assim ao estilo de um programa da BBC Vida Selvagem. Ainda por cima, o dia 8 de Maio era o dia de aniversário do senhor. A bem da verdade, acho mais ofensivo, quer para o Herman José quer para os argumentistas, que a RTP tenha considerado que a melhor altura para fazer intervalo era quando o sketch estava a ser exibido e até acho que as imagens gozam mais com os portugueses do que com o naturista britânico. Esta polémica também era evitável. Bastava darem outro nome à personagem. Com aquela caracterização, toda a gente percebia de quem se tratava. Bom mas os britânicos também se ofendem com pouco. Já se sabe que o humor britânico é muito diferente do nosso humor. Quem sabe se Sir David Attenborough até achou graça ao sketch? Já lhe perguntaram?
Como fã confessa do Festival da Canção e da Eurovisão, ontem estive em frente à televisão para não perder nenhum pormenor. Surgiram-me várias questões.
O Turismo de Portugal investiu em grande. Começou logo com as imagens iniciais com belíssimas paisagens portuguesas. Também os "postcards", ou seja, as imagens antes das actuações dos vários intérpretes foram filmadas em várias zonas do país. Ora, se já estamos a abarrotar de turistas nem quero pensar no que será depois de estas imagens terem sido vistas por milhões de pessoas. Sem dúvida que a organização soube "vender" bem o país.
A apresentação ficou a cargo de 4 mulheres, Catarina Furtado, Daniela Ruah, Sílvia Alberto e Filomena Furtado. Em termos de imagem, estavam muito bem. Adorei a roupa da Daniela Ruah embora não se estivesse à espera de que aparecesse de calças. O inglês da Sílvia Alberto e da Catarina Furtado deixou um bocadinho a desejar. No fundo, a prestação de que gostei mais foi a da Filomena Cautela. Podiam ter-lhe arranjado uma roupinha melhor. Não aprecio aquele estilo "camisa de dormir" mas o defeito deve ser meu.
Embora se tenha pensado que, depois da vitória de Salvador Sobral, mudasse o estilo das músicas a concurso ainda houve muito "fireworks" e jogo de luzes para o meu gosto. E as músicas em inglês continuaram. É justo realçar que se ouviram muitos estilos musicais diferentes o que mostra a diversidade cultural que se pretende mostrar com um evento destes
Em relação aos apurados:
Albânia - Eugent Bushpepa - Mall ❤ gostei do estilo rock e da sonoridade. E cantou na sua língua materna. Muito bem.
Áustria - Cesár Sampson - Nobody but you ❤ Também gostei
Estonia - Elina Nechayeva - La Forza não era uma das minhas preferidas. Não tinha fogo-de-artifício mas tinha uma saia impressionante. A voz era maravilhosa, sem dúvida. E o estilo era, sem dúvida, diferente, canto lírico. Cantava em italiano.
Chipre - Eleni Foureira - Fuego É uma das mais cotadas para a vitória final mas nem me chamou muito a atenção. Vou tentar ouvi-la de novo.
Lituânia - Ieva Zasimauskaité - When we're old A temática era muito bonita e gostei do início mas achei que a interpretação podia ter sido bem melhor.
Israel - Netta - Toy - Não percebo porque é que é uma das favoritas. A temática é actual e importante (bullying, assédio sexual, empoderamento feminino) mas acho que a interpretação e a imagem da Netta mascaram demasiado o tema.
República Checa - Lie to me - Mikolas Josef ❤ Gostei muito da música e da perfomance. O som do saxofone é espectacular
Bulgária- Equinox - Bones - Performance interessante. Não achei detestável mas não a escolhia
Irlanda - Ryan O'Shaughnessy - Together ❤ Uma história de amor entre 2 homens. Uma bonita balada. A piscar os olhos à comunidade gay, grande fã da Eurovisão
Fiquei com pena da canção grega. Gostava da música, apesar do fogo de artifício. Também fiquei com pena do Azerbaijão e da Croácia.
Em suma, acho que o país ficou bem na fotografia. Amanhã há mais.
Esta semana decorre, finalmente, o Festival da Eurovisão. Na próxima 2a feira já haverá um vencedor. Quem será? Será a canção Toy de Netta, que vem de Israel,como indicam as apostas? Ou será, uma completa surpresa?! Não sou grande apreciadora deste estilo. Vamos esperar para ver. Até lá, vamos aprender com o Alexander Rybak, da Noruega, como é que se escreve uma canção.
Hoje como é segunda-feira, é dia de música para alegrar o início da semana (alegrem-se porque há um feriado mesmo a meio da semana). Continuando a apresentar algumas das minhas musicas preferidas da Eurovisão 2018, damos agora um pulinho à Finlândia. Embora eu ache que na Eurovisão se deva cantar na língua materna, desta vez escolhi uma música que é cantada em inglês porque gosto muito da força desta música. Saara Aalto canta sobre a perseverança e sobre como vai expulsar os monstros e as trevas que já não lhe metem medo. Já tinha tentado chegar à Eurovisão, sem sucesso, em 2011 e 2016. Em 2016, ficou em segundo lugar no concurso The X Factor do Reino Unido.
Que a força desta música se estenda até aos vossos corações